Mãe é que eu estou tão bêbado

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Mãe é que eu ando tão bêbado e chapado que não consigo te escutar mais, a vida me ensinou que ninguém ouve mais ninguém. Estou andando na minha direção, posso cair algumas vezes na rua e dormir no banco da praça, mas quando o guarda me acorda, eu continuo andar na minha direção, até ele percebeu que não sou vagabundo e nem delinquente.


A verdade é que meu vício me vicia a ser eu mesmo, se for preciso morrerei de overdose, mas morrerei sendo eu.

Mãe, enxugue essas lágrimas que escorrem de teu rosto, afinal o seu filho não tem nome de santo, meu passo pode ser torto, mas nem a cachaça me faz perder o meu destino, já fiz até amizade com a fome.

Pode me chamar de louco, mas se eu não fosse louco, eu ficaria por não ser.

A melancolia do ócioOnde histórias criam vida. Descubra agora