5º Capítulo

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P.O.V Juliana


Acordei com os raios do sol embaterem nos meus olhos pois tinha-me esquecido de fechar a janela no dia anterior. Tinha as minhas mãos em volta de um corpo, o qual tinha o tronco despido, logo de seguida me apercebi que aquele corpo que se situava na minha cama era do Diogo, tinhamos adormecido agarrados um ao outro. Aproximei-me mais dele e 'abracei-o' fazendo com que ele se virasse para mim num pequeno despertar, mas acabou por voltar ao seu sono profundo.


Como não conseguia voltar adormecer fiquei a admirar cada traço do seu rosto, era como se o tempo parasse enquanto o observava, ele era tão lindo, ainda nem acreditava que isto me estava acontecer, conhecer os meus ídolos e ter uma ligação bastante boa com o que tenho um carinho especial, ele pode não achar isso, mas é o que eu penso, por vezes acho até que estou a sonhar.


Acabei por fechar os meus olhos. De um momento para o outro tinha na minha cabeça aquele beijo que tinha acontecido na noite anterior, foi um beijo inesperado para mim, mas ao mesmo tempo foi um beijo sentido, doce, foi um beijo diferente, mas bom. Será que deveria de falar com ele sobre o que aconteceu na noite anterior?! Era melhor não, podia até nem ter significado nada para ele, podia ter sido apenas uma 'curte' ou então um erro, sentiria-se ele arrependido do que aconteceu? Arrependido ou não, aconteceu, e eu não vou negar que não gostei, muito pelo contrario, adorei, com o simples toque entre os nossos lábios fez-me sentir uma imensidão de sentimentos bons, como se o meu coração ganhasse vida novamente.


Senti os meus cabelos serem acariciados por umas mãos quentes e suaves. Tinha acabado por adormecer novamente depois de tantos pensamentos e perguntas que surgiam na minha cabeça. Abri os olhos lentamente e vi um rosto, aquele rosto que me punha com um sorriso estampado na cara.


- Bom dia dorminhoca! – disse ele dando-me um pequeno beijo na testa.


- Bom dia – disse lhe depois de um pequeno sorriso.


- Então, dormistes bem?

        
- Melhor era impossível – pensei – Não, claro que não, tu ressonas muito Diogo, nem imaginas o quanto! – respondi-lhe entre gargalhadas.


- Oh não mintas, eu não ressono. – disse o Diogo sério, mas não se conteu e acabou por se rir.


- Pronto, até dormi muito bem. – disse lhe em forma de rendição. - Ah e tu não ressonas, pelo contrário, dormes como um anjinho, e tu dormistes bem? – ri


- Eu sabia que não ressonava! Sim, sempre foi muito melhor que dormir no sofá.


Rimos com as nossas parvoisses e ele nem sequer tocou no assunto do beijo, talvez tivesse sido mesmo um erro. Fomos interrompidos por alguém a bater à porta.


- Posso? – disse a voz do lado de lá da porta, era a Inês.


- Sim. – respondi.


- Com que então ainda na cama? – começou – Vinha so avisar que o almoço é servido daqui a meia hora.


- Almoço?! – disse eu e o Diogo em conjunto.


- Sim, caso não saibam já passa da uma da tarde.


- Como é que dormi assim tanto? – disse pensativa.


- Isso agora não sei, mas vá despachem-se antes que venha a Báh aqui chamar-vos. – disse a Inês entre risadas curtas.


- Okay, obrigada por nos avisares, nós vamos ser o mais rápido possível, ou pelo menos tentar. – disse o Diogo.


- Vá, até já. – disse a Inês por último, saindo do quarto.

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