Capítulo 4

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Cheguei em casa, abri a porta e como eu já esperava, Gabriel, estava sentado no sofa.

_ Preciso me lembrar de trocar a fechadura.- Falei jogando minha bolsa, no aparador ao lado da porta.

_ Com coisa que adianta.- Ele falou me encarando, seu olho estava roxo.

_ Bateu no poste querido.- Falei sarcástica.

_ Seria menos pior se fosse isso.- Falou se levantando.

_ Os cara la descobriram que eu estou aqui em Nova York, me deram um prazo de duas semanas para conseguir a grana.- Falou se aproximando de mim.

_ E você achou que eu vou conseguir esse dinheiro? Gabriel, eu não tenho dois milhões meu querido.
Fui para cozinha, precisava de um copo com água.

_ Mais seus pais tem Lorena, você poderia falar com eles, sei-lá cara, me ajuda Lorena.

_ Gabriel, você esta se escutando? Mano do céu, olha meus pais te odeiam, se esqueceu da merda que você fez? Como você quer que eu chegue neles e peço dois milhões? Seria como? Oi pai, lembra do Gabriel, é, meus ex namorado drogado, sim, aquele que acabou com a minha vida, pois é, ele se meteu em confusão de novo, ta devendo dois milhões para uns bandido ai, e ele veio me procurar, sera que o senhor poderia dar esse dinheiro a ele?

_ Não seja sarcástica.- Ele falou serio.

_ Gabriel, só tem uma forma de eu te ajudar.

_ Como?- Perguntou interessado.

_ Ligando para a policia e você se entregando, é o único jeito e o jeito certo.- Falei e ele negou rapidamente.

_ Você não entende Lorena, não é tão fácil assim, ou eu dou esse dinheiro a eles, ou eles me matam, você sabe como essas coisa funcionam, você já viu com seus olhos, mano você precisa me ajudar, pelo oque a gente já viveu Lola, pelo amor de Deus.- Ele estava quase se ajoelhando.

Eu lhe encarei, onde eu estava com a cabeça em me envolver com ele, nossa como eu fui burra, como eu sou burra.

_ Olha, você precisa ir embora.- Falei colocando o copo que eu havia bebido água na pia.

_ Eu não tenho pra onde ir, Lorena.

_ Porque logo eu?!- Surtei, surtei legal._ Gabriel seu filho da mãe, tanta mulher por ai, e você tinha que acabar logo a minha droga de vida?- Eu estava gritando._ Eu te odeio, com todas as minha forças, eu te ODEIO, eu mudei de país deixando tudo para trás, tudo Gabriel, por sua causa.- Eu chorava._ Por sua causa, será eu preciso te lembrar de tudo oque eu passei, eu quase morri Gabriel, eu quase morri, duas vezes.- Ele chorou comigo._ Lembra disso?- Levantei a blusa mostrando a pequena cicatriz na minha costela._ Eu levei uma facada, por merda de dívida sua, droga Gabriel, eu preciso de paz, de paz, e por mais que eu fuja de você, você me acha e me fere novamente. Eu quero ser feliz.- Abaixei meu tom de voz, eu estava cansada._ Eu quero ser feliz, pelo menos uma vez em minha vida, e enquanto você não sumir da minha vida, eu não serei Gabriel, eu não serei, sabe porque, porque você sempre trás uma tempestade toda vez que você aparece.

_ Me perdoa Lola, me perdoa, eu te amo, eu sei que eu só te fiz infeliz, me envolver com essas coisas, te trair, te machucar, eu sou um monstro e eu me culpo sempre por tudo de ruim que eu já te fiz, me perdoa.
_ Eu não consigo te perdoar, não é tão simples assim.- Falei saindo da cozinha._ Você pode ficar no sofá enquanto não acha um lugar para ficar.- Falei por fim, indo para o meu quarto.

Tranquei a porta e me joguei na cama, chorei, chorei muito, eu não conseguia entender o porquê eu estava passando por aquilo.

No meio da noite acordei com barulho de vidro quebrando, dei um pulo da cama, e peguei em baixo da cama um taco que eu deixava ali, caso precisasse.
Abri a porta do meu quarto devagar e desci as escadas bem devagar, a casa estava escura e silenciosa, cheguei na sala e o sofá estava vazio, Gabriel não estava mais la, o vidro da janela da sala estava quebrado.

Quando desci o ultimo degrau da escada, fui surpreendida por alguém tampando minha boca, me debati.

_ Xii... sou eu.- A voz baixa do Gabriel, me fez acalmar.

_ Oque ta acontecendo?- Sussurrei.

_ Estão me procurando. Vem comigo.-Ele pegou o taco que estava em min há mão e me puxou escada a cima, entramos em meu quarto e ele trancou a porta bem devagar.

_ Merda Gabriel.- Soquei seu peito. _ Vão matar você e eu seu idiota. – Alterei a voz.

_ Fala baixo.- Tampou a minha boca._ Eu vou resolver isso.- Passou a mão pelos cabelos. _ Eles não vão te machucar novamente.

Ficamos o resto da noite ali, trancados naquele quarto,não preguei os olhos o resto da madrugada.

Quando amanheceu, eu expulsei Gabriel do meu quarto, a minha raiva por ele só crescia.
Eu tomei um banho bem demorado, lavei meus cabelos e depilei minhas pernas.

Depois de ter me arrumado para faculdade, eu desci para cozinha, não tinha rastro do Gabriel pela casa, ótimo.
Tomei meu café da manhã e fui para faculdade.

_ Meu irmão não parou de perguntar sobre você.- Disse Hanna após sentar ao meu lado na sala de aula.

_ Jack?- Perguntei duvidosa, ele namorava a Mari.

_ Não né, Peter, ele pareceu bem interessado.- Sorriu maliciosa e eu revirei os olhos. _ me perguntou que dia você voltaria a ir la em casa.

_ E o porque ele perguntaria isso? Deve ser somente curiosidade dele.- Falei dando de ombros e tentando transparecer o mais desinteressada possível.

_ Deve estar curioso para experimentar o beijo de uma brasileira.- falou rindo.

_ Cala a boca.- Lhe dei um leve empurrão de lado.

E foi todas as aulas assim, ela me enchendo a paciência.

Hanna era uma garota bem legal, eu gostava bastante de sua companhia, com certeza seriamos amigas.

_ Me empresta seu caderno?- Hanna pediu.

_ Pra que?

_ Eu não copiei nada hoje, estava com preguiça.- debruçou na carteira.

_ Não esquecendo de me trazer amanhã.- Falei lhe entregando.

_ Jamais.- Beijou minha bochecha sorrindo. _ Me passa seu endereço, qualquer coisa levo para você.

E mais uma mês quando cheguei em casa, tinha uma surpresa, menos agradável ainda  a minha espera. 

_ Quanto tempo bonequinha.- O cara sorriu mostrando seus dentes ridículos de ouro. 

Arrepiei de medo

Meu Ponto de EquilíbrioOnde histórias criam vida. Descubra agora