Capítulo 2.

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Letícia POV

Quando a almoço acabou e as pessoas foram embora , minha mãe me chamou. Fui até a sala e ela tava sentada no sofá com a penas cruzadas e um olhar de soberba, Carlos estava em pé escorado na poltrona e me olhava de um jeito que me dava ânsia. Olhei para Beatriz e falei.

Leticia: o quer?

Beatriz : parece que chegou a hora de você ser útil pra algo.

A olhei sem entender, mais logo percebi do que ela falava e fiquei com muito medo.

Letícia: você disse que esperaria até eu completar 19 anos faltam dois meses ainda.

Ela se levantou e veio até onde eu tava , eu não sinto medo dela , mesmo com tudo oque eu passei , eu não sinto nada por ela, o único motivo pelo qual vou fazer isso é por minha irmã e Rita.

Beatriz : eu sei oque eu disse , mais surgiu uma oportunidade agora, e você vai , e aí da sua irmãzinha se você falhar.

Olhei pra ela com ódio, se ela pensa que vai me manipular esta muito enganada, eu irei conseguir dinheiro e vou tirar Alana e Rita daqui.

Letíciacomo você pode ser tão cruel, eu sou sua filha e Alana também, meus avós teriam vergonha de ter uma filha como vo...

Não terminei de falar, pois senti o impacto da sua mão em meu rosto , coloquei a mão sobre o local e masageei  já estava acostumada a receber porradas , isso não era nada comparado as surras que já levei.

Beatriz : VOCÊ NÃO SABE DE NADA, DEVERIA ME AGRADECER DE JOELHOS , POR EU TER TE AGUENTADO E NÃO TER DEIXADO VOCÊ EM UM BECO QUALQUER , POIS ERA ISSO QUE EU IRIA FAZER.

Ela grita tudo jogando na minha cara, eu sempre soube disso , mais sempre que ela fala dói muito. Ela saiu para a escada mais antes disse.

Beatriz : daqui 2 semanas você vai pra Belo Horizonte.

Depois disso ela saiu e me virei pra ir pro meu quarto que fica na ala dos empregados, mais foi aí que eu percebi que Carlos ainda estava lá me olhando. Tentei desvia mais ele segurou meu praço e disse.

Carlos : que pena, que você vai embora , nós poderíamos brincar um pouco não achar?

Aquilo me deixou em pânico,  puxei meu praço com toda força tinha e corria para a cozinha , sai pelos fundos , me escorei em uma árvore e chorei tudo oque segurei esses anos .

Sou forte com minhas emoções, muitas vezes eu só precisa de um abraço ou desabafar com alguém,  mais não tem ninguém pra isso, não demostrarei minha triste na frente de minha irmã e não vou deixar Rita preocupada.

Passou eu acho que uma meia hora,  e eu já não tinha mais lágrimas , deixei sair todo aquele peso que eu carregava , mais tem algumas coisas que não são tão fáces de superar. Senti uma mão em meu ombro, meu corpo ficou alerta , mais uma voz me acalmou.

Rita : não precisa se preocupar minha menina, você passou a vida enfrentando um dragão , você vai conseguir, e não se preocupe irei proteger a pequena Alana.

Olhei para Rita e me perguntei , como pode uma pessoa ter esse carinho pela gente,  se a própria pessoa que nos colocou no mundo , parece nos odiar?.

Sem conseguir me segurar abracei Rita e chorei mais ainda.

Rita : pode chorar Lelê,  não podemos ser sempre  duronas .

Deitei a cabeça no seu colo ,e ela fez um cafuné em mim, fiquei um tempo refletindo sobre tudo na minha vida. Até que Rita falou.

Rita : vai ficar tudo bem te garanto querida, você ainda vai ser muito feliz.

Olhei e ela parecia ter certeza do que falava. Dei um sorriso fraco.

Rita : agora levanta que sua irmã já deve ter acordado, e melhora essa carinha , não gosto de te ver triste.

Letícia : você é maravilhosa Rita.

Dei um beijo na sua buchecha e levantei ajudando ela a fazer o mesmo. Entramos em casa e eu fui até o quarto, já que tenho só 2 semanas vou aproveita pra ficar com minha irmã.

(Em Revisão) A Obsessão Do Fazendeiro - Família Cruz | Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora