Aquele Dia da Exposição, Mami

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No dia seguinte nós acordamos tarde. Paô foi a primeira a despertar. Ficou me observando dormir por longos minutos e decidiu me surpreender com café da manhã na cama. Não era o tipo de coisa que eu estava acostumada a receber. Não que meus outros companheiros fossem insensíveis e nada românticos... Eu só era a que acordava primeiro, indo trabalhar em seguida. E eu gostava disso. Dessa rotina que me cercava de todos os jeitos.

Com o passar do tempo esses mimos passaram a ser algo distante para mim, fazendo com que eu não sentisse falta de nada daquilo na maior parte do tempo. Essa era uma das coisas que eu tinha certeza que Paola mudaria em mim e que eu precisaria pensar em algo para surpreendê-la da mesma forma.

Buenos días, cariño. – Falou enquanto beijava toda a extensão das minhas costas.

–Hun... Bom dia, meu bem. – Falei manhosa, a voz rouca e arrastada.

–Ouvir esse seu tom de voz me faz querer colocar toda essa comida longe e te amar aqui mesmo... – Confessou ao pé do meu ouvido, me fazendo ficar completamente arrepiada.

Sorri largamente, me espreguiçando. Minha namorada sentou-se ao meu lado enquanto me via fazer o mesmo. A bandeja de café da manhã era de uma gostosura tão grande que eu sabia que meus olhos brilhavam. Carosella sabia exatamente do que eu gostava!

Depois do café nós tomamos banho juntas, com direito a uma transa rápida, porém não menos gostosa. Deixei-a no Arturito.

–Está entregue, meu bem. – Falei olhando em seus olhos tão brilhantes.

Ela sorriu lindamente e brincou:

–Quando quiser marcar para a gente repetir a noite, gata, só me liga.

Eu tinha conversado com ela uma vez sobre como odiava sair com homens que depois vinham com esse papo furado achando que a noite tinha sido perfeita e que eu o queria como o macho alfa da minha vida...

Gargalhei da atuação dela, desafivelei meu cinto enquanto aproximava meu corpo do dela. Aproveitando-me dos vidros escuros do meu carro eu a puxei para um beijo de tirar o fôlego.

–Se você não fosse tão boa de cama e de alma eu te ignoraria para sempre, mamita. – Sussurrei.

Nossos rostos estavam pertinho um do outro. O sorriso que ela me dirigiu fez minhas pernas tremerem. Eu queria possuir o corpo dela ali mesmo, mas não podia.

–Foi realmente bom para você, cariño? – Quis saber.

Depositei uma série de selinhos em seus lábios e respondi:

–Foi mais que bom, meu bem! Foi mais do que eu imaginei.

Ela me abraçou fortemente. O cheiro de Paola me acalmou e me deu força para mais um dia. Eu amava demais aquela mulher.

–A gente precisa conversar sobre a exposição do nosso relacionamento. – Falou baixinho.

–Por mim não há problemas, amor. Você sabe! – Ela fez uma carinha extremamente fofa. – O quê?

No sé se gosto mais de você me chamando de meu bem ou de amor. – Confessou.

Aquela fase do relacionamento era deliciosa. Cheia de arco-íris e bolhas coloridas.

–Boba... – Sussurrei, levemente corada.

–Certo! Vamos voltar ao assunto. Podemos conversar sobre isso mais tarde? Na minha casa? – Indagou.

–Claro. Eu confirmo mais tarde, tá?

Rumei para a Tempo de Mulher depois de Paô se despedir de mim e adentrar o restaurante, a fim de agilizar alguns documentos. Queria viajar com Paô e Fran para algum lugar legal por uma semana. Para isso acontecer eu precisava adiantar o serviço.

Aquele DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora