Capítulo 10 - A catedral

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 O som do ambiente se preenchia com galopadas cada vez mais próximas. As vezes eram contínuos, outrora vagarosos. Contudo, finalmente, era possível ver o cavalo e seu mestre subindo o topo de uma montanha.

No alto da montanha, uma estrutura gigante chamava atenção.

Com quatro torres, cada uma delas suportando um sino, um relógio enorme no centro, do qual era visível dois ponteiros. Haviam blocos ornamentados, de formas cilíndricas, porem achatado nas pontas. Nas laterais da construção haviam bandeiras em formatos de cruz e espada. E na parte inferior era notável três enormes portas de madeira, da qual representava a entrada principal.

"Então esta é A catedral." Boquejava Senvin encantado.

Próximo das três portas, muitos soldados faziam a vigilância do local, afinal de contas havia um convidado de honra naquele local.

"O rei está próximo." Observava os soldados com cuidado. "Acho que a melhor forma de entrar sem ser visto seria pelos fundos... ou então..."

Senvin começa a descer a montanha, aproximando-se do local, ele se esconde próximo a uma carruagem escorada em uma macieira, distante da Catedral.

Dentro, havia um homem, com roupas da tropa real, descansando em um belo assento de couro vermelho. Ele entra, e bate na cabeça do homem contra o assento da frente.

Alguns minutos se passam e Senvin vestia roupas de soldado. "Espero que tudo fique mais fácil agora."

"Ei soldado, identifique seu nome e seu batalhão!" Gritava um dos que aparentava ser capitão de tropas.

"Henrick von de vaart, senhor, batalhão oeste" Dizia um soldado próximo de Senvin.

"Ahh... Estamos checando os mais suspeitos. Afinal esperamos o exército do gigante vim nos atacar."

Ufa!

Após esse leve susto, Senvin consegue adentrar a catedral sem muitos alardes. Ao entrar ele fica embasbacado com a beleza do local.

O chão se apresentava com pisos quadriculados, em cores de preto e branco, assemelhando-se muito a um tabuleiro de xadrez. Duas fileiras de cinza sobreponham esses pisos, de forma magnificente. Pilastras de suspenção eram se vistas de ambos os lados, e ao redor delas, esculturas de gesso e pinturas a óleo. O teto era na realidade uma mistura de verde transparente com buracos para iluminação, dos quais os pombos usavam como abrigo.

E o que mais chamara atenção era o altar, feito de mármore e que ficava suspenso um pouco mais acima do solo. Ele estava brilhando com a magnitude de um pôr do sol.

O local contava com poucos soldados. Haviam dois deles parados próximos de um pequeno beco, e era visível que havia um alçapão no pé deles!

Senvin dá um passo a frente, e pensa em tudo o que ele passou até agora. Parte para uma corrida, e lembra do que suas decisões podem acarretar na vida das pessoas que lhe rodeiam. Ele alcança o pescoço de um com sua adaga e enforca o outro com os próprios braços. Ambos caindo duros no chão.

"Eu consegui... argh... Consegui" Expressava ele quase sem folego.

Ele revista os corpos e encontra duas chaves, uma delas claramente se encaixava na fechadura a baixo de seu pé.

Abrindo o alçapão ele descobre um calabouço, escuro, úmido, com os blocos de pedra e metais de bronze. Descendo as escadas uma figura com capa avermelhada e roupas azuis permanecia imóvel.

"Ainda falta algumas horas para minha refeição..." Argumentava o Rei. "ou seria meu filho que se adiantou?"

Senvin então começa a desamarra-lo e apoia-o em seu ombro.

"Você não está com eles, está?"

"Não. Eu pertenço a família Ignitctu!" Assegurava-o.

Subindo as escadas, eles percebem que os guardas sentiram falta daqueles dois companheiros, e por isso, armaram uma emboscada.

"Para o altar! Para o altar!" Sussurrava o rei no ouvido de Senvin.

Chegando no altar, o rei corre para um bloco inferior esquerdo do chão e eles começam a descer. Aquilo na realidade era um elevador.

Ao chegar em seu destino final, Senvin repara um espaço dourado, refletindo as cores da lua com diversos espelhos, e no centro, um relógio. Eles estavam no sótão da Catedral, mesmo com o elevador supostamente descendo, eles subiram alguns andares.

"Ficaremos seguros por aqui." Aliviava o rei. "Me atualize das informações. Temos todo o tempo do mundo agor–"

Um estrondo ressoa na porta ao lado.

As Chamas Imparáveis (Um Conto de Zirtae)Onde histórias criam vida. Descubra agora