Arfei assustado e me tornei em direção à voz imediatamente, embora cada terminação nervosa implorasse para que eu fugisse dali sem olhar para trás. E, ao procurar o dono do sussurro assustador, encontrei nada além de um completo vazio no cômodo. Estava desacompanhado, desiludido, perdido naquela confusão sem fim.
Naquele momento, eu estava apavorado por dois fatores: Uma buzina e uma voz do além, e, no entanto, não possuía explicação para nenhuma das duas coisas. Apesar disso, eu sacudi a cabeça tentando colocá-la no lugar e, ainda que com medo, avancei novamente até a porta e saí de casa o mais rápido possível antes que algo mais pudesse me ocorrer.
Quando entrei no carro e bati a porta, Junghyun suspirou um pouco impaciente, embora esboçasse um pequeno sorriso gentil no rosto.
— Por que demorou tanto, maninho? — indagou num tom sutil, já girando as chaves para ligar o motor.
— Eu... — Desviei o olhar, tentando pensar em qualquer desculpa que o convencesse. — estava com muita sede e fui tomar um copo d'água — lancei as primeiras palavras que me vieram à mente.
— Acho que tomou um galão, isso sim. — Riu baixo, e eu apenas assenti sem o ar de muitas graças.
Ansioso pela companhia de Jimin, eu permaneci no banco do passageiro um pouco inquieto, mesmo tentando não transparecer minha ansiedade por conhecer – novamente – a sua família e rever o meu amigo.
Assim, quando chegamos, avistei de longe os cabelos rosados do meu melhor amigo sendo cutucados pelo vento, enquanto seu pequeno corpo esperava sentado no degrau das escadas. Logo que percebeu nosso carro, este se levantou com um sorriso acolhedor e se apressou até o portão de cerca baixa, abrindo-o de prontidão.
— Jimin-ssi — cumprimentei-o com um abraço, e em seguida ouvi Junghyun saudá-lo educadamente, junto ao seu corpo curvado de um jeito informal.
— Oi, Kook! Oi, Junghyun. — Jimin repetiu o processo e nos conduziu até o interior de sua casa, onde tinha uma quantidade considerável de pessoas da sua família.
— Ah, olha quem chegou! — Uma voz que eu não me recordava, mas que me trazia uma sensação de paz soou pela sala.
Quando busquei com os olhos o dono da voz, me deparei com um sorriso em lábios cheinhos e avermelhados, cabelos pretos e uma estatura alta. Apesar de não me recordar de seu nome, eu abri igualmente minha boca num sorriso e o cumprimentei calorosamente. Em troca, recebi um abraço surpresa e bem, bem apertado.
— Jin, ele é meu melhor amigo, não seu... — Jimin resmungou baixinho, e olhei-o por sobre o ombro do tal de Jin. Ele estava adorável com ciúmes, como sempre.
— Aigoo, Ji, faz tempo que não vejo o Kookie — rebateu o maior em tom manhoso, bagunçando meus cabelos depois. — Como você está? Isso é um fio de barba?
— Hã? Onde? — Me desesperei inutilmente, visto que era só uma graça do moreno. — Ah, sério... — agi como se tivéssemos intimidade.
— Esse garoto! — Jin exclamou, todo risonho. — Parabéns pelo resultado...!
Subitamente, Jin ficou sem voz, assim como todo o restante do ambiente, enquanto sibilava alguma coisa. Já parcialmente acostumado com a surdez repentina, eu apenas agi com naturalidade, de acordo com o plano, como é a letra da música de A Noiva Cadáver. Sempre foi o meu favorito, recordei-me, do nada.
— Obrigado, Jin... hyung?
Sim, eu estava sendo ousado ao usar cem por cento da minha capacidade de improvisação. Afinal, o que Jin era de Jimin, e o que eu fiz para ele gostar tanto assim de mim? Quem era ele, meu Deus?
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missing busan ◎ jikook
FanfictionNa dia 1° de Junho, Jeon Jungkook acordara de seu pesadelo angustiante. Seu singular e mais perturbador sonho, que era a única coisa da qual tinha a capacidade de se recordar. Embora sofresse com o transtorno de ter perdido a memória e despertar num...