O tal Barcelos nunca vi,
mas com o Jorge Fonseca
inúmeras oportunidades tive de
encontrar-me. E de encantar-me.
Construíram uma empresa sólida
e que abriu-me as portas de Portugal.O núcleo de tudo girava ao redor de Guimarães
- a mais linda das belas cidades lusitanas.
Ali na vimaranense urbe está F. S. Santos,
ou seja, Francisco Sousa Santos, o “tio” Chico.
Homem de carisma e diálogo fácil,
meio mambembe, meio mexicanona forma histriônica como dirige a empresa,
“Seu” Francisco é homem sem meio-termos:
ou muito se ressentimos de suas francas, directas
e as vezes indigestas ou repugnantes opiniões e comentários,
ou muito nos deixamos seduzir-se pelo seu estilo.
Este último foi o meu caso,Ainda que por lealdade à minha líder,
tivesse eu que afastar-me de seu comando...
No grupo B & F aprendi a ser vendedor.
Ensinaram-me os melhores líderes e gerentes
que uma bem sucedida empresa possui.
A começar pelo ambiente familiar,com “Seu” Francisco, Dª. Olinda e a filha Antonia.
Na companhia de gênios como Genoveva Ribeiro,
Bruno Marques (os mais carismáticos e vitoriosos,
leais, amigos e bem sucedidos líderes) e de Liliana,
fui a integrar-me e quebrar tabus...
O principal: os “brazucas” vinham, viam e não venciam.Não posso dizer que fui um Og Mandino no escritório,
mas é reconhecido o meu esforço para estar no rol
dos melhores vendedores da empresa.
Mas assim como na vida, eu era cheio de altos e baixos.
E não compreendi que ao fim e ao cabo, eu não passava
de um medíocre aprendiz...Com seres raros e luminosos como Zara, Toni Cunha,
Paula – a Abreu -, Tiago Pinto, etc,
eu fui aprendendo o “ofício”, e entre “road trips”
(viagens interessantíssimas aos rincões escondidos de Portugal),
logo toda a gente, cultura e gastronomia lusa descobri.Nestas viagens, com metas e objectivos a serem alcançados,
eu me desdobrava e surpreendia meio mundo no trabalho
(inclusive eu), ganhando o suficiente para ir seguindo,
a tocar em frente a vida nas terras de Viriato – O Grande.
Mas foi com elas (as viagens) que naufragou meu incipiente romancecom a Maria que era João na Riba do rio Ave.
Mas não senti-me de todo só: nos braços de Arlete,
da Cristina da Póvoa (Lanhoso), na companhia da bela Aurora,
da doce como uva Cristina Gonçalves, de uma Excelsa,
da Maria José, da Rita-Gata e da estelar Lena (colegas e amigas na B & F),sem contar na formosura da quase troiana Helena (de Abelá),
encontrava eu o amparo que a filha de Seu Walter me negara.
Estar na B & F foi trabalhar duro de 2ª a 2ª,
foi aprender muito sobre telecomunicações, mas,
sobretudo foi viajar e bem viver por Portugal.Agradeço ao “Seu” Francisco e à Dª. Olinda
pela simpática acolhida e por aquilo que me ajudaram.
Com certeza, ao voltar a Portugal não deixarei
de vê-los e considerá-los, uma vez mais
como um dos grandes tesouros do continente lusitano.
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"11 Ais lusitanos" (2003/05)
PoesiaPoesia relatando as incertezas de um jovem trabalhador brasileiro em Portugal, seus romances, seus questionamentos, seus desafios, suas alegrias. Visualmente não sei se agradará a leitura, pois não estou conseguindo postar na maneira original, em Ô...