Capítulo 16

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O meu coração estava quase saltando para fora, eu realmente não sabia o que viria, eu estava dentro do carro do Ali aguardando ele retornar com minha amiga, mas o que eu faria quando eles retornassem, como eu iria agir, eu acabei de beija-lo, preciso confessar que nunca em toda minha vida havia sentido essa sensação, não é borboletas no estômago, é a sensação de pertencer aquele beijo, pertencer aqueles braços e mãos, e junto com toda essas sensações veio um medo avassalador de que aquilo tudo estava apenas na minha cabeça, o que se passa na mente dele? Então começas as paranoias, eu me conheço, se me sentir insegura me auto saboto.

Ali abre a porta de trás do carro fazendo com que Waleska entre, ela me olha assustada e como sabe que ale não entende português vai logo perguntando o que está acontecendo.

- Pelo que entendi ele e o Onur tiveram uma discussão, quando vi já estava atrás do Ali tentando acalma-lo.

- E por que sua boca está toda vermelha?

- Como?

Nesse momento Ali entra no carro, e me olha, não fala nada comigo, apenas se vira para minha amiga informando que irá levar ela em casa, dando ênfase no "ela", não estava a fim de discutir sobre aquilo. resolvi olhar no espelho do carona como realmente estava meu rosto e boca, e tomei um susto quando percebi o quão vermelho minha boca estava, olho para trás para responder a Waleska quando ouço alguém bater na janela, vejo que é Onur e nesse instante Ali arranca com o carro, deixando um Onur parado em meio a calçada sem nenhuma resposta.

- Vai me responder por que sua boca está vermelha! – Minha amiga fala com a sobrancelha erguida.

- Pare de perguntar porque você já deve imaginar.

- Mas quero ter certeza.

- Vocês duas vão continuar conversando em português? – Disse Ali com a testa enrugada.

- Só estava perguntando a minha amiga porque motivo a boca dela está tão avermelhada.

Ele me olhou, deu um sorriso irônico e me indagou.

- Posso contar pra ela que você me agarrou e me beijou?

- Eu preferiria que você dissesse apenas que nos beijamos.

- Mas aí ficaria sem emoção.

- Lys, você fez o que?

- Em minha defesa, afirmo que fiz sim isso, porém para silenciá-lo, ele não parava de falar e em turco ainda, estava me deixando tonta, então eu calei ele com um beijo.

- E sua boca está vermelha por causa de um simples beijo.

- Digamos que foi um beijo mais intenso, talvez pela raiva que o Ali estava, mas consegui acalma-lo um pouco.

- Acalmou apenas a raiva minha querida, ainda preciso do seu cheiro em mim.

Ok, nesse momento não sabia onde enfiava minha cara, e Waleska também parecia petrificada, olhei para Ali e ele estava com um sorriso no rosto e visivelmente mais calmo.

- Acho que esse carro atrás do meu seja o do Onur, Lys! Preciso saber exatamente o que está acontecendo entre vocês dois.

- Não está acontecendo absolutamente nada entre nós, na verdade tentei uma amizade que por sinal não está sendo nada saudável.

- Vocês tiveram alguma intimidade? Beijos, abraços?

- Oi? Claro que não! Sempre que estive com o Onur foi em público e com mais pessoas em nossa volta. Nem se ficássemos sozinhos ele não me atraiu.

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