AMOR POR CONTRATO

Capítulo 2

Quando Berna deu por si, estava de mãos dadas com Mustafá entrando em um hotel de luxo, após pegar o cartão magnético e entrarem no elevador, ele a prensou contra a parede e começou a beijá-la sem pudor algum, sem nem se importarem com as câmeras que estavam ali. Ela retribuía aquele gesto, sentir a língua dele atravessando sua boca e entrelaçando com a sua, fazia suas pernas amolecerem feito gelatina. Começava a fazer muito calor ali e felizmente a porta se abriu, dando acesso a um corredor, ele encostou o cartão na porta e logo entraram na suíte, já lá dentro recomeçaram os beijos, Mustafá pegou seus braços e colocou sobre sua cabeça a fim de deixá-la indefesa, foi descendo os beijos por seu pescoço, colo e voltou a atacar seus lábios, os gemidos de Berna entre os beijos o deixava ainda mais louco. Pouco a pouco foram andando até a cama e no caminho a trilha de roupa foi deixada pelo chão, ela jogou os sapatos para um lado, sentindo Mustafá a puxando pela cintura com possessão, ela ficava tão pequena em vista dele, mas isso não a intimidava, ficou na ponta dos pés para retribuir mais um beijo que se iniciava. Sentiu seu corpo se arrepiar quando se deu conta de que ele abria o fecho de seu sutiã vermelho, soltando as alças e fazendo seus seios encostarem naquele peitoral, podendo sentir sua intimidade completamente úmida, seria capaz de receber Mustafá ali dentro sem nenhuma preliminar além daqueles beijos incríveis que ele estava lhe dando. Ele também estava completamente maluco, aqueles olhos castanhos encontrando com o seu, quase que implorando para ser penetrada ali mesmo, fazia seu membro doer de tão duro que estava. Seus lábios, cheiro, corpo, tudo nela o deixava sem ar, estava ficando louco por aquela mulher. Ela o jogou na cama, retirou sua cueca e em seguida sentou sobre seu membro ainda de calcinha, Mustafá acariciou a lateral de seu corpo, apertou suas coxas, seus seios, sua cintura, depois afastou sua calcinha e tocou sua intimidade, quase fazendo Berna perder o controle, mas ela não deixou isso acontecer, pois enquanto ele pegava um preservativo, ela roçava sua intimidade com a dele e quando estava completamente pronto, encaixou-se sobre ele e começou a se movimentar. Uma onda de arrepios tomou conta dos dois, a adrenalina que surgia ali era surreal, Mustafá a puxou para colar seus corpos, sentiu os seios de Berna achatados sobre ele, segurou na cintura fina e ajudou-a num ritmo lento, porém profundo, eles queriam mais e mais um do outro, ele entrelaçou as mãos nos cabelos dela, beijou seus lábios e desceu para o queixo, parando por fim no pescoço. Berna recuperou sua posição inicial e arranhou o peitoral dele com carinho, aos poucos ela começava a segurar-se mais firme nele, sentia seu orgasmo chegando com tudo e Mustafá a segurou incitando-a ainda mais a chegar até o fim. Não demorou para que ele também alcance seu orgasmo, quando tudo terminou, ele foi até o banheiro, tomou uma longa chuveirada, enquanto Berna seguiu pensativa na cama, quase caindo no sono e quando ele voltou, ela apenas encostou a cabeça em seu peito e pegou no sono rapidamente.

Na manhã seguinte, Mustafá acordou com um barulho alto, mas não era no quarto em que estava. Acostumou-se com a luz que entrava pela janela, olhou ao seu lado e estava vazia, nenhum sinal de Berna, apenas os lençóis amarrotados. As roupas não estavam no chão, então ele deduziu que ela havia ido embora, acabou de se vestir e também saiu, fechou a conta do hotel e dirigiu até sua casa.

Por outro lado, Berna se arrumava para ir ao trabalho, depois de apenas beber um copo de suco, saiu correndo até seu carro, pois estava mais do que atrasada para receber um cliente que havia lhe solicitado para um serviço de remodelagem de um restaurante. Tanto ela, quanto Malka, trabalhavam no mesmo edifício comercial e falando na irmã, ela não havia conseguido contatar a terapeuta, mas Bianca havia lhe passado uma mensagem assegurando que havia deixado-a em casa sã, salva e obviamente bêbada. Próximo ao horário de almoço, Berna foi até a sala de sua irmã, a encontrou sentada em sua cadeira de couro preta com as mãos sobre os olhos e um copo com água e analgésico ao lado.