Silvana
Desenterrando defuntos, devia ser o nome do quadro da minha vida, primeiro Jorge e agora a Ex dele? Sinceramente Deus só pode estar querendo testar a boa samaritana que existe em mim!
Ela continuava em pe e minha filha e meu neto me encaravam com cara de medo, o único problema é o mico que minha filha pagaria por sua mãe estar fazendo barraco com a mulher que parecia uma sem teto.
—A senhora não conhece minha sogra! — Brunna disse me tirando dos meus pensamentos, ela tinha um tom de zombaria e eu amava isso nela, sempre debochada.
— Sogra? — A mulher a olhou de cima a baixo
—Achei que você fosse louca, não surda! — Ela disse e todos na mesa rimos, as pessoas do restaurante estavam alheias a tudo que estava acontecendo.
—Além de ser abusada, o chassi de grilo, acha que pode alguma coisa? — A mulher disse e eu revirei os olhos.
—Antes deu lhe dar a bela da surra que você merece Carla, o que você quer? — Eu perguntei e ela voltou sua atenção a mim com aquele sorriso irônico e torto.
—Você se acha não é Silvana? por isso foi largada!
—Meu pai ainda vem atrás dela, de você por exemplo ele quer mais que morra! —Ludmilla saiu em minha defesa, eu sabia que minha filha odiava qualquer tipo de exposição negativa. Mas também tinha seu lado barraqueiro que sem duvidas nenhuma ela herdou do pai dela.
—Chega disso Carla! — Eu disse e a mesma voltou a atenção a mim.
— Vamos Silvana, cade o barraco?
Ela disse e eu revirei os olhos. Ela queria chamar uma atenção negativa.
— Carla, chega! — A voz de jorge surgiu e todos olhamos assustadas. Isso só podia ser piada.
—Ora, ora Jorge da Silva, apareceu! — Ela o desafiou e eu achava pouco pra ele.
—Deixe eles em paz Carla, não me obrigue a fazer nenhuma besteira! — Eu disse que ele era a parte barraqueira.
—Chega, vamos embora! — me levantei e vi Brunna e Ludmilla me seguirem assim como Ramon.
—AONDE VOCÊS PENSAM QUE VÃO! — Ela gritou chamando a atenção de todos, se queríamos evitar chamar atenção agora mesmo que isso seria, impossível. — Você não passa de uma sangue suga da sua filha rica silvana e uma piranha que gosta de rola! — Eu senti meu sangue ferver e todos me olhavam. Eu até engoliria esse sapo mas chega.
—VOCÊ NÃO ME CONHECE, NÃO PASSA DE UMA DISVAIRADA QUE GOSTA DE SENTAR PRA BANDIDO! — Eu fui pra cima dela pegando ela pelo cabelo e puxando até o lado de fora.
—VADIA! — ela gritava.
—Cala a porra da boca Carla, quer ficar com o jorge que vocês se enfiem um dentro do cu do outro. MAS NÃO ME DIRIJA A PALAVRA. NUNCA MAIS — Por fim joguei ela pra fora do restaurante e a mesma voltou pra me atacar.
Então eu peguei dando um tapa no meio da cara dela aonde vi sangue escorrer, ela veio tentar puxar minha lace e eu desviei a puxando pelo pescoço e jogando contra a parede do restaurante, Senti Ramon e Ludmilla me segurando. E Jorge a pegou pelos cabelos, ele sussurrou algo nos ouvidos dela e a mesma arregalou os olhos de medo. Eu olhei a situação em volta muitas pessoas tinham seus celulares gravando aquela situação. Jorge e Ludmilla estavam expostos. Jorge passou como um vulto puxando a mulher pelos cabelos, enquanto Ludmilla ainda me segurava.
—Ela ja foi! — A voz da minha cunhada chamou minha atenção e então eu voltei meus olhos a minha família que estava com medo. assustada e olhando todos aqueles celulares apontados em nossa direção.
—Vamos! — Ludmilla disse e entramos no carro, novamente fui atras com Ramon que segurou minha mão e me deu um sorriso reconfortante.
—Liga pro advogado Brunna! — Ludmilla disse, eu conhecia minha filha sabia que ela estava irritada e seu único parâmetro de conforto era minha nora.
—Ta bom! — Foi tudo que ela disse mas logo pegou o celular
Ligação on
—Bom dia, por favor o Dr. Fernades.— ela sorriu segurando a mão de ludmilla que me olhou pelo retrovisor dando um meio sorriso.
—Dr. Tivemos um problema com a nossa imagem e precisamos tirar da internet agora. — Ela dizia séria e pu via atentamente o que o advogado falava — Isso mesmo sobre a surra que minha sogra deu naquela piranha, mas isso faz mal a imagem da Lud! — Ela ouviu por mais um tempo e logo depois desligou.
Ligação of
— Ele disse que vai dar um jeito. — Ela sorriu e seguimos em silêncio pra casa.
[...]
Ludmilla
Eu sentia uma confusão dentro de mim, ser uma pessoa com a vida tão exposta te tira a liberdade de muitas coisas, principalmente na minha família que a vida fica exposta junta com a minha. Leo Dias ja havia me ligado diversas vezes pra saber da "fofoca", Hugo Gloss ja havia saído em defesa da minha mãe, eu estava tão cansada, Brunna olhava como sempre tudo de fora sem se meter. Marcos e meus assessores estavam em uma reunião comigo desde a hora que eu cheguei. Minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento.
—Chega! — Ela disse chamando minha atenção. — De cabeça quente não vale a pena tomar decisões, temos que escolher o que vamos falar e como. Então chega desse assunto por hora.
—Tudo bem! — Todos concordamos os meninos saíram e ficamos ali nos olhando. Ela era tudo que eu queria naquele momento, ela abriu os braços e eu me joguei e ela me fazia carinho nas costas.
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TRUE II
Hayran KurguAgora que ja estávamos casadas e tínhamos uma família completa, eu e Brunna só precisávamos cuidar do nosso amor e do nosso filho Ramon, mas eu nunca imaginei que...