P.O.V Juliana
Acordo e vejo que me encontro no meu quarto, devo ter adormecido e alguém trouxe-me para o quarto, talvez tivesse sido Diogo.
Viro me e vejo-o ainda a dormir, parece um anjinho, meu deus. Volto a virar e pego no meu telemóvel para ver que horas eram. Segunda-Feira 09:00 da manhã. Ainda é cedo e de certeza que não vou voltar adormecer por isso acho que vou correr pela praia, o que já é habitual quando acordo cedo ou quando me apetece mesmo.
Levantei-me com cuidado para não acordar o Diogo e dirigi-me até à casa de banho.
Fiz a minha higiene pessoal, penteei os meus longos cabelos e amarrei-os, de seguida lavei a minha cara e voltei ao quarto. Pequei nuns calções curtos de desporto e num top, roupa prática para correr, vesti-me. Já pronta peguei no meu telemóvel e nos fones e saí do quarto.Desci as escadas, calcei-me e fui à cozinha, peguei numa maçã e saí de casa sem fazer barulho.
Reparei que já existia movimento no condomínio, mais à frente de minha casa a minha vizinha estendia alguma coisa na varanda, enquanto outros se dirigiam à pequena praça que existia, tinha padarias, frutarias, peixarias, e todos os estabelecimentos começavam por ganhar movimento, sorri para o senhor António que era um senhor muito simpático e que eu encontrava todas as manhãs quando ia correr.
- Bom dia menina! – sorriu, como sempre.
- Bom dia. – sorri também.
Passei pelos portões e cumprimentei os guardas apenas com um aceno, logo de seguida comecei a correr em direção à praia,
As pessoas andavam sempre muito atarefadas, conseguia notar uma senhora do outro lado da rua com vários papéis na mão, com o telefone no ouvido e parecia bem irritada quando o vento decidiu espalhar os seus papeis, dei uma pequena gargalhada quando vi a mulher bufar e correr atrás, mas fiquei descansada por não viver nesse stress, quer dizer eu acabei a escola este ano, mesmo enviando uns papéis para uma universidade, mas é de artes por isso não devo ter este stress, do outro lado um homem que aparentava ser bem sucedido pelo elegante fato. Despertei quando senti os meus pés enterrarem-se, parei um pouco para sentir o ar, a praia já tinha algumas pessoas, provavelmente turistas ou pessoas de longe.
Tirei as minhas sapatilhas e fui para beira mar, andei enquanto fechava os olhos, coloquei as assim que os pés se encontravam secos e voltei a correr, olhei para trás e quando olhei novamente para a frente o meu corpo foi ao chão, olhei para cima e era o Miguel, começamos a rir, ele ofereceu-me a sua mão e eu agarrei.
- Desculpa – sorriu – Tudo bem? – perguntou ele depois de rirmos.
- Sim e contigo? – perguntei a sorrir.
- Sim – riu – O que andas a fazer por aqui tão cedo?
- Costumo vir correr todas as manhãs e pelas tuas roupas tu também, certo? – sorri.
- Sim, isto faz bem, a prova é isto – passou a mão pelo seu corpo e eu ri.
- Convencido – gargalhámos.
- Então... – ele fez um sorriso traiçoeiro – como estão as coisas com o Diogo? – eu ri envergonhada.
- Normais – dei de ombros. – Somos amigos.
- Sei... – sorriu maroto.
- E que tal um mergulho? – perguntei para mudar de assunto.
-Boa ideia – sorriu.
(...)
Chegamos em casa eram 11h30 min, estava a rir imenso por causa das piadas estúpidas que o Miguel contava apesar de não fazerem sentido, mas a cara dele era realmente a graça. Entramos e deparamo-nos com o Diogo a descer as escadas mas parou quando nos viu, por assim dizer, tão 'alegres', ele foi rapidamente para a cozinha.