Emma deu luz a uma linda menina chamada Antonella, ela era a coisa mais preciosa que eu já segurei em minhas mãos.
Minha mãe estava saudável.
E após o divórcio, ela decidiu começar uma nova vida em uma nova cidade, nos mudamos para Praia Grande, litoral de São Paulo.
Eu tinha acabado e completar 17 anos e Bella estava prestes a completar 22.
Bella continuava Rebelde, minha mãe já não tinha mais autoridade sobre ela,nós até que construímos um bom relacionamento, ela era divertida,popular e sempre me incluía em alguns passeios que ela fazia.
Porém, ela jamais ocupou o lugar de Emma em minha vida.
Bella rejeitou a ideia de se mudar, então fomos para Praia Grande apenas eu e minha mãe.
Minha vó Vilma foi morar com minha Tia.
Bella ficou em Ourinhos morando em uma república com alguns amigos. Ela bebia,fumava e passava noites na rua.
Nessa época ela se descobriu lésbica.Nos mudamos para o Litoral e eu não tive a oportunidade de me despedir da minha amiga Bianca.
Quando chegamos em Praia Grande,com muito esforço e com a minha ajuda, minha mãe abriu seu próprio escritório de contabilidade.Ela me matriculou na escola para terminar o ensino médio e eu também trabalhava no escritório para ajuda lá.No terceiro ano do ensino médio, em minha escola nova,conheci Amanda, ela era linda e me recebeu muito bem.
Em pouco tempo nos tornamos amiga, eu Bianca e Emma agora nos comunicávamos apenas via internet.
Amanda era descolada, tinha vários amigos e não se importava muito em estudar, foi através dela que tive meu primeiro contato com a maconha.Cerca de duas ou três vezes na semana, cabulávamos aula para ir para praia fumar. Os amigos dela sempre estavam presentes. Aquele negócio me fazia ver gnomos e rir do meu próprio pé.
Isso não durou muito tempo, aquilo não era para mim.
Me afastei de Amanda e na mesma escola conheci meu primeiro namorado Victor, ele era lindo, carinhoso e atencioso .Ele me proporcionava tudo que eu nunca tive: amor, carinho e atenção.
Minha virgindade foi perdida com ele.
Minha mãe nunca se posicionou contra nosso relacionamento ,mas também não o permitia dentro de casa.
Passávamos a maior parte do tempo na casa dele, ou nos encontrávamos em uma pracinha perto de onde eu morava.
O começo foi perfeito, mas após o terceiro mês ele começou a apresentar ciúmes doentio.
Dei a ele 3 chances, na última ele tentou me matar.
No primeiro episódio, ele voltou para trás e empurrou um cara da bicicleta por ter "olhado pra mim"; o cara se esborrachou no chão.
Eu perdoei.
No segundo, fomos a uma festa juntos e eu precisei ir ao banheiro, quando sai o segurança havia o retirado da festa. Ele espancou um garoto pelo mesmo motivo, o menino estava ensanguentado e precisou levar 5 pontos no supercílio esquerdo.
Eu perdoei .
No terceiro e último, ele tentou me matar.
Terminei o relacionamento porque não aguentava mais ele controlar minhas amizades, roupas e me acusar de traição.
Ele me seguia pelas ruas, até que ele pulou o muro e invadiu a minha casa com uma faca na mão.
Eu estava sozinha .Quando vi a faca eu desmaiei.
Acordei algum tempo depois ele já tinha ido embora e eu ainda estava sozinha.
Nunca tive coragem de contar o ocorrido a minha mãe .
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Never be Alone
SaggisticaNever be Alone é uma história real da minha vida no qual eu descrevo os fatos ocorridos na minha vida e como é a criação de uma criança que tem mãe narcisista. A história relata todo embaraço e confusão de sentimento quando se tem uma mãe que ao inv...