ARMINDA, CRISTINA E ARLETE" (04/08/05)

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A “Professora” de Vila Nova de Famalicão
foi um destes seres que de tempos em tempos
vêm tirar-me do sério e provocar-me o espírito.
Conheci-a na companhia da Ana Paula
- a mesma que apresentou-me M João – E igualmente na bem aventurada Palas de Rei.

Arminda Lima, ou Branco?
Não importa, mas a mãe de Anna Beatriz
e, acreditem!, Maria João, pasmem!
foi destes tesouros amigos e companheiros,
testemunhas e cúmplices de nossas alegrias e infortúnios na vida,
um deslumbrante ser humano.

Que, todavia, por minha culpa, desastre e má-sorte
afastou-se repentina e abruptamente.
De forma inexplicável se marchou.
Mas deixa impávida e grandiosa marca.
Se um dia leres esta ônzima, não duvides Arminda:
respeito e amo-te muito – como irmão que sou teu.

E quem é essa a seguir?
Cristina Pereira é a mais bela figura portuguesa
que meus olhos viram até os dias que se seguem.
Se por um instante, seus titubeios e indecisões,
suas incertezas, medos e reservas para comigo
- de bom juízo acertadas – nos afastaram,

Por outro, é inegável constatar a atração
que suas formas exerciam em mim.
Olhos, lábios, peitos, coxas, bumbum, nariz,
cabelos, braços, dedos, colo e coração,
a translúcida e alva cor da pele,
tudo me atraía em ti, garota da Povoa do Lanhoso!.

Como um devasso, ousei tocar-te
naquela manhã de fevereiro de 2004.
E, apesar da recíproca combustão de desejo,
tuas lágrimas ao cair a noite,
depois das besteiras que outro te disse,
anteciparam-me a verdade:

não ficaríamos juntos.
Multiplicaram-se meus convites para um café a dois
e apenas um, um único convite fora aceito!!!
Maio já findava quando nos vimos pela última vez.
Mas suas formas exuberantes estão vivas ainda hoje.

Com Arlete não foi muito diferente.
Conheci-a a exemplo de Cristina, na Barcelos & Fonseca,
num dia de trabalho igual a tantos outros.
Segurei-me dois dias para abordá-la.
E mais não pude. Meu gênio não me perdoaria.

Linda, rica, talentosa, jovem.
Arlete – da simpática Oliveira São Matheus, em Famalicão,
acompanhou-me dias e noites e meses, mesmo após
seu afastamento da empresa. Foi sim companheira.
Não faltou-me quando mais atenção e carinho precisei.

Sempre por telefone ou SMS, tinha uma mensagem,
um abraço, um gesto de ternura e apoio
- que vinha sempre quando, pressionado no trabalho,
o que eu mais pedia ao Mestre era, “não me deixe só!”
E sabia que Arlete estava sempre comigo.

Acabei por partir sem dela despedir-me.
Mas isso é um providencial recurso do Destino
para abraçá-la tão logo retorne à lusitana terra.
Que onde estiverem Arminda, Cristina e Arlete
recebam todos os tesouros a que fizerem jus...   

"11 Ais lusitanos" (2003/05)Onde histórias criam vida. Descubra agora