cap 9

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O domingo passou sem que elas perceberssem, organizaram um almoço tranquilo para juntar com os namorados e não deixar a morena sozinha,  mas ela nao estava no clima e então não demorou muito até perceberem a vontade da mulher e foram embora, todos.

Uma dúvida pairava em sua mente durante todo domingo, e segunda feira seria o momento de esclarecer algumas coisas.

E assim se fez, mais uma semana se iniciou e a diretora fria e profissional tomou conta daquela frágil menina do fim de semana, enquanto atravessava aquele longo corredor, com seus saltos raspando o piso e seu perfume  hipnotizando muitos por ali, pensava apenas em trabalho, escondendo que realmente é, mas aquele dia outra coisa a consumia, por isso precisava ter uma conversa com Guilherme, assim que passou pela mesa do rapaz falou em  alto e bom tom

Maraisa: Senhor Artioli por favor, queira me aconpanhar ate minha sala

- iiihh bichão boa sorte

- foi bom de conhecer -

o que nao faltava era comentarios maldosos e sarristas enquanto a chefe ja estava longe de vista, em seguida Guilherme se dirige em silencio para a sala da mulher

Guilherme: licença Senhorita

Maraisa: sem formalidades rapaz, quem te contou?

Guilherme: contou o que?

Maraisa: não se faça de boba, algum motivo vc teve pra cantar aquela musica em meio a uma comemoração??

Guilherme: me desculpe, não era minha intenção,  e eu nao sei o que  aconteceu na sua vida, de verdade, só  que perdeu pessoas especiais, murilo deixou escapar, mas nao o culpe, isso é tudo que sei, queria poder te ajudar a seguir em frente

Maraisa: vc não sabe de nada, nao entende

Guilherme: a musica que eu cantei me ajudou muito quando minha vó morreu, fazer ela me aliviou

Maraisa: ai que nervoso, vc nao tem o direito, as coisas são completamente diferentes

Guilherme: então me explica, eu quero saber, quero ajudar

Maraisa: isso aqui nunca vai dar certo

Guilherme: nao se isole mais, todas aquelas pessoas te ama, vc nao esta sozinha

Maraisa: pq eu? Pq esse interesse repentino em me ajudar?

Guilherme: nao sei ao certo, mas sinto que preciso, é como se eu enxergasse seu coração e fosse o oposto dessa mulher que vc é no trabalho

Maraisa: nao nao nao - pensa alto andando de um lado para o outro - demorei demais pra construirmeus muros

Guilherme: sabe Maraisa, muitas vezes achamos que esses muros nos  protegerá, mas depois que os derrubamos acabamos percebendo que ele nos impede de viver verdadeiramente, não desperdice sua vida com medo de sofrer,  o sofrimento faz parte, e não tem nada mais compensatório do que enfrentar tudo, viver  um dia de cada vez entendendoque nao existe o final feliz e sim uma trajetória de alegrias, no final pequenos momentos tem que ter valido a pena.

Maraisa ja derramava algumas lágrimas sutis e tentava de todas as formas esconder o constrangimento de estar chorando ja frente de um mero estagiário

Maraisa: obrigada, mas...

Guilherme: bom, me chame se quiser conversar, vou te deixar sozinha -
sai assim que nota que a mulher que esconde suas emoções esta envergonhada por te las mostrado

*falaaa povooo, e essa conversa hem, seráque abalou as estruturas da fria Maraisa?? *
Digam ai o que acham que esta por vir...

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