Everything

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Johnny estava conversando com seus amigos e sua irmã, até que um carro para em frente ao prédio em que ele morava. Era possível ver duas garotas dentro dele: uma loira de olho azul e outra morena com um sorriso encantador.

O garoto percebeu que não foi o único a notar aquilo. Seus amigos também encaravam as duas e secavam a morena com os olhos, principalmente Isaak. As garotas também olhavam, mas apenas com curiosidade. Lauren principalmente, ela adorava conhecer pessoas novas, tinha quase certeza de que sua irmã já estava pensando em um jeito de fazer amizade com elas.

Johnny resolveu chamar a atenção deles dizendo algo engraçado, todos riram e se voltaram para ele, exceto Isaak. Ele ainda olhava para aquela garota, o que já estava começando a irritar o loiro.

-Gente, eu estou com fome. Vamos na lanchonete? - Johnny perguntou tentando afastar todos dali.

-Bora! -todos os seus amigos responderam em uníssono.

"Ótimo!" -pensou o loiro, assim pelo menos ele manteria Isaak o mais longe daquela garota, que ele daria um jeito de descobrir quem era.

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Chegaram na lanchonete e se sentaram no lugar de sempre. Todos conversavam animadamente, enquanto a mente de Johnny o fazia lembrar da garota de mais cedo.

-Terra chamando Johnny. -Lauren balança as duas mãos em frente ao rosto do irmão, o tirando de seus devaneios.

-Fala. -o loiro olhou para a irmã.

-O que você tem?

-Nada, ué. Por quê?

-Ah, sei lá. Você tá com uma cara de bobão. -ela franze o cenho -Você tá gostando de alguém? -ela pergunta um pouco alto, fazendo com que a atenção dos demais que estavam na mesa se voltassem para os dois.

-Eu... Claro que não. -o loiro disse gaguejando um pouco.

Johnny nunca havia gostado de nenhuma garota, então não sabia como era essa sensação. Chegou à conclusão que sentia apenas uma atração por aquela menina. Não poderia gostar de uma pessoa que nunca falou na vida, ou poderia?

Percebeu que Zoe o encarava. Há um tempo atrás Lauren disse que ela nutria sentimentos por ele, mas Johnny afirmou para a irmã não era recíproco. Eles eram só amigos. Johnny desviou o olhar para a porta da lanchonete, para não dar falsas esperanças à garota.

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Agora quase todo o grupo de amigos estavam voltando para o prédio, com exceção de Nadia, Ruby e Isaak, que moravam em um prédio que ficava alguns quarteirões dali.

-Você gostou dela, né? -Lauren pergunta para o irmão quando estão um pouco mais atrás dos outros.

-Dela quem?- Johnny se faz de desentendido.

-Daquela garota de mais cedo, não adianta negar, eu vi o jeito que você olha pra ela.

-Olha... Eu não sei, nunca gostei de alguém antes, então eu não faço ideia do que fazer. Além do mais, como posso gostar de alguém que nunca vi na vida? -disse triste.

-Tenta falar com ela, tenho certeza que assim você vai saber o que sente -Lauren põe a mão no ombro do irmão.

Apesar de ser quase dois anos mais velho, Lauren era bem mais "sábia" que o irmão em relação às coisas da vida: sempre dava conselhos para Johnny todas as vezes que ele precisava. O que o fazia pensar que sua irmã era a garota mais madura que ele conhecia, e não era para menos.

-Eu sei, mas como? Eu não posso simplesmente chegar lá e tentar puxar assunto com ela, ela pode achar que eu sou um psicopata -Lauren ri.

-Acho que acabei de encontrar uma solução -a mesma diz e se abaixa, pegando algo que estava no chão. -Toma, eu vi ela com esse mp3 na mão hoje mais cedo... Deve ter esquecido aqui, entrega pra ela e tenta descobrir algo - lança um sorriso gentil na direção do loiro.

-Lauren, eu te amo! Sério, você sempre sabe o que fazer.

-Eu sei bobinho -ela ri novamente -Mas agora vai lá, vai -o empurra.

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Enquanto subia as escadas do prédio, Johnny se lembrou de algo importante: onde encontraria aquela garota? Não fazia a mínima ideia de onde era o apartamento dela, droga.

-Pensa Johnny, pensa -o garoto disse para si mesmo quando chegou no terceiro andar. -Já sei, a sala de jogos. É o único lugar legal pra um adolescente aqui.

"Mas e se ela não estiver lá?" - uma vozinha em sua cabeça disse.

"Ela vai estar lá, tem que estar." -respondeu para si mesmo.

Andou mais um pouco até lá. Sentiu seu estômago se revirar por conta da ansiedade de vê-la, mesmo sabendo que provavelmente ela não estaria lá, mas é como dizem: a esperança é a última que morre.

A porta estava aberta, o que significava que havia alguém lá, Johnny sentiu o coração bater descompassado dentro do peito. Adentrou o cômodo e perdeu o fôlego assim que a viu.

A morena estava sentada em uma espécie de sofá que ficava na janela. Possuía um caderno e uma caneta nas mãos. Seu cabelo castanho escuro -que estava solto- batia contra a luz do sol, fazendo com que ela ficasse mais bonita ainda. Ela levanta seu olhar para o garoto até então desconhecido, e lhe lança um sorriso meigo.

Johnny sentou ao seu lado e tentou puxar assunto.

-Oi, eu sou o Johnny. Vi que você esqueceu isso, pensei que quisesse de volta -retirou o mp3 de dentro do bolso de seu moletom.

-Muito obrigada. -ela responde com um sorriso -À propósito, meu nome é Mackenzie, mas pode me chamar de Kenzie... Você mora aqui tem muito tempo?

-Sim. Mais ou menos uns quatro ou cinco anos.

-Entendi...

-De onde você é? -perguntou curioso.

-Eu nasci em Pittsburgh na Pennsylvania. Mas vim morar aqui com a minha irmã mais velha: Maddie.

Johnny optou por não perguntar o porquê, não queria parecer invasivo.

Ficaram conversando por mais algum tempo, Kenzie era super legal e carismática. Ele também descobriu que ela e Lauren tinham a mesma idade, talvez elas possam até ser amigas, já que vão estudar juntas.

-Kenzie, você não quer vir... - Maddie diz adentrando o cômodo, mas para assim que vê um garoto com Kenzie.  -Ah, oi! Quem é você? -pergunta tentando ser simpática.

-Johnny Orlando, prazer. Você deve ser a Maddie certo?

-Sim -ela sorri. -Bom Kenzie, eu vim chamar você pra ir lanchar, mas se você quiser ir com a gente você pode -olha em minha direção.

-Não precisa, eu também tenho que ir pra casa -disse me levantando da janela. -Até mais Kenzie -deu um beijo em sua bochecha e foi até a porta. Cumprimentou Maddie com um aceno de cabeça e saiu de lá.

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-E aí? Como foi? -Lauren pergunta pulando do sofá assim que seu irmão entra no apartamento em que eles moram com os pais.

-É Lolo, você está certa -ele disse com um sorriso bobo no rosto -Acho que gosto dela.

Lauren literalmente pula de alegria no colo do mais velho: -Me conta tudo!