Capítulo 18

139 23 3
                                    


Sabe aquele ditado popular " gato escaldado tem medo de água fria", pois bem, eu estava me sentindo esse gato, sei que Ali falou sobre ser uma pessoa controladora e difícil, mas ainda não esqueci que algumas horas atrás ele me deixou e foi para o quarto dormir, mas isso vai ter volta, só que não agora, sorrio internamente.

- Para onde estamos indo, estou vestida adequadamente?

- Vamos novamente para minha casa, se precisarmos de algo mais tarde voltamos e buscamos, não se preocupe.

Como assim mais tarde, mais tarde eu pretendo estar em casa, mas vou me calar, vou tentar ser uma boa menina, vamos ver quantas horas, minutos ou segundo isso vai durar.

- Posso ouvir música, ou vai te causar dor de cabeça novamente?

Ele me olha sério, respira fundo e liga ele mesmo o som.

- Se você quer perguntar algo Lys, é melhor que pergunte logo, antes de ficar soltando suas alfinetadas.

- Então, vamos pra sua casa fazer o que? você não vai dormir de novo e me deixar lá sozinha né?!

- Não, não vou te deixar sozinha, e antes que você pense que fiz de proposito, o sono repentino pode ter sido devido o medicamento que tomei para sanar com minha dor de cabeça.

- Ah entendi.

Como ele estava concentrado dirigindo, aproveitei para reparar cada detalhe dele, as mãos, dedos longos, braço e antebraço e suas veias, esse homem é lindo, ele está de óculos escuros e não consigo ver se esta me vendo o observar, mas a barba, meu Deus do céu que barba é essa? E essa boca, eu preciso desviar meus olhos se não vou surtar.

- No que está pensando me olhando desse jeito Lys?

- Eu posso te tocar a qualquer momento ou tenho que te pedir permissão.

- Lys, você quer me tocar?  – Me encara curioso.

- Eu não gosto de ficar parada, provavelmente se você não tivesse deixado claro que se assustou com meu beijo, nesse momento minha mão estaria na sua nuca ou cabelo, talvez no seu ombro ou até mesmo na sua coxa, eu gosto de contato.

- Quando estivermos eu e você sozinhos, você pode ficar a vontade, se estivermos em público os toques e caricias devem ser contidos, discretos e as vezes inexistentes, lembre-se que apesar de sermos um pouco mais liberais que alguns países, ainda somos conservadores e o que para você pode ser uma caricia boba, para outros pode ser escândalo.

- Compreendi. – Virei meu rosto pela janela, faltava alguns minutos para chegarmos até sua casa.

- Não vai me tocar?

Olhei para ele, pensei bem no que ele me disse, e ele tem razão, não estou no meu país, mas como estamos sozinhos quero ser carinhosa, até porque sou assim, então levo minha mão até sua coxa, e apenas descanso minha mão lá, sinto seu corpo ficar tenso, é uma área perigosa e bem próxima ao seu membro, mas não faço nenhum carinho ousado, apenas aliso e passo as unhas de leve exclusivamente em sua perna.

- Princesa, você poderia mudar sua mãozinha de lugar, estou perdendo um pouco da minha concentração.

- Ah me desculpe, não foi minha intenção.

Tirei minha mão de sua perna e coloquei em seu pescoço, fui acariciando de leve, ora passando as unhas, ora massageando com a mão.

- O problema não é onde sua mão está, o problema é a sua mão, você tem  caricias deliciadas e gostosas que estão me deixando louco, quando chegarmos preciso de suas mãos em todo meu corpo.

ESPEREI POR VOCÊ Onde histórias criam vida. Descubra agora