"LISBOA, PORTO E FAMALICÃO" (12/08/05)

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Apesar de sentimentalmente nem tão importantes,
são das mais valiosas e ilustres, talvez as mais mais
(Coimbra aí inclusa) dentre as cidades lusitanas.
Cada qual com seu particular encanto,
fizeram-se a mim, vagabundo viajeiro
o Bem que talvez todas as outras juntas não proporcionaram.

Cidade-luz, Lisboa é a mais cosmopolita cidade portuguesa.
A Paris ou o Rio de Janeiro da pátria camoniana
é sem dúvida uma cidade linda e única,
sobretudo após a Expo’98 na metrópole alfacinha.
Ali arte, história, todas as ciências e talentos

fundem-se num espectáculo único, multicolorido, multirracial e multicultural...
Do Rio Tejo aos Castelos, fortes e azulejos milenários,
por atlantes, fenícios, gregos e romanos contornada,
já por brasileiros e europeus no séc. XXI conquistada,
Lisboa é das mais bonitas urbes pelos meus olhos testemunhada.

E que dizer do Porto?
A “verdadeira” capital lusitana para muitos,
pelo velho e bom vinho afamada,
é para mim, a São Paulo portuguesa.
Terra de gente trabalhadora, de poucos sorrisos
mas de muito encanto, charme e tesouros.

É notória a fama da malta portista como
“tripeira”, de palavras toscas e linguagem vulgar.
São tipos que eu classifico de “gaúchos portugueses”,
e por isso me solidarizo em suas rixas com Lisboa.
Consideráveis razões para o sucesso de Portugal na U.E
são devido ao labor obstinado da gente d’o Porto.

Ali sinto-me em casa a qualquer hora do dia ou da noite.
Muito além de seu saboroso vinho, recomendáveis são
seus típicos “pequeno-almoços” à hora do café da manhã,
seu feijão-tropeiro, suas exclusivas “francesinhas”
(o melhor sanduíche com molho e batata frita do mundo!)
e seus cafés com pastéis deliciosos.

Mas óbvio, a quem me conhece: o lugar ideal para se beber e consumir
a maior fartura de Vinho Verde com frango no churrasco
deste planeta: suculento manjar dos deuses!
O Porto é isso e muito mais: é o Rio Douro e suas pontes mil,
são seus arredores e vilarejos históricos por descobrir.

E do Porto via trens, metro ou auto-estradas chega-se a Famalicão.
Vila Nova de Famalicão é cidade oitocentista.
Nesses séculos todos foi crescendo e se expandindo.
Hoje é das portuguesas cidades uma das que mais freguesias tem.
E por mais de uma razão coloca-se entre as que mais de destacam.

Na cultura (com o belíssimo Paço de Artes e a Biblioteca)
ou no desporto (com o êxito de suas equipas de voleibol feminino),
na história (de D. Sancho I à Camilo Castelo Branco, o escritor)
e na geografia (os entornos do Rio Ave, entre Braga e Porto),
é V.N.Famalicão ponto nevrálgico no Estado Português.

Em uma vila sua (Riba de Ave) vive Maria João.
Na sua Sé vivem Martins, Célia, Arminda e amigos.
Nela montei meu QG e anos ali me quedaria,
não fossem os caprichos do Destino
ou minhas decisões precipitadas.

Aconselho-os: não deixem de visitá-la.
Famalicão, onde vivi bons e vis amores,
é um óptimo sitio para se passar anos a fio,
se não queres nas grandes Lisboa e Porto viveres.
Descubram-na!      

    

"11 Ais lusitanos" (2003/05)Onde histórias criam vida. Descubra agora