cap 15

703 35 7
                                    

Guilherme

Bom, decidi que se quero algo tenho que simplesmente impedir que os meus medos me atrapalhem, deixar a voz do meu coração ser ouvida, sabendo que por mais que tenha consequências ou dificuldades, ainda sim será mais gratificante do que uma vida imaginando como teria sido, sem falar que não a desapontaria sumindo assim, a primeira vez em dois anos que ela consegue pensar em tocar no assunto  eu não a magoaria por besteira minha, assim que entrei percebi sua inquietude ao notar minha demora, mas isso logo mudou quando disse que encontrei sua irmã pelo caminho.

Percebi o grau da sua tristeza quando notei que um simples cômodo em casa a causava repulsa, mas me mantive sorridente e divertido,  até que ela sumisse da minha vista após terminar de me levar até a cozinha me dando a permissão de usar o que quisesse da dispensa desde que mantivesse tudo em ordem por fim, eu que nunca fui bagunceiro na cozinha, levei isso como uma tarefa fácil a ser cumprida.

Quando abri sua dispensa noteu seu gosto por vinhos e queijo, muitos tipos havia por la, na hora me veio a cabeça um macacão com molho 4queijos que minha nona fazia e decidi que era isso que seria,
Cozinhei o talharine enquanto preparei o molho delicadamente, sempre limpando tudo assim que terminasse de usar para nao deixar a sujeira acumular, cerca de 20 min depois a massa já estava cozida e o molho iniciava a fervura, ou seja, ja era a hora de organizar a mesa e pensar em escolher um vinho para acompanhar, bom eu sabia que esse tipo de comida pedia um
branco incorpado ou um tinto delicado, nao era um assunto que eu dominasse, então ja vai eu novamente pedindo ajuda ao senhor google, cozinha organizada,  mesa posta na sala de jantar, vinho escolhido e massa pronta era hora de chama la para se arriscar a experimentar minha comida.

Quando chego na sala dou de cara com aquela mulher com seus negros cabelos soltos e óculos no rosto, lendo algum documento referente ao trabalho.

Gui: é sério que a senhorita Pereira está trabalhando em pleno domingo? E ainda sem antes ter almoçado?

Mara: oi - diz saindo dos seus devaneios - uai, passando o tempo, quer alguma coisa?

Gui: nossa é assim que passa o tempo? É muito profissional msm hem - ri da situação  - mas não, vim te chamar para almoçar

Mara: mas ja? Com esse tempo fez o q? Miojo?

Gui: iihh claro que não engraçadinha,  e pra sua informação se passaram meia hora, e não 8minutos, agr vem logo antes que esfrie

Mara: sim, senhor Guilherme - diz me fazendo sinal de continência

Maraisa

Como achei que teria algum tempo até o almoço,  e mergulhar na minha cama não seria opção devido a visita comecei a ler alguns projetos, mal vi o tempo passar, 30 min depois, estava ele tirando sarro da minha cara por passar o meu tempo livre trabalhando, e me chamando para almoçar.

Esse rapaz me intriga,  nunca tinha me aproximado de alguém assim desde o acontecido, e ele consegue me deixar constrangida e sorrir de situações bobas como ninguem além de marilia e maiara.

Almoçamos tranquilamente uma massa maravilhosa que eu me espantei ao ver que ele msm que fez, algumas lembranças me vieram e ele deve ter percebido e me puxava de todas elas com seu modo divertido de ser, depois que comemos, me mostrou a cozinha e eu aprovei a organização,  agr a angustia ja me tomava, só de saber que chegará a hora de conversarmos, eu sei que eu pedi isso, mas sei também que ele não vai desistir de querer saber e é muito difícil pra mim me abrir, é como se vivenciasse tudo de novo...mas como minha família sempre me diz, se quero ser feliz, tenho que entender que a felicidade está no caminho, em pequenos acontecimentos, em viver um dia de cada vez...a teoria é linda...mas por em prática é muito complicado, se falar estar sendo difícil imagina mudar, mas talvez me abrir seja o começo para tudo isso.

Silly FearOnde histórias criam vida. Descubra agora