- Que cheiro bom! - Inspirei fundo o aroma no fim das escadas.
- Eu fiz seu café da manhã. - Raul respondeu. - Obrigada por me deixar ficar. Uma mulher grávida não pode ficar sozinha, mesmo que esteja grávida de um monstro.
Raul me olhou com seus olhos negros e apertou forte a faca suja de manteiga que estava em suas mãos, até a ponta dos dedos ficarem brancas. Um desespero percorreu meu corpo.
- Eu gosto muito de você, Helena... Mas não posso deixar você ter esse bebê. Espero de verdade que você sobreviva depois de eu arrancá-lo. Desculpa, mas são as ordens.
Corri. Forcei minhas pernas trêmulas a dispararem para fora da casa, sentindo o chão molhado da chuva sob os pés, escorreguei e caí de barriga. Levantei o mais rápido possível sentindo Raul se aproximar. Entrei no viaduto cheio de carros e minha respiração começava a falhar. Mas ninguém parava, então não vi outra opção a não ser entrar na frente de um.
- Helena, querida, se não for eu, outro será. - Raul cuspiu veneno.
Não prestei atenção no carro por conta da visão embaçada, apenas me joguei na frente do mesmo, os pneus derrapando no asfalto e tocando minhas canelas. Não pensei duas vezes, corri para o banco passageiro e ao fechar a porta, olhei para todos os lados a procura de um Raul que havia desaparecido.
- Helena? - Uma voz familiar adentrou meus ouvidos.
- Me tira daqui. - Disse ofegante, com mãos trêmulas e cabeça baixa.
Como eu sou ingênua! Como diabos fui confiar nele de novo? Ah, puta que pariu, vai começar a caça de novo! Mas dessa vez eu garanto que também vou ser uma caçadora. Isso eu garanto.
- Helena? O que houve? - Levantei os olhos pela primeira vez e vi o homem que mais me deixa nervosa na face da terra.
- Keanu? - Franzi o cenho, olhando para tudo que havia dentro do carro. - É claro, ele sempre está por perto. - Sorri aliviada.
- O que aconteceu? - Perguntou. Passei a mão no rosto molhado e olhei para seus olhos penetrantes.
- Nosso bebê... Eles querem nosso bebê! - Disse, recebendo apenas olhares desconfiados. - Você sabia? Eu não acredito...
- Helena, eu...
- Para o carro!
- Mas...
- Para a porra do carro agora! - Keanu encostou o carro perto de vários lojas e desci do carro, descalça, com frio e furiosa.
- Helena, deixa eu te explicar! - Keanu acompanhou meus passos rápidos com facilidade.
- Mentiras. É só o que saem da sua boca. Quando você vai começar a me contar a verdade? Hein? Nós dois sabemos que eu não sou uma princesa em apuros que precisa ser poupada da verdade! - Berrei, fazendo todos que estavam passando olhar para nós.
- Eu... eu te conto tudo. Apenas vem comigo... - Começou.
- Dessa vez, você vem comigo. - Entrei numa cafeteria de esquina e sentei na mesa mais distante. Esperei enquanto ele silenciosamente sentava a minha frente. - Você tem cinco minutos.
- Tem... tem um pedido anônimo para matar nosso filho. Provavelmente um dos meus inimigos, ainda não consegui rastreá-lo, mas ele está pagando 10 milhões por nosso bebê. Você sabe como funciona a política de filhos no meu ramo.
- 10 milhões. - Respirei fundo e passei a mão na cabeça. - Não entendo por que Raul queria matá-lo!
- Raul?
- Sim, ele acabou de tentar arrancar nosso filho do meu ventre. - Expliquei.
- O negócio do pai dele vai de mal a pior.
- Hm. Tem mais alguma coisa que queira me contar? - Perguntei.
- Receio que não.
- Eu quero que jure para mim que nunca, nunca mais vai esconder coisas de mim. - Disse.
- Helena... - Olhei com ódio para ele. - Eu juro.
- Então, o que fazemos agora? Vamos sumir do mapa? - Perguntei.
- É o melhor a se fazer.
Levantei sendo seguida por ele, mais nervosa do que nunca. Entramos no carro e saímos em disparada para a nossa casa.
- Para onde agora? - Perguntei, assim que atravessamos a porta.
- Quer ir para onde? - Perguntou de volta.
- Sempre quis conhecer a Índia.
- Então é para lá que vamos.
- Antes, um banho. Você tem noção do tamanho do tesão que tive que reprimir essa noite? - Perguntei.
- Tem ideia do meu? - Ele se aproximou e apertou minha intimidade, fazendo-me gemer.
- Vamos subir logo! - Disse desesperada.
Entrelacei as pernas na sua cintura e o beijei como se houvesse passado anos sem beijá-lo. Ele cambaleou desajeitado ao subir as escadas, mas em pouco tempo estávamos entrando no banheiro, pondo-me no chão, ele arrancou minhas roupas.
- Eu estou molhadinha para você, meu amor. - Sussurrei em seu ouvido.
Suas pupilas dilataram em resposta e entramos no chuveiro. Keanu colocou um dedo dentro de mim e chupou-o logo em seguida.
- Molhadinha só para mim. Ah, Helena! Você imagina o tanto que eu amo essa bucetinha? - Suas palavras me excitaram, e gemi em seguida quando seu dedo entrou em mim novamente. - Isso, Hel, geme pra mim vai.
- Oh, Keanu!
Em um movimento rápido, ele colocou minha perna direita sobre o seu ombro, e passou o seu membro em cima do meu clitóris fazendo minha perna esquerda tremer, só não caí porque ele me segurou firme. Keanu colocou seu membro firme dentro de mim devagar, me torturando, até que colocou tudo. E aí, bom, aí eu visitei o paraíso. Ele dava estocadas fundas enquanto o dedo esquerdo acariciava meu clitóris. A água gelada entrava na minha boca quando eu gemia.
- Se eu pudesse, eu moraria dentro da sua buceta. Puta que pariu, Hel, que buceta gostosa! - Gemi mais alto com suas palavras sujas. A essa altura eu nem controlava mais meu quadril.
E tudo o que eu tinha certeza, era que desejava que aquele momento durasse para sempre.
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Fuck Me, Daddy
FanfictionSeu corpo é o inferno onde eu quero queimar. A vida de Helena muda drasticamente quando ela e seus pais sofrem um "acidente" e ela é a única que escapa. Então, ela se vê obrigada a morar com Keanu, o amigo próximo da família que a conhece desde pequ...