* Capítulo 7 - Jungkook

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Agarrei o braço de Namjoon e tentei trazê-lo para mim, mas alguém agarrou minha cintura e me puxou na direção contrária. A porta se fechou e ouvi os barulhos de que estava sendo trancado ali, longe de Namjoon. Gritei de frustração. E um som de limpar de garganta me fez perceber que eu não me encontrava sozinho naqueles aposentos imponentes.

- Sou uma grande fã do seu trabalho...

- Então não deveria ter me sequestrado - bufei - e, muito menos, deveria ter mandado meu amigo para longe de mim.

Fui até a porta com mais raiva ainda e forcei a fechadura.

- Não adianta fazer isso. A porta está bem guardada.

Chutei com força várias vezes. Até que fiquei ofegante.

- A porta tem aparência de ser antiga, mas é reforçada com aço. Não adianta forçar.

Dei uns passos aleatórios, querendo encontrar uma saída, mas nada vinha a minha mente. Nenhuma ideia brilhante o suficiente para ser colocada em prática.

- Seus joelhos não parecem muito bons...

- Cortesia de seus funcionários. - respondi e andei, meio capenga, até uma das janelas nas laterais. É claro que a janela tinha o reforço de grades.

A mulher pegou o telefone e pude ouvir uma série de resmungos sem compreender o conteúdo da conversa.

- Daqui a pouco meu médico virá examinar essa lesão em seus joelhos. - ela respirou fundo - eu sinto muito, - ela curvou a cabeça - não era para ser assim.

- Assim como? Um sequestro? Cárcere privado? Estar preso contra minha vontade?

- Eu admiro muito seu trabalho...

- E quem lhe deu o direito de me manter aqui? E, além de tudo, me separou do meu amigo! Eu vou ficar aqui sem saber o que está acontecendo com ele...

Pela primeira vez, ela riu. Tão assustadora como se estivesse sob o controle de algum demônio.

- A melhor coisa para você agora é permanecer longe daquele - ela fez gestos de aspas no ar - amigo.

- Não concordo. Me deixa sair daqui.

- Nem pense nisso, rapaz!

Ela andou pela sala e puxou o véu do rosto e pude ver como ela era de verdade.

- Você agora é meu. De mais ninguém.

Ela passou as pontas dos dedos por meu rosto, e isso me deu um arrepio subindo pelas costas, conforme suas unhas tocavam minha pele.

- O que você quer dizer com isso?

- Só tem duas maneiras de você sair daqui: morto ou casado comigo.

Acho que fiquei em estado de choque por alguns minutos. Não quis compreender o que ela disse. Casar? Casamento? Eu não me casaria com uma total estranha, muito menos aos dezoito anos de idade!

Depois que consegui abrir a boca para dizer algo coerente, notei que ela se sentara mais uma vez em frente a sua mesinha.

- Eu não tenho idade para me casar. - comecei a dizer.

- Toda a papelada já está por aqui, meu amor, basta assinar e meu advogado irá registrar nossa união.

Passei a mão direita pelos cabelos e apertei a nuca com força.

- E o Namjoon?

- Já disse para esquecê-lo.

- O que vai acontecer com ele?

Estrela CadenteOnde histórias criam vida. Descubra agora