3º Capítulo

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  P.O.V Joca

  Depois daquele demorado abraço entre o Diogo e a Ju, a Bárbara achou que devíamos ir dar um mergulho, então teve de interromper o momento.

  - Cucu... - disse ela com uma cara extremamente engraçada o que nos fez rir a todos - Não quero atrapalhar nada mas estámos a chamar-vos à horas - revirou os olhos - Esperamos por vocês no mar, até já. - disse por fim, retirando-se e caminhando novamente na nossa direção.

  - A sério Báh? Só mesmo tu para fazeres isto - disse a Inês no meio das gargalhadas de todos.

  - Teve de ser se não ficávamos aqui o dia todo, e bem... Temos uma festa amiga - Disse a Bárbara numa voz mais fina do que o habitual, aquela rapariga é uma anedota.

  - Que festa? - perguntou o Miguel.

  - É uma festa que o pretendente da Báh nos convidou, não é? - perguntou a Inês antes de dar uma palmada no braço da Bárbara e a sorrir maliciosa.

  - Um pretendente? - perguntei um pouco admirado.

  - Sim, um pretendente, porque ficaste tão admirado não sou assim tão feia. - a Bárbara revirou os olhos.

  - Não, não é isso - disse um pouco atrapalhado - Na verdade és muito bonita, mas sou o teu melhor amigo tenho de saber quem anda atrás de ti - tentei disfarçar.

  - Também não te preocupes Joca ele é fútil, não faz o meu estilo - a Bárbara sorriu.

  - Ainda bem não suportaria o facto de perder a minha melhor amiga - coloquei a mão no peito fingindo estar indignado com o assunto, o que na verdade não era tão mentira assim.

  - Nunca vais perder seu tonto. - ela deu-me um abraço, não diria que a Bárbara fosse daquelas raparigas lamechas que demonstram os seus sentimentos, na verdade ela é daquele tipo de pessoa mais reservada, não gosta muito de mostrar que gosta mesmo gostando ela diz que o facto de estar rodeada com determinadas pessoas é que define se gosta ou não, por isso odeia quando perguntámos se gosta de nós. Tem a sua lógica, diguemos que não é das personalidades mais fáceis, mas mesmo assim cativa uma pessoa.

  - Vocês podem ir à festa, se quiserem. – Disse a Inês.

  - Claro que podemos – enterviu o Miguel – Além disso seria bom para aqueles dois passarem um tempo juntos – aponto para a Ju e para o Diogo com um movimento feito pela cabeça.

  - Também acho aquilo ainda vai dar alguma coisa, ai vai... – disse o Nuno a sorrir.

  - Até que nem ficavam mal – fiz uma cara pensativa, ao mesmo tempo que colocava a mão direita sob o meu queixo.

  - Aiiii ficavam tão fofos... – a Inês disse histérica, o que fez com que a Bárbara revirasse os olhos... O que é? Eu não estava a mentir quando disse que ela é difícil.

  - Sim, ok tudo muito bonito mas eu quero dar um mergulho se quiserem podem vir, se não quiserem eu vou indo – mandou um beijo na nossa direção, e caminhou na direção do mar.

  - Eiii espera! – disse caminhando na sua direção, ela continuou andando e então eu corri na sua direção, ficamos os dois em silêncio, não era um silêncio constragedor, era bom, era calmo...

  Quando chegamos à beira mar pude sentir a água nos meus pés, arrepiei-me quando senti o impacto daquela água límpida que aclamava por qualquer um naquela praia, talvez o facto de não usufruirem esta natureza era porque a água estava bem fresca. Olhei em frente e pude ver o horizonte. Fechei os olhos para sentir a brisa fresca que vinha na minha direção, uma força tão poderosa da natureza.

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