Capitulo 9 - A Luz e a morte (Revisado)

121 28 214
                                    

      Saímos do escritório naquele Lamborguine Urus que me fazia delirar, o ronco do motor e a suavidade dele me encantavam. Jared dirigiu por mais alguns minutos até pararmos em frente sua mansão e era além do que eu imaginava.

      Um enorme muro a envolvia e à nossa frente um portão preto automático enorme junto a alguns seguranças. O portão se abre e nós entramos passando por aquela imensidão de árvores. Jared para o carro e nós descemos, sem precisar caminhar muito chegamos a frente da casa e logo de cara já é possível ver um enorme jardim com uma fonte em seu centro. Olhando para cima e vejo uma enorme sacada, embaixo, muitas janelas de vidro.

       –  Uau! Que coisa mais cafona. – Ironizei, levantando uma sobrancelha para ele vendo-o me olhar perplexo.

     – Engraçadinha. Vem, quero te mostrar uma coisa, mas é surpresa. – Ele começa a tirar uma faixa de seda preta de seu bolso me fazendo revirar os olhos.

   – Eu odeio surpresas, Jared. Surpresas geralmente não me agradam, ainda mais vindo de você. – Havia passado à odiar esse tipo de coisa já que todas as surpresas em minha vida sempre eram ruins.

    – Confia em mim, querida, você vai gostar. – Dito isso ele se posiciona atrás de mim colocando a venda em meus olhos depositando um beijo em minha nuca. Ele me pega pela mão e pela cintura e começa a me guiar lentamente. Apesar de não gostar de surpresas, por algum motivo, vindo de Jared aquilo estava me causando borboletas no estômago porém eu jamais iria demonstrar isso à ele. Percebo que subimos um pequeno degrau e deduzo que entramos na mansão. A caminhada não é tão curta já que o lugar era realmente enorme.

    – Pronto, chegamos. – Ele nos para, indo atrás de mim para retirar a venda. – E então?

     – Jared... – Sinto um choque percorrer todo o meu corpo e minhas bochechas corarem ao ver aquilo. À minha frente havia uma mesa com algumas velas e pratos variados entre frutos do mar e comida oriental. Ele realmente havia me surpreendido com aquilo. No fim, foi realmente uma boa surpresa. – Eu adorei.

     – Eu espero que você ainda goste deste tipo de culinária. – Ele pega em minha mão me levando até a mesa, puxando uma cadeira para que eu pudesse me sentar.

     – Claro, eu amo. – Falei com uma voz tímido. Ele não devia imaginar o quanto aquilo representava para mim, nem mesmo eu entendia o porquê havia ficado tão sentida com aquele ato tão simples.

     Ele me serve e se serve em seguida sentando-se em sua cadeira. Nós comemos enquanto ouvíamos um instrumental romântico clichê que me fazia querer rir.

     – Por que está rindo? – Vejo-o ficar sem jeito enquanto me encarava. – Não gostou da surpresa?

    – Não é isso Jared, eu adorei a surpresa. Mas essa música... – Não consigo conter a risada e o vejo rir também. – Se você está reclamando da música então eu vou fazer pior ainda.

    – Como assim? – Pergunto vendo ele se levantar e vir em minha direção.

    – A senhorita aceita dançar comigo? – Ele estende sua mão para mim.

   – Ah, não Jared. Não e não. – Continuo à rir e ele insiste pegando em minha mão e me puxando com delicadeza. – Jared para com isso, eu não sei dançar. – Bom, eu sabia dançar o que eu havia aprendido em casas de strip, mas isso aqui, eu nunca havia dançado com ninguém.

    – Eu te ensino. – Ele pega um pequeno controle e troca a música colocando agora uma valsa lenta e suave para tocar. Eu não resisto dessa vez e começo a me deixar guiar pelos movimentos dele. Ele põem uma mão na minha e a outra em minha cintura e eu por minha vez coloco minha mão em seu ombro. Nos ficamos ali dançando lentamente sentindo o momento, e o que a minutos atrás era motivo de risada agora havia virado um momento realmente romântico. Nós nos olhávamos sem dizer nada, era como se nossos olhares um para o outro já dissessem tudo. – Eu te amo, sabia.

Amor à Segunda VistaOnde histórias criam vida. Descubra agora