cap 28

641 36 14
                                    


O sol mal nasceu e as mulheres ja estavam em pé,  Marília ainda mantinha a curiosidade mas a morena nao falava, talvez por medo de que em tom alto trouxesse emoções que ela não queria mais carregar.

Assim que se aproximam do mustang da morena, ela joga a chave em direção a loira

Mara: dirige?

Lila: claro, eu amo esse carro, mas pra onde vamos, para com esse mistério

Mara: Rua Cardeal Arcoverde, 1250 -

Lila: tem certeza?

Mara: tenho, não questione por favor

Lila: sim senhorita, la vamos nós

Marília não tinha certeza, mas pelo nome da rua poderia ate imaginar para onde a morena gostaria de ir, não questionou mais a amiga e guiou se para o endereço indicado confirmando suas suspeitas, assim que estaciona o carro olha ao seu lado e ve a mulher segurando as lagrimas em seus olhos já marejados, mas ainda tentando manter a postura firme, após soltar seu sinto e o da amiga, puxa a morena para um abraço

Lila: se for mesmo o que quiser fazer,  estarei ao seu lado

Mara: preciso, obrigada meu amor

Depois de enxugar as lagrimas que começavam a descer sobre sua face, Maraisa toma coragem e a iniciativa de sair do carro, Marília apenas a segue.

Lá estava ela, encarando a entrada daquele lugar que em 2 anos se recusava a ir, talvez por pensar que se não visse o local onde repousava os retos mortais de seu noivo e filho, os fariam mais vivos

Mara: me leva ate lá

Lila: vem comigo

Durante o trajeto ate a lápide desejada o silêncio era tão perturbador que parecia gritar nos ouvidos da mais velha, que mantinha sua postura firme, por mais que doesse já passava a hora de ela abandonar o passado, superar o luto, deixar que a vida lhe mostrasse novas experiências, e não seria evitando a dor que ela conseguiria seguir em frente.

Silly FearOnde histórias criam vida. Descubra agora