cap 57

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Guilherme

Sai daquele lugar meio desnorteado ainda segurando aquele saco de gelo, andei cerca de um quarteirão até  escutar alguém se referindo a mim

X: olha se não é o babaca que tentou me peitar mais cedo - eu o encaro mais não digo nada - achei q vc tinha dito que aquela gostosa era sua mulher, mas parece q ela prefiriu curtir la dentro sem você né

Gui: chega cara, não diga coisas q vc não sabe, vc é um canalha, imbecil, eu to cansado de vc, chato da porra, não deve conseguir ficar com mulheres então as força, nojento -

terminei de dizer tudo que queria e descarreguei toda minha raiva finalizando com um cuspe em sua fase, tudo bem, acho que fui longe demais,  foi o estopim para que o homem começasse deferim socos sobre mim,  não demorou a me derrubar e me encher de pontapés,  eu estava sem reação tentei revidar alguns golpes, mas ele era muito maior que eu e tudo me pegou desprevenido juntando com toda tristeza q estava sentindo, deixei com que ele me batesse, talvez eu quisesse me punir e isso veio a calhar.

Maraisa

Após ler aquele bilhete avisei a Mai que iria atrás dele, corri para a saída do evento e percebi um tumulto descendo a rua, meu coração acelerou como se eu premeditasse que algo ruim estava acontecendo, desci vagarosamente como quem evitasse a notícia, come se o medo segurasse minhas pernas, mas msm assim segui ate o local isolado

Mara: ei, senhor, por favor que aconteceu pode me informar? - não conseguia nem se quer disfarçar minha voz trêmula de medo e nervosismo

Paramédico: bom senhora tudo que podemos falar é que esse rapaz foi espancado,  estamos indo para o hospital

Mara: vc pode me dizer a identidade dele?

Paramédico: parece que é  Guilherme Artioli, agora temos que ir

Mara: nâaaoo pode ser... por favor me deixe acompanhar, ele é meu namorado

Paramédico: a senhora tem como provar?

Mara: ve se ele tem um cordão como esse- diz mostrando o dela - escrito Maraisa

Paramédico: vamos, nao podemos demorar - diz me entregando o acessório a pouco retirado do corpo desacordado do amor da minha vida entramos  rapidamente na ambulância.

Durante todo o trajeto, que parecia não ter mais fim eu conbersava com ele, msm inconsiente e pedia aos céus para que ele ficasse comigo,  eu nao quero pensar, mas não sei se sobreviveria se ele me deixasse,  outra perda seria demais pra mim, assim que entramos no hospital eles o levaram para um centro cirúrgico e me deixaram naquela sala de espera, plantada, eu não sabia o que fazer então liguei pra quem sabe o que dizer quando eu não quero mais escutar

Lig on

Mai: oi metade, e ai deu certo?

Mara: maaaii pelo amor de Deus vem aqui - digo ha soluçando de tanto chorar

Mai: meu amor o q houve onde vc ta?

Mara: to no HGG

Mai: como assim hospital, to chegando

Nem deu tempo de falar o q emrealmente tinha acontecido, mas pessoalmente seria mais fácil, passaram 15min, que para mim pareciam horas, para que eu estivesse em seu abraço

Mai: agora me diz?

Mara: eu...ele...eu não sei bem, parece q ele foi espancado, isso é minha culpa, certeza que ele foi brigar com aquele nojento

Mai: ei para, não é sua culpa, ele jamais deixaria que alguém  te machucasse

Mara: se eu tivesse tentado ouvir ele...não

Mai: vc nao pode prever as coisa e jaja ele ta bem, seja positiva,  tenha fé

Mara: eu to tentando irmã,  mas vc nao viu como...

Mai: ei chega, vem cá me de suas mãos,  se tem alguém que pode nos ajudar é Deus, olha pra vc tudo que passou e superou, ainda esta em pé, não perdeu sua crença, continue sendo forte

Maiara sabia sempre o q me dizer, suas palavras pareciam como luz na escuridão,  demos as mãos e em silêncio permanecenos ali, em uma longa conversa com Deus, Ele precisava me ouvir, não aguentaria caso algo acontecesse, meu choro foi cessando e meu coração se acalmando
E após cerca de duas horas ininterruptas desde o início das orações finalmente um médico veio até nós.

Médico: bom o rapaz chegou muito ferido aqui e o caso foi bem grave, teve duas costelas quebradas, por sorte não perfiraram o pulmão esquerdo, teve uma hemorragia interna e isso ja foram estabilizados ficando apenas alguns hematomas que sumirão em breve - me aliviei quando ouvi isso mas durou menos que um segundo quando o médico continuou a falar - mas o que mais me preocupa foi que a pancada na cabeça causou uma concussão cerebral, ou seja um trauma crânio-encefálica e não sabemos como ele pode acordar

Mara: como assim doutor??

Médico: bom, uma concussão cerebral pode afetar a memória, julgamento, reflexos, fala, equilíbrio e coordenação muscular, isso depende muito do grau que ela atinge, mas só vamos poder ter certeza disso após alguns exames quando ele acordar

Vocês ja vivenciaram algo que faz pensar que o chão se abriu sob seus pés e você esta despencando cada vez mais, sem saber onde isso vai te levar, só sentia medo do escuro e frio que se aproximava? Eu me sentia assim nesse momento e nem maiara estava conseguindo mudar isso, talvez por ser uma das poucas coisas que firaram a fala da minha irmã,  agora se ela esta assim imagina eu.

Silly FearOnde histórias criam vida. Descubra agora