Capítulo 44

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Acordo totalmente desorientada, e estou com muita sede, me sento na cama que por sinal estou sozinha, estou no quarto do Ali, e pela claridade lá fora constato que já amanheceu há algum tempo. Mas como eu vim parar aqui nesse quarto? Eu tenho a vaga lembrança que fui para o hospital com Waleska, olho para minha mão que está enfaixada, ainda está inchada e dolorida.

- Meu Deus cadê minha amiga Waleska?

Levanto rápido e acabo ficando tonta, preciso do meu celular pra ligar pra ela, como vim para em casa me lembro de estar deitada para tomar o medicamento para dor e do Ali chegando e conversando com o médico, e não me recordo de mais nada.

- ALI?! – Chamo, me levantando novamente e indo em direção a cozinha.

Ouço vozes conversando reconheço a voz de Ali e de Waleska, então encontro os dois na cozinha, e a mesa de café posta quase intocada, foi nessa hora que meu estômago me deu sinal de vida, estava com muita fome.

- Ah meu Deus, graças a Deus que você está aqui amiga, acordei assustada, preocupada onde você estaria, ou se tinha voltado pro Hotel sozinha.

- Oi amiga, que bom que você acordou, eu ia voltar para o Hotel, mas depois que contei para o Ali o que aconteceu, ele disse que você iria ficar preocupada se eu ficasse lá sozinha, então pediu que eu ficasse aqui.

- Obrigada Ali, foi muito gentil da sua parte.

- Não tem de que, como está se sentindo Lys, está com dor?

Ali está um pouco sério, como se algo lhe incomodasse.

- Acordei um pouco desorientada, com um pouco de dor. Como cheguei até aqui.

- Eu te trouxe, você me disse que não gostaria de ficar lá, aquele doutorzinho bem que tentou impedir, mas te trouxe.

- Obrigada mais uma vez, eu realmente tenho pavor de hospital.

- Lys será que podemos conversar um instante em nosso quarto? Você pode ficar aqui Waleska, sinta-se à vontade.

- Obrigada, mas uma vez, desculpe por todo esse transtorno.

- Amiga, já te disse que a culpa não é sua, mas depois conversamos sobre isso. Vamos Ali.

Minha mente ainda processava o "nosso quarto" que Ali disse, porém também processava que ele não me chamou de nada carinhoso até o momento, mas vamos lá pra ver do que se trata essa indiferença dele.

- E então, qual é o problema?

- Qual é o problema Lys, você ainda me pergunta?

- Não estou te entendendo.

- Lys você sabia que sua amiga estava com problemas, e ao invés de me contar para que eu pudesse te orientar, te ajudar, você resolve ir sozinha. Lys você se machucou porque deu um soco no marido da sua amiga, essa cara poderia ter te machucado mais ou até mesmo te matado. Um soco Lys! Isso poderia te trazer problemas aqui na Turquia, você poderia ser proibida de retornar pra cá, já pensou nisso, você sendo afastada de mim?

- E você queria que eu fizesse o que Ali, visse minha amiga apanhar e aplaudisse? Eu nunca ia permitir isso, e nem vou por que vamos levar suas agressões ao conhecimento das autoridades.

- Eu queria que você tivesse falado comigo, juntos iriamos pensar em algo dentro da legalidade, você é uma advogada, sabe disso.

- Como eu ia te falar uma coisas, que eu não tinha certeza, eu só tive conhecimento das agressões quando eu vi as marcas, então iriamos fazer o que você disse, mas o covarde chegou e quis agredi-la novamente, e eu poderia ser até uma magistrada, nunca iria permitir, ainda que eu me machucasse.

-Se ele te machucasse, eu ia matar ele com minhas mãos Lys. Por favor não faça mais nada precipitadamente, eu disse pra Waleska ficar aqui conosco uns dias, até ela decidir o que vai fazer, ela está com receio, converse com ela, diga que ela pode ficar.

- Ok! Mas você vai continuar me chamando de Lys?

- Você disse que gostava de ser chamada assim.

Me aproximo dele, passo minha mão por seu rosto.

- Não por você!

- Eu estou chateado com você.

- Grita, xinga, esperneia, mas continue o mesmo Ali comigo.

Ele me segura pela cintura, se aproxima do meu ouvido.

- Aşkım, estou me segurando pra não te colocar no meu colo e dar umas palmadas em sua bunda.

- Não! Não se segure não!

Ali começa a rir, e eu o acompanho.

- Você está com a mão machucada meu amor.

- Somente a mão, o resto está bem saudável.

Ali me puxa pra ele e inicia um beijo de tirar todo meu fôlego, eu precisava dele, das mãos dos beijos, porém no meio da nossa sessão caliente, sinto uma tontura, mas sou amparada por ele que me segura, colocando-me sentada na cama.

- Você está bem princesa, você está muito pálida?

- Eu preciso tomar café, acabei me esquecendo.

- Não, deite-se que vou buscar uma bandeja pra você.

- Você não vai ao Set de gravações hoje?

- Vou sim, vou apenas te alimentar, roubar mais uns beijos seus e irei.

-Pode deixar meu bem, eu vou lá pra cozinha, aproveito e converso com minha amiga.

- Não, o médico pediu um repouso de um dia, vou pedir pra que ela venha aqui e fique com você.

- Ali, eu já não tenho medo de falar de meus sentimentos pra você, eu estou te amando, mas nunca levante a mão pra mim, eu nunca te perdoaria.

- Nem eu me perdoaria Aşkım, e se você quer saber... E acho que amo você.

- Você acha? Volte quando tiver certeza. – Falo emburrada.

- Eu amo você Lys, não falo muito, mas até me assusto com a intensidade e rapidez que estou te amando, por isso confie em mim, você não está sozinha e nem sua amiga, pois sei que ela é importante pra você.

- Eu sou grata por ter te conhecido.

- Eu sou imensamente grato de ter você em minha vida, minha boxeadora.

- Só foi você falar que está doendo, e estou com fome.

- Vou buscar sua comida e sua amiga.

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