Capítulo 14

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Eu não consegui pregar os olhos, ficava imaginando todas as cenas que vi dele, o quão imponente ele se mostrava no papel de um sultão, um homem poderoso com um harém só para ele. Ok, essa é a parte que eu surto, eu estava morrendo de ciúmes dele! Tem cabimento? Acho que estou ficando mais louca do que de costume, eu basicamente surtei, e para ajudar coloquei seu nome no Google, pronto a louca das pesquisas, cada fotografia me fazia ficar mais encantada, tirando as que ele estava acompanhado essas eu ignorava com sucesso, mas aqui estou eu, amanheceu e eu nada dormi, vou me levantar tomar um banho, hidratar meus cabelos, cuidar da minha pele e acordar a Waleska para tomarmos aquele café maravilhoso que só a Turquia proporciona.

Resolvemos tomar café em casa mesmo, visto que preciso do meu cartão para tirar dinheiro, e ele se encontra com aquele que não me deixou dormir, Waleska até tentou me convencer que pagaria a conta, mas a verdade é que estava ansiosa demais para ver o Ali.

Na parte da tarde resolvo ligar para minhas saudades diária, minha mãe e amigas.

- Oi mãezinha, tudo bem por aí?

- Tudo bem nada, estou aqui morta de preocupação! Achou a cartão? Como vai ficar aí sem seu cartão?

- Calma mãe, achei sim meu cartão, caiu enquanto eu mexia na bolsa.

Resolvi omitir onde ele estava realmente, se conheço minha mãe, provavelmente já me imaginaria casada com dois filhos com o Ali. Me despedi dela, e me senti nostálgica, sou bem apegada a ela, gostaria de ter a chance levar ela pra viajar para vários lugares, mas ela é apegada a casa, suas plantas e cachorros.

Agora é hora de falar com as minhas amigas, mas nesse instante meu celular começa a tocar. Estou eufórica, começo a correr pela casa com o celular ainda chamando! "Para de loucura e atende esse telefone".

- Fica quieta mente. "minha filha ele quer te entregar seu cartão maluca".

- É você está certa.

Então o celular para de tocar, fico olhando para a tela. O que é que está acontecendo comigo gente? Então novamente ele está ligando, resolvo acabar com isso no terceiro toque.

- Alô.

- Pensei que não fosse me atender.

- Desculpe, estava ocupada e não vi o telefone tocar. "mentirosa"

- Você está ocupada nesse momento?

- Não, se você quiser pode vir trazer o cartão.

- Bom, é que, eu ia...

- Claro se não for te atrapalhar.

- Lys, estou indo aí.

Então ele desliga a chamada, e toda minha ansiedade volta com tudo. Preciso de um banho, coloco um vestidinho soltinho e como estou em casa calço uma rasteirinha bem feminina, passo hidratante na pele e meu perfume, tento ficar o mais natural possível, mas acho que estou arrumada demais.

Fico rodando pelo apartamento igual uma doida, meu coração está quase saindo pela boca, vou vê-lo novamente e uma estranha alegria brota em meu corpo, refletindo em meu rosto, como uma adolescente boba.

Ele envia uma mensagem me informando que está lá embaixo me esperando, desço como uma pessoa que acabou de ganhar na loteria e está indo buscar o prêmio, preciso me acalmar, preciso me manter com os pés no chão, afinal, ele veio apenas me entregar um cartão que preciso, apenas.

Desço de forma lenta, bem devagar, me preparando para ver ele mais uma vez, só mais uma vez. Quando chego no térreo percebo que ele já está na recepção batendo papo com o porteiro, me aproximo dele, mas ele não me ver, ele continua conversando e gesticulando como se fossem amigos de longa data, ele solta uma gargalhada, e nesse momento descubro o meu som preferido no mundo. Como se sentisse minha presença ele se vira e estou presa nele novamente não respiro, não falo, não me movo, ele está cada vez mais próximo.

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