Mustafá, único herdeiro da "Império Ayata", precisava de uma esposa para assumir os negócios da família após a morte de seu pai e vê sua vida de mulherengo ir por água abaixo. Berna Steinl, uma turca que viveu por anos em Manhattan, está de volta a...
A voz de Stenio soou surpresa, ele estava com Mustafá bebendo em uma boate, a mesma que havia visto Berna quatro anos atrás, eles estavam em uma espécie de camarote.
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- Quase caí para trás quando vi aquela menina ali na minha frente. –Respondeu. –Como Berna teve uma filha e ninguém soube?
- É aceitável, ela foi embora daqui. –Stenio disse parecendo óbvio. –Mas entendo o que quer dizer, era para no mínimo terem comentado, vermos foto em algum lugar.
- Não consigo deixar de pensar nisso desde que as vi. –Mustafá revirou todo o raki de uma única vez.
- Você parece bem transtornado.
- Esse assunto mexeu comigo.
Nesse momento, Stenio observou uma mulher que chegava próximo à eles, era Sila, uma moça muito jovem e bonita que Mustafá andou saindo umas vezes, mas desde que Berna havia voltado, não tinha mais cabeça para pensar nas suas aventuras de uma noite.
- Olá, meninos. –A mulher disse provocante enquanto tocava no ombro de Mustafá. –Querido, não retornou minhas ligações...
- Eu estive ocupado, Sila. –Respondeu cortando-a.
- Foi ótimo te encontrar por aqui, que tal se formos tomar alguma coisa no seu apartamento?
- Não dá, eu tenho que acordar super cedo amanhã. –O homem se levantou impaciente. –Vamos, Stenio?
- Mas já? –Sila perguntou fazendo bico e cruzando os braços. –Fica mais um pouco, eu acabei de chegar e tem algumas amigas que eu queria apresentar pro Stenio.
- Eu adoraria... –O advogado respondeu animado.
- Nós já estávamos de saída, não é? –Mustafá o olhou com raiva. –Até, Sila.
- Eu vou matar você por ter atrapalhado uma possível noite de sexo com aquelas gatas que são as amigas da Sila. –Stenio disse enquanto saía do local com Mustafá. –Não é porque você está dispensando ela que precisa me impedir de tudo.
- São todas aproveitadoras, não vou deixar você perto dessas mulheres. –Revirou os olhos. –E pare de reclamar, você precisa dirigir porque eu bebi.
- Nunca mais saio com você.
Malka desceu as escadas e encontrou Berna em um canto da sala sentada numa mesa desenhando alguns projetos enquanto tomava uma xícara de chá, parecia cansada e caindo de sono.
- Vá dormir, você ficou o dia inteiro enfiada aqui. –A mulher disse.
- Malka? Eu pensei que estivesse na sua casa. –Berna respondeu surpresa.
- Pensei que você e a Aisha precisariam de alguma coisa.
- Você tem a sua família, não precisa ficar aqui todo dia, estamos bem.
