* Capítulo 12 - Namjoon

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Que sensação deliciosa. Acordei e não estava só na minha cama. Jungkook dormia como um anjo agarrado no meu braço. Ele vestia apenas a calça do pijama e sua pele clara, sem pelos, era a visão mais bela que eu poderia ter. A sua franja roçava minha pele e me fazia cócegas. Sorri sozinho admirando aquela cena. Olhei o relógio digital na cabeceira da cama e já passava do meio-dia. Não tive coragem de acordá-lo e fiquei ali apenas observando o leve movimento de sua respiração que fazia seu corpo subir e descer de forma tranquila.

Bati a mão, que não estava presa embaixo dele, no aparelho celular e tirei uma self de nós dois. Se fosse qualquer membro do grupo, eu teria feito um twit e deixado as fãs enlouquecidas, mas aquele momento era apenas meu, de mais ninguém.

Fucei um pouco nas redes sociais e um link para uma notícia sobre o nosso sequestro me deixou intrigado:

“Na última quarta-feira, dois membros da banda de kpop mais badalada do momento foram sequestrados e tudo acabou bem graças ao bom trabalho da equipe de policiais que trabalhou sem descanso para que tudo se resolvesse.

“Minha filha adolescente não me perdoaria se algo acontecesse com RM”, declarou o chefe da polícia Park Min Ho.

Mas todos especularam os reais motivos para o suposto sequestro. Uma testemunha, que não quis se identificar, informou a nossa equipe de jornalismo que tudo fora combinado entre os dois membros para que Jungkook pudesse encontrar sua namorada que vive em Busan.

Não se sabe ao certo se tudo que foi dito aos repórteres seja verdade, mas alguns policiais que participaram do resgate acharam estranho o fato dos rapazes estarem tão bem de saúde. “Como se voltassem de um retiro espiritual”, um deles comentou.
Por tudo isso, há fortes indícios de que tudo tenha sido armado, ou para que o grupo tivesse mais notoriedade ou apenas para uma simples fuga das responsabilidades do grupo...”

As bobagens da notícia me fizeram querer jogar longe o aparelho. A única coisa que me impediu de fazer isso foi ver a tranquilidade de Jungkook nos meus braços.  Só não queria naquele momento ser responsável por ele despertar e não conseguir relaxar depois de tudo que estávamos vivendo.

Precisava me manter positivo e continuar vivendo. Ouvi um leve toque na porta e o Tampinha se mexeu, liberando meu braço. Ele se virou para o outro lado. Cobri-o com o edredom e me levantei devagar, sem fazer barulho algum. Abri uma fresta da porta. Tae estava parado ali e olhou por cima do meu ombro e disse, sussurrando:

— Eu fiquei preocupado, não sabia onde ele estava — ele apontou em direção ao nosso amigo na minha cama.

Fiz sinal para ele me seguir para fora do quarto e fomos para a cozinha. Jin estava servindo uma xícara de café para ele mesmo e me estendeu a dele, buscando outra para se servir:

— Você está bem? — Perguntou entre goles de café quente.

— Dormi muito bem.

— E o Kookie? — Tae quis saber.

— Parece um bebê.

— Que bom. — ele soltou um suspiro — Há semanas ele não dorme direito. Estava preocupado. Quando não o vi na cama, achei que tivesse passado outra noite zumbizando.

— Não, ele dormiu comigo.

— Vocês precisam se cuidar — Jin bateu no meu ombro, indo para a sala de estar.

— O que você quer dizer com isso? — perguntei às suas costas.

Ele apoiou a xícara no piano, enquanto arrumava o instrumento para ser tocado. Olhou para Tae antes de continuar:

Estrela CadenteOnde histórias criam vida. Descubra agora