Capítulo 11: Localizado

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— Por que eu deveria confiar em você? — sem tirar os olhos de Lauren Orris, Angelline D'Laguri segue com as perguntas, mas com seu nível de preocupação e alerta aumentados.

— Porque eu não estaria aqui sem Edward Cooper — Lauren observa a expressão de Angelline diante do nome, mas também nota sua forma diferente de segurar a besta. Como se estivesse prestes a dispará-la. — Este nome é familiar a você?

— Como você o conhece? Por que está aqui? — sua respiração começa a ficar ofegante e irritada, preocupando a Lauren. — Vá embora!

— Escute, eu ainda tenho muito que dizer — diz, rapidamente, ainda com as mãos para cima como de início, tentando se explicar antes que alguma flecha a atinja "acidentalmente". — Eu...

— VÁ!

Assim que sua voz saiu pela garganta, combinou com o som de uma das quatro flechas prontas sendo disparada, junto com o grito agonizante de Lauren, caindo ao chão, segurando a perna atingida. Ao olhar para a varanda onde Angelline estava com a besta apontada para sua cabeça o tempo todo, nota que a mesma desapareceu, e não deixou

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nenhum vestígio para trás.

— Pode, por favor, parar de andar pela sala feito louco? — diz Ivan, indeciso sobre se presta sua rigorosa atenção nas peças de seu projeto ou se decide chamar a atenção de Edward para que o mesmo faça silêncio. — Está se comportando como eu, quando estou ansioso ou assustado! Ou os dois ao mesmo tempo! — ele dá as costas para a própria bancada. — Olhe, onde quer que Lauren esteja, ela chegará em breve. Ela está bem! Mas eu não, porque preciso de concentração enquanto a senhorita permanece dando voltas pela sala a todo vapor! — Ivan vai até o alcance de Edward, e o segura pelos ombros. — Ela está bem. Não precisa se preocupar tanto assim. Sente-se, tome um vinho ou qualquer outra coisa. Não fique tão alvoroçado, sim?

— Eu só me sento quando puder sentir que Lauren está bem — diz, distanciando-se do amigo.

— Do que está falando? Maus pressentimentos outra vez?

— Eu não sei. Talvez sejam. Eu... estou muito confuso. Não consigo organizar as ideias e muito menos desvendar o que estou sentindo.

— Então o que acha que deve fazer? Procurar por Lauren pela cidade?

— Sim. Eu acho — Edward verifica se suas armas

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brancas estão afiadas, e se suas armas de fogo estão recarregadas. — Preciso sair agora mesmo antes que algo de ruim aconteça. Vou levar Benjamin comigo — ele olha para as escadas. — Afinal, onde Benjamin está mesmo?

— Estou aqui! — sua voz sai em direção ao arsenal, no porão. Benjamin sobe as escadas até a sala de estar rapidamente, com um pano em suas mãos cheias de graxa, limpando-as. — Precisam de mim? Meus serviços no arsenal estão completos.

— Sim, preciso de você — diz Edward. — Vamos procurar por Lauren.

— Ela não chegou ainda? — pergunta, deixando o pano de lado.

— Não, e já faz muito tempo que ela saiu. Prepare-se.

Benjamin assente, e desce as escadas, mas mais rápido do que quando subiu.

— Colocando todo mundo para trabalhar, Ivan? — pergunta, cruzando os braços diante do amigo, se esforçando para manter o rosto sério.

— O que? — vira-se, largando as peças. — Eu? Absurdo! — e dá as costas para Edward, abaixando a cabeça e rindo consigo mesmo.

— Estou pronto! — diz Benjamin, subindo as escadas novamente, desta vez, equipado. — Lembra-se de para onde Lauren foi?

História Pirata: O Caminho para BostonOnde histórias criam vida. Descubra agora