Capítulo 12

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Capítulos 11

Entrei na casa de Waleska e a sensação de vazio só aumentou, minha amiga ainda não tinha chegado, eu precisava de um banho e me sentir renovada, colocaria uma roupa e iria passear um pouco, sei que ainda sou um bebê nessa grande Istambul, mas não sou mulher de ficar parada. Decidi que ficaria de cabelo preso mesmo, então coloquei um blusão quentinho, uma calça e um tênis, hoje sairia bem despojada.

Fui até o Istambul Modern que é um museu de arte contemporânea, que fica em um Bairro chamado Tophane, aqui mesmo em Beyoğlu, o grande foco de suas exposições são de obras de artistas Turcos, mas frequentemente há exposições temporárias de estrangeiros, ele é o primeiro museu privado de arte moderna na Turquia, foi inaugurado em 11 de dezembro de 2011, o museu fica à beira Bósforo, e é instalado em um antigo armazém, possui dois andares, sendo que no primeiro andar é ocupado por lojas, café e restaurante que por sinal é bem popular sendo quase a atração principal do museu com vista privilegiada sobre o Bósforo e a península histórica do outro lado do Corno de Ouro, que se prolongam até o Mar de Mármara. No térreo encontramos o espaço dedicado as exposições artísticas, onde uma das galerias é dedicada exclusivamente à fotografias e a outra a videoarte.

Nunca liguei muita pra essas coisas de arte, mas estava apaixonada e louca pra conhecer cada canto da Turquia. Com a chegada da tarde pedi minha conta no café restaurante, e acredite ainda não me acostumava com a atenção que recebia do povo turco, eu era identificada de longe como estrangeira, e era como uma verdadeira atração para eles, que eram sempre muito educados, atenciosos e curiosos.

Abro minha bolsa, e fico apavorada, cadê meu cartão? Todo sangue do meu rosto é drenado, fico branca. Meu primeiro pensamento é de que fui roubada, mas não vou alarmar por que talvez deixei em casa, ainda bem que fiz uma troca de dinheiro no meu primeiro dia oficial aqui, visto que, alguns serviços podem não aceitar cartão. Então tenho alguns valores que dão pra cobrir meu consumo e o táxi do retorno. Queria comprar umas coisinhas, mas não vou arriscar.

Saio com pressa, preciso saber se meu cartão está em casa, por que nem por onde começar para bloquear e obter outro. Sinto que acabou meu dia, estou chateada e frustrada, estou orando pro meu cartão está em casa.

Demoro um pouco pra chegar em casa, aqui o trânsito é um pouco desorganizado, já estava quase surtando. Entro no apartamento e para minha felicidade não estou mais sozinha, Waleska havia retornado da casa de sua sogra.

- Waleskinhaaaa!! Cheguei!! Cheguei surtando, mas cheguei.

- O que houve? Você está pálida.

- Perdi ou roubaram meu Cartão de débito e crédito.

- Como assim, você o levou com você?

- Eu tenho quase certeza que sim, mas minha esperança é que eu tenha deixado ele aqui.

Falo já quase chorando, e nesse momento meu celular resolve toca, Onur ligando. Deus me dê paciência, se não eu vou descontar tudo nele, e não quero isso, o tapa já foi o bastante.

- Oi Onur!

Falo seca e já lutando contra a falta de paciência.

- Oi Lys, você pode falar um momento?

Quero responder que não, que é pra ele ir catar coquinho no asfalto quente, mas tenho aquela porcentagem quase insignificante no momento de educação, sei lá vai que é algo sério, porque depois do papelão de ontem, noção eu já sei que ele não tem.

- Sim Onur, se não for demorar muito, porque tenho um assunto urgente pra resolver.

- Posso ajudar em algo?

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