Capítulo 8

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Já estou devidamente arrumada aguardando Onur passar para me buscar, há um misto de ansiedade, quero que a Leila esteja também no carro, para que eu não fique sozinha com ele, porque se tem uma coisa que não sei fazer é dar o fora em pessoas que eu curto a companhia, mas não desejo ter mais intimidades.

Percebi que as pessoas andam mais a vontade aqui, por isso hoje optei por colocar um macacão preto, um salto alto, um brinco e colar delicado, e dei um pouco mais de volume aos meus cabelos, passei meu perfume maravilhoso "The One", e uma maquiagem caprichada, não é porque não estou afim do cara que não irei me arrumar.

Percebi que as pessoas andam mais a vontade aqui, por isso hoje optei por colocar um macacão preto, um salto alto, um brinco e colar delicado, e dei um pouco mais de volume aos meus cabelos, passei meu perfume maravilhoso "The One", e uma maquiage...

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Chega uma mensagem em meu telefone informando que o Onur já chegou, então oro antes de sair, e seja o que Deus quiser.

Chego perto do Carro onde encontro Onur encostado me olhando com um sorriso de lado, vou até ele cumprimento e vejo que Leila está no carro com o namorado Ayslan, graças a Deus, mas desta vez tenho que ir na frente, fazer o que né! Entro no carro, cumprimento a todos e então vamos ao nosso destino.

- São uns 25 minutos até Yeniköy, logo estamos lá, quero que se sinta a vontade Lys, o pessoal é bem tranquilo.

- Ah sim, sem problemas, qualquer coisa grudo na Leila.

- Nada disso qualquer coisa grude em mim.

Engulo seco e forço um sorriso amarelo, e minha mente que estava quieta resolve dar o ar da graça. "onde você foi se enfiar doida?". E eu tenho que concordar, e calada.

Chegamos em frente a uma casa muito bonita, e já fomos entrando, não tinha ninguém recepcionando, o bairro fica localizado nas margens e do estreito de Bósforo, e a vista é muito linda, com certeza quem mora aqui é uma pessoa importe e de posse, a decoração é uma mistura de moderna com histórico, Onur foi adentrando a casa e me apresentado algumas pessoas.

- Cadê o Ali?

- Foi buscar o lanche da noite.

Todos começaram a rir, e eu se entender nada fiquei na minha, logo  continuamos a adentrar a casa, até saímos na parte que parecia ser uma grande área de churrasco, ou de festa talvez,  que  ficava exatamente na frente das águas.

- Vou te acomodar em uma mesa e ir atrás de algo para bebermos.

- Ah! Eu não irei ingerir álcool, para mim pode ser água.

- Como assim? Ontem você estava bebendo.

- Apenas um drink, e somente para experimentar a bebida típica de vocês, uma vez que vim para a Turquia disposta a conhecer tudo da cultura de vocês.

- Ah sim, pensei que estava com medo de beber comigo.

- Eu não bebo, e você não é a razão para isso. "meu Deus como é grossa, por isso está sozinha"

- Fica quieta!

- Oi? Não entendi, fale em inglês, fico confuso!

- Ah, desculpe, não é nada.

- Então vou lá, já volto.

- Ok.

Eu estava em uma mesa de frente para as águas, perdidas em pensamentos, senti vontade de ir ao banheiro, mas não conhecia ninguém, porém eu não passava despercebida, era a brasileira, a exótica, a diferentona, fiz o que sempre faço, liguei o "tô nem aí", e fui procurar o banheiro, no caminho fui olhando os quadros, os enfeites, parecia ser alguém que tinha humor, gostava de esportes e cinema, deve ser algum diretor ou produtor de cinema sessentão, era uma casa bem masculina olhando detalhadamente, ele tinha bom gosto.

Cansada de procurar pelo banheiro e não lograr êxito, decidi retornar pro meu lugar, onde o Onur me deixou plantada, foi aí que comecei a ouvir uma calorosa discussão entre um homem e uma mulher, porém não conseguia compreender direito, estavam discutindo possivelmente em Turco, eu fui me aproximando, até que vi uma moça alta, morena clara dos cabelos castanhos, que estava exaltada iniciando uma crisr de choro, deu mais uns gritos com o homem que por sinal eu não conseguia ver, porém o tom de voz dele era calmo, foi então que ela pegou uma estatueta fez menção de arremessar nele que estava meio de costas, nesse instante eu mais que depressa em passos largos cheguei até ela e segurei o objeto, ela me olhou assustada, me perguntando alguma coisa que não compreendi, então permaneci tentando um diálogo em inglês .

- Não faça isso, não vale a pena, você vai estragar sua vida, ninguém vale nosso desequilíbrio.

Ela parecia não me compreender, olhou pra ele transtornada, pegou sua bolsa e saiu apressadamente passando por mim sem se quer me direcionar um olhar.

- E olha que eu só queria ir no banheiro.

Disse para mim mesma.

- Quem é você? eu não te conheço, o que você faz na minha casa?

Eu ainda não conseguia ver ele, ele estava virado para a janela, possivelmente fumando um cigarro, foi então que ele jogou o cigarro fora e se virou para mim, e por um instante eu esqueci de respirar.

E foi nesse momento que me deu uma crise de tosse, possivelmente pela fumaça que voltava pela janela, me faltava o ar pra respirar, mas eu não tinha certeza se era apenas pela fumaça de cigarro, ou pela presença dele  que agora me notara.

Ele se aproximou de mim, me puxando para o que parecia ser uma varanda no intuito de me fazer respirar ar puro, foi então que com sua proximidade eu pude senti o seu perfume, um cheiro que era diferente, amadeirado e forte, que se misturava com o cheiro do cigarro que acabou de fumar, e em um momento de fraqueza olhei para os seus olhos, que tinha uma intensidade inexplicável. Não devia ter olhado!

- Eu perguntei quem é você? O que você quer comigo?

Foi então que eu percebi que estava igual uma idiota olhando para ele, que homem é esse? O que está acontecendo comigo?

- Eu, eu... Me desculpe, só queria encontrar um banheiro, mas estou saindo.

Quando foi dar o primeiro passo pra sair, ele me puxou, me trazendo para junto do seu peito e falou bem próximo ao meu ouvido,

- Eu te fiz uma pergunta, o que você quer comigo?

- Eu? "A para a palhaçada, fala pra ele que você quer que ele te beije, e te jogue naquela cama ali atrás, nua"

- É! Quer dizer, não! Eu não quero nada de você.

Ele sorriu, o desgraçado sorriu, percebendo que fiquei afetada, abriu um sorriso mostrando aqueles dentes perfeitos, e suas covinhas. "Covinhas? Minha filha acorda, isso são duas crateras, deliciosas crateras"

- Cala a boca!!

- Não entendi, que idioma é esse?

- Me desculpe, não queria atrapalhar.

Atordoada, Consegui me soltar do aperto dele, e sai correndo por onde havia entrado minutos antes, meu coração parecia uma escola de samba, meu ouvido estava zumbindo, eu estava tonta, com as pernas bambas, e podia jurar que o cheiro dele ficou em minhas narinas.

- Meu Deus o que aconteceu?

Voltei pro meu lugar e me sentei, e decide só sair dali pra ir embora, foi quando ouvi o homem do meu lado dizer.

- Grande Ali Ersan Duru, até que fim nos deu a honra da tua presença.

Então agora eu sabia o nome do Dono da casa, o mesmo que uns minutos atrás tinha me deixado igual gelatina, apenas com seus olhos escuros, seus cabelos negros bagunçados, sua barba fechada e bem-feita, seu sorriso maravilho, suas covinhas, seu cheiro másculo e sexy e suas mãos que eu ainda podia sentir em meus braços. "Você devia ter bebido"

- Mais uma vez concordo com você voz chata.

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