AIGON - Saga "Pearl" (Livro II)

Capítulo 8

Encaro o grande homem sobre o sofá. Estamos sentados conversando e assistindo Tv. Todos me tratam super bem, menos Aigon que sequer olha em minha direção. Disse um oi, mas fui ignorada e recebi um olhar terno de Ada. Sou digna de pena e assumo estar furiosa. Ele não vai continuar com a credita levantada por tanto tempo. Ele é frio? Ótimo! Serei pior! Se ele pode agir como o polo norte, vou agir como a causa do polo norte está congelado.

Sou pega encarando ele uma vez mais, porém não desvio o olhar. Ele aperta o maxilar e suspira. Drake limpa a garganta.

- Cada vez que vocês dois se encaram tenho a impressão que seremos cortados pela tensão que se estabelece. - Aigon olha para ele com tanta raiva no olhar que imagino estar tentando matar ele com a força dos pensamentos. Ada ri.

- Tenho certeza que se pudessem já teriam cravado uma estaca no coração um do outro. - olho para ela e aperto as pálpebras.

- Vocês são vampiros? - todos riem e Mary quase chora de tanto rir. Ela me encara rindo e coro. Claro, vampiros não existem! O que garante? Eles são todos diferentes e não parecem existir também.

- Eles definitivamente não são vampiros Kate. - ela diz. Dou de ombros.

- Ainda não sei o que pensar... - resmungo.

- Sua boca fechada é tão linda. - a voz irônica de Aigon soa e olho para ele com uma carranca. Quer brigar olhos dourados?! Posso fazer melhor que você!

- Não tem idéia do que minha boca pode fazer quando está focada em algo Aigon. Quer testar ela? - pergunto e ele me fuzila com os olhos mais lindos que já vi. Quase abaixo a cabeça de tão intimidador que seu olhar se torna. A sala fica em silêncio e me arrependo de provocar ele. Ele se senta no sofá que está. Eu e Ada estamos dividindo um. Estou sentada na ponta contrária do sofá que ele está e agradeço por não ser valente o suficiente para sentar perto do sofá que ele está.

- Está me provocando? - arregalo os olhos. Que homem direto! Ele sequer disfarça que percebeu. Se todos nessa sala soubessem do meu amor platônico por ele na adolescência saberiam na hora que foi uma provocação. Realmente espero que só eu e ele tenhamos consciência de minha rejeição. Decido devolver uma pergunta para desconcertá-lo.

- Não, mas não entendo a pergunta. Quer que eu lhe provoque? - malditos olhos dourados. Ele aperta as pálpebras e o maxilar. Seu olhar se torna sombrio e ele me encara com desdém.

- Não desejaria que fizesse. Provavelmente teria que sair daqui para vomitar. - Ada abre a boca em um grande Ó e encara ele com incredulidade. O clima se torna insuportável de aguentar. A tensão é evidente. Mantenho-me encarando o par de olhos furiosos.

- Você é um grande babaca sabia? - digo e cruzo os braços. O movimento faz meus seios se moverem e fuzilo ele. Me arrependo de ter colocado uma roupa tão decotada. Definitivamente não faz meu estilo. - Se acha melhor que eu? - pergunto com raiva. Ele ameaça abrir a boca e responder, mas Ada interrompe.

- Aigon. - ele olha para ela. - Não. - ela diz e ele se cala deitando no sofá novamente. Ele parece super irritado. Olho para Ada.

- Deixe ele dizer. Estou ciente de que ele se sente assim. Se acha melhor que todos! É um babaca convencido que acha que por ter essas bolas entre as pernas e essa maldita força é melhor que eu. Duvido que dele consiga me derrubar em menos de um minuto mesmo sendo forte e veloz do jeito que é! - ele se senta no sofá e quase não me dou conta quando ele se aproxima. Ada tenta parar ele e Drake se levanta tirando Mary do caminho quando ele caminha em minha direção como um touro bravo.

Antes que ele me alcance chuto o meio de suas pernas e ele cerra os dentes mordendo o lábio inferior e se curvando. Ele se coloca de joelhos aos poucos e Ada me encara chocada. Me coloco de pé e seguro um punhado de cabelo dele. Obrigo ele a me olhar. Ele de joelhos fica quase na altura dos meus seios. Ele é grande e minha altura não ajuda muito. Seu semblante de dor me causa certo prazer. Ele parece puto.

- Como se sente me vendo daí de baixo Aigon? Machuquei você? - ele agarra meu pulso com uma mão e Ada ameaça intervir. - Não Ada! - peço. - Isso é entre eu e ele. - digo. Ele aperta meu pulso e começa a doer. Doer muito. Se ele continuar será capaz de partir meu pulso. - Vai machucar uma mulher Aigon? - meus olhos marejam com o aperto. - Achei que odiasse quem era mau. Você mesmo veio para cima de mim quando lhe disse algumas verdades! Se sente dodói? - ele solta meu pulso e se levanta massageando o lugar que chutei.

- Você vai se arrepender Kate. Essa é sua vingança? - ele começa a rir e me encara com raiva. - Ainda guarda mágoa por ser chamada de coisinha pequena e irritante? - ele tem muita coragem para lembrar disso no meio de todos. Olho para deu rosto e a raiva queima em meu peito, mas não deixarei que isso intervenha. Não é a raiva que quero que ele sinta. Quero que ele prove do próprio veneno e para isso tenho que fazer ele se apaixonar como eu um dia me apaixonei por seus olhos dourados. Estendo o braço que ele apertou o pulso. Agora está vermelho e ficará roxo mais tarde. Coloco a mão aberta em seu peitoral e ele parece confuso. Seu sorriso morre e farei ele se sentir um lixo por me tratar daquela forma. Também posso ser má e machucar ele como ele gosta de fazer com as palavras. Ele olha para a mão em seu peitoral e ameaça recuar. Pressiono com mais força para ele saber que se recuar não se livrará do meu toque. A palma da minha mão esquenta. Encaro seus olhos confusos e ele me olha cheio de confusão. Sorrio.

- Essa coisinha pequena e irritante cresceu e agora sabe seu nome. - digo e encaro seus lábios. - Estou tão perto que posso te tocar e dessa vez você não está me mandando para longe. Agora eu sei seu nome. - volto a olhar para ele e sussurro - Aigon...