Capítulo 19 - Eternidade

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Um planalto de gelo, com montanhas e declives no horizonte. Um lugar escuro, que se tornara iluminado abruptamente pela chegada de um novo visitante. Dentro de sua barriga, um homem se queimava, passando alguns segundos um forte vento o congelava, assim como a grande Ave no lado exterior.

A fênix finalmente era preenchida por gelo. Entretanto, não demorava muito para que ela conseguisse derreter. Quase que instantaneamente, uma outra camada de gelo a cobria. E assim se tornava um ciclo inquebrável.

Vamos perecer por toda a eternidade, ave maldita!

***

"Por ali, recolha os corpos aliados e os coloquem na fogueira." Mandava um homem com uma mascara cobrindo sua boca. "Aqueles com roupa do império, podem joga-los ao mar."

Sniveyl caminhava pelo alvoroço de corpos ao chão, e percebe que aquele homem tribal, que o guiou até o seu assentamento, já não tinha mais um corpo, só a cabeça sob um amontoado de sangue e neve.

Rufeus, comandante honorário das tropas, estava remanejando-as para buscar e resgatar sobreviventes.

Uma dessas pessoas era a Ibby, que estava ajudando os feridos a caminharem até cavalarias que chegavam aos poucos. Muitos não aguentavam e morriam no momento da espera.

Senvin pegou a ampulheta do chão e montou em um cavalo, e indo em direção a Catedral, para reconectar de alguma forma com o Farol e resgatar o Rei. Enquanto Lenxys, era o que mais estava sentindo falta de seu pai.

Seus olhos estavam abertos, porém claramente sua visão não estava no agora, e sim repetindo incessantemente os acontecimentos de algumas horas atrás.

Aquele dia, o ultimo gigante caiu. Levanto junto a fênix.

O próximo a pegar um cavalo era o próprio Sniveyl. Passando pela floresta podre, mal notando os corvos sobrevoando a neve vermelha. Finalmente, ele chegava em seu destino.

Próximo daquelas paredes abandonadas pelo tempo, ele se movimenta e cai em um dos buracos. Havia uma porta ao lado, com um buraco a direita.

Quando ele se aproxima da porta, ele sussurra algo em uma língua distinta, e ela então se abre.

Internamente, tudo se mantinha de pé, exceto pela parede traseira, da qual tinha a imagem arqueira, com diversas rachaduras nela e a frente a enorme figura.

Pelo visto, ainda não acabou, não é, ma'am?

Zirtae tinha sofrido uma de suas maiores baixas desde a queda do chão a quase 20 anos atrás. Levaria anos para recuperar o que fora perdido, mas ao contrário de antes, havia uma enorme brecha para o inimigo adentrar.

Ibby caminhava pelas ruinas do forte de seu pai, do qual ele sempre negou o nome. Cheia de duvidas desde que sua missão havia se iniciado.

Ela tinha um pai, Aloys. E outro de nascimento, que salvara ela no dia em que sua mãe lhe deu à luz. Ele era um ser magico, ou melhor dizendo: um Bruxo.

Uma tempestade de ideias rodeava os pensamentos de Ibby, e assim continuariam por quase um bom tempo...

As Chamas Imparáveis (Um Conto de Zirtae)Onde histórias criam vida. Descubra agora