Lauren carrega o fardo de prevêr o modo que as pessoas irão morrer. Não sabe a hora e nem o local, mas sabe que está próximo. Pra ela aquilo seria sempre uma maldição. Uma maldição cruel, dolorosa e indescritivelmente horrível.
Afinal, como alguém p...
Lastmileof a deadend drive A supernatural smile - is keeping me alive
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— Olá Camila.
— Olá Camila.
— Olá Camila.
As três vozes femininas idênticas invadiram minha cabeça de uma maneira tão profunda que eu não conseguia me mover. Aquela sensação... A mesma sensação que apareceu quando eu estava naquele lugar invadiu meus pensamentos, e era como se eu estivesse lá novamente.
Apertei o corpo de Lauren contra o meu, em uma tentativa de protegê-la, mas em instantes ela simplesmente desapareceu dos meus braços, enquanto o chão da suíte sumia. Comecei a entrar em desespero quando tudo a minha volta começou a desaparecer, era como se eu estivesse entrando em um campo mental, eu só conseguia ver o que me deixavam e, bem, eu só via o vazio. Aquele era o Limbo, eu podia sentir a divisão entre os mundos, o nada...
Merda, estava acontecendo, de novo. Mas dessa vez parecia uma conexão, entre mim e o que quer que estivesse me levando até lá.
— Quem está aí, e o que fizeram comigo? — Minha voz saiu alterada, enquanto eu tentava me levantar, obtendo sucesso dessa vez.
Um risada com ecos vindo de todo lugar inundou a minha mente, parecia que meu cérebro ia explodir. Tapei os ouvidos, tentando conter aquela movimentação dolorosa na minha cabeça, mas não adiantava, aquilo estava lá dentro, na verdade. Girei em 180° graus, tentando ver algo, mas a escuridão persistia. Não existia solo, nem gravidade, nada. Eu só estava existindo, sem realmente existir.
Era algo assustador, se fosse pensar, ainda que não superasse o inferno, aquilo estava realmente mexendo comigo.
Queria saber onde Lauren estava, onde o iate estava, meus pais e até mesmo o idiota do Chris. E principalmente, queria saber se estavam bem, porque só isso importava. Fechei os olhos, tentando me acostumar com a escuridão, mas quando os abri, a luz quase me chegou. Desejei que aquilo fosse só um sonho desconexo, mas os pares de sapatos idênticos que marchavam em trio como se fosse um desfile de moda dark me fez perceber que eu não estava sonhando, aquela era a mais insana realidade.
Posicionei minhas mãos em punho, preparando-me para qualquer coisa. Eu estava com medo, ansiosa e profundamente confusa com aquilo.
— Abaixe os punhos, querida. Não iremos te machucar. — A miragem de uma mulher loira apareceu em meu campo de visão, parecendo liderar duas outras iguais a si mesma.
— A não ser que não cooperar. — As duas outras falaram ao mesmo tempo, me fazendo passar os olhos por cada uma delas vagarosamente, elas eram terrivelmente iguais.
