A “Professora” de Vila Nova de Famalicão
foi um destes seres que de tempos em tempos
vêm tirar-me do sério e provocar-me o espírito.
Conheci-a na companhia da Ana Paula
- a mesma que apresentou-me M João – E igualmente na bem aventurada Palas de Rei.Arminda Lima, ou Branco?
Não importa, mas a mãe de Anna Beatriz
e, acreditem!, Maria João, pasmem!
foi destes tesouros amigos e companheiros,
testemunhas e cúmplices de nossas alegrias e infortúnios na vida,
um deslumbrante ser humano.Que, todavia, por minha culpa, desastre e má-sorte
afastou-se repentina e abruptamente.
De forma inexplicável se marchou.
Mas deixa impávida e grandiosa marca.
Se um dia leres esta ônzima, não duvides Arminda:
respeito e amo-te muito – como irmão que sou teu.E quem é essa a seguir?
Cristina Pereira é a mais bela figura portuguesa
que meus olhos viram até os dias que se seguem.
Se por um instante, seus titubeios e indecisões,
suas incertezas, medos e reservas para comigo
- de bom juízo acertadas – nos afastaram,Por outro, é inegável constatar a atração
que suas formas exerciam em mim.
Olhos, lábios, peitos, coxas, bumbum, nariz,
cabelos, braços, dedos, colo e coração,
a translúcida e alva cor da pele,
tudo me atraía em ti, garota da Povoa do Lanhoso!.Como um devasso, ousei tocar-te
naquela manhã de fevereiro de 2004.
E, apesar da recíproca combustão de desejo,
tuas lágrimas ao cair a noite,
depois das besteiras que outro te disse,
anteciparam-me a verdade:não ficaríamos juntos.
Multiplicaram-se meus convites para um café a dois
e apenas um, um único convite fora aceito!!!
Maio já findava quando nos vimos pela última vez.
Mas suas formas exuberantes estão vivas ainda hoje.Com Arlete não foi muito diferente.
Conheci-a a exemplo de Cristina, na Barcelos & Fonseca,
num dia de trabalho igual a tantos outros.
Segurei-me dois dias para abordá-la.
E mais não pude. Meu gênio não me perdoaria.Linda, rica, talentosa, jovem.
Arlete – da simpática Oliveira São Matheus, em Famalicão,
acompanhou-me dias e noites e meses, mesmo após
seu afastamento da empresa. Foi sim companheira.
Não faltou-me quando mais atenção e carinho precisei.Sempre por telefone ou SMS, tinha uma mensagem,
um abraço, um gesto de ternura e apoio
- que vinha sempre quando, pressionado no trabalho,
o que eu mais pedia ao Mestre era, “não me deixe só!”
E sabia que Arlete estava sempre comigo.Acabei por partir sem dela despedir-me.
Mas isso é um providencial recurso do Destino
para abraçá-la tão logo retorne à lusitana terra.
Que onde estiverem Arminda, Cristina e Arlete
recebam todos os tesouros a que fizerem jus...
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"11 Ais lusitanos" (2003/05)
PoesíaPoesia relatando as incertezas de um jovem trabalhador brasileiro em Portugal, seus romances, seus questionamentos, seus desafios, suas alegrias. Visualmente não sei se agradará a leitura, pois não estou conseguindo postar na maneira original, em Ô...