Capítulo 04

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Izacael parou o seu Ford Sedan preto em frente ao endereço indicado. O local, um abrigo para moradores de rua, que não só disponibilizava camas e quartos limpos como também refeições diárias. Já na entrada, o refeitório estava lotado de mendigos, homens e mulheres com roupas surradas e cabelos embaraçados comiam ou esperavam o prato do dia. Izacael percorreu o ambiente com os olhos em busca do seu amigo, depois de alguns segundos ele o encontrou servindo um grupo de cinco pessoas que agradeciam o que talvez seria sua única refeição do dia.

- Quando fizeres isso a um desses pequeninos é a mim mesmo que o fazes. - disse Izacael citando uma passagem bíblica.

Miguel sorriu ao ver o amigo, pediu licença para os homens aos quais servia. Caminharam até a área livre do abrigo onde lençóis e roupas rasgadas secavam ao sol. Crianças brincavam correndo umas atras das outras enquanto três mulheres se revezavam estendendo as roupas que acabavam de lavar. Eles sentaram em um banco próximo à uma frondosa mangueira.

- Bom ter você ao meu lado. - disse Miguel.

- Você tem algum plano? Sabe como podemos acha Sanzael?

- Estava pensando em irmos ao laboratório Sporus para saber que tipo de vírus ele roubou.

- Então vamos lá. Estou de carro e podemos chegar em uns quarenta minutos.

O laboratório Sporus era um conjunto de três prédios cada um com cinco andares, em seus interiores pesquisas no campo da genética envolvia a criação de novos tratamentos para diversas patologias causadas por bactérias, vírus e hereditárias. Ao entrar na recepção, uma réplica da molécula de DNA com quatro metros de altura chama a atenção de Miguel.

- Em pensar que a pouco tempo, eles mal sabiam cozinhar os alimentos e agora já manipulam os blocos de construção da vida. Eles evoluíram tanto.

- É verdade, mas ainda são os mesmo macacos selvagens de eras passadas. - respondeu Izacael.

- Boa tarde senhorita. - falou Izacael para a recepcionista que o olhou e sorriu gentilmente. - Somos repórteres e estamos trabalhando em uma matéria sobre a morte do doutor Steve. Poderíamos falar com algum responsável do setor onde o doutor trabalhava?

- Boa tarde. Bom tem a doutora Ester; verei se ela pode adende - los.

A recepcionista discou para o ramal; do outro lado da linha, uma voz feminina atende.

- Alô. Doutora Ester falando.

- Doutora aqui é da recepção. Há dois repórteres que desejam falar com alguém da virologia sobre o falecido doutor Steve.

- Mandi os subi por favor.

- Ela ira atende - los. Peguem o elevador para o terceiro andar sala 303. - disse a moça entregando dois crachás aos anjos.

Chengando ao terceiro andar, Miguel e Izacael atravessaram um corredor bem iluminado de um lado uma sequência de janelas envidraçadas davam vistas a um jardim interno onde funcionários em seus jalecos e ternos iam e vinham. Pararam diante da porta com o número 303.

- Doutora Ester. - disse Izacael batendo na porta. Uma voz suave pode ser ouvida dando ordem para que entrassem.

Ester era uma mulher no auge de seus 30 anos, cabelos e olhos castanhos, corpo curvilíneo, com um metro e setenta vestia uma saia preta que ficava pouco acima dos joelhos, uma blusa branca com temas florais estampadas era difícil não notar seus encanto.

- Boa tarde senhores, senten - se por favor. - falou Ester apontando para duas cadeiras em frente a sua mesa de trabalho.

- Boa tarde doutora; meu nome é Izacael e este é meu amigo Miguel, estamos fazendo uma matéria sobre o incidente ocorrido na Sporus.

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