Capítulo 15 - Grandeza e Queda

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"Onde estamos?" Perguntava o garoto de rosto sujo e roupas de soldado.

"Estamos na catedral e estamos no Farol da Terra." Explicava Versevius, o Rei. "Ao mesmo tempo, não estamos em lugar nenhum."

Tudo estava claro. Exceto pelo relógio em suas costas e outro à sua frente.

"Esse lugar foi construído para ser minha rota de fuga contra qualquer situação." Explanava o rei caminhando em direção ao relógio a frente. "Mesmo que os dois lados abram as portas, eu posso ficar aqui pelo passar dos séculos, e nada me atingiria."

"O que você quer dizer?" Questionava o garoto.

"Eu quero dizer que aqui o tempo não passa." Alegava o rei se aproximando do relógio. "Não importa quanto tempo fiquemos aqui, não envelhecemos."

Ele então começa a girar os ponteiros avançando algumas horas.

"A partir daqui. Eu posso controlar o tempo, indo do presente ao futuro, da forma que eu quiser."

"Como você sabe de todas essas coisas?"

"Não posso passar informações para alguém que nem mesmo eu sei o nome, mesmo esse alguém tendo salvado a minha vida, não acha?"

"Ahh... minhas apologias, Vossa Alteza." Desculpava-se o jovem. "Meu nome é Senvin. Senvin Ignitctu".

"Ha ha!" Dizia o rei em entusiasmo. "Então Aloys não se esqueceu de mim, afinal de contas. A primeira vez que nos vimos ele trouxe a cabeça da gigante para o meu quarto. Imagine o meu constrangimento, afinal eu estava com acompanhantes. Se é que me entende."

O Rei da usa risada maliciosa e continua a mexer no relógio. Abruptamente, a sala se torna em um grande hall, com lustres e candelabros em ouro, sutilmente haviam marcas tribais por todo o canto.

"No nosso tratado de paz entre Reinado e Tribos." Relatava ele, sentando-se em uma cadeira próximo de uma janela. "Concordamos que minha vida se tornaria prioridade máxima. Enquanto eles poderiam viver fazendo aqueles rituais malditos."

Ao lado do rei, havia uma prateleira, com uma ampulheta reluzindo uma coloração amarela, porém ofuscada devido a luz vindo da janela.

De repente, podia se ouvir Clanks e Clinks de espada. O exército do príncipe conseguiu invadir. Contudo... eles estariam lutando contra eles mesmos?

Inesperadamente, havia também exercito imperial, e ambos estavam lutando. Alguns deles aparecem misticamente dentro do hall. Uma flecha era disparada. Atingiria em cheio o Rei.

Senvin dispara em direção ao Rei, e toma uma flechada nos ombros. Porém, ao se contorcer de dor, ele bate na prateleira e a ampulheta cai no chão.

Tudo começa a girar, e ele se vê novamente dentro da Catedral, olhando através do vidro do relógio. Era possível ver o rei do outro lado, e entre eles, soldados choviam na terra e no mar.

Em seus pés estava a ampulheta. Ele se ajoelha para pega-la, mas a solta, não pela dor em seu ombro, e sim devido a um estrondo enorme que ressoava do lado de fora.

Colocando seus olhos contra o vidro, ele nota uma forte luz laranja percorrer por todo o lado esquerdo.

A profecia está seconcretizando! O que foi que eu fiz?

As Chamas Imparáveis (Um Conto de Zirtae)Onde histórias criam vida. Descubra agora