Queima KENGARAAAA

2.9K 183 48
                                    

Brunna

Depois da ligação de Marcos, paramos a nossa brincadeira e fui tomar um banho enquanto Ramon chegava. Eu estava tão irritada, a ponto de ter pedido todo meu tesao eu deixo meu filho sozinha por a porra de duas horas e ele desmaia um cara. Respirei fundo quanto a agua caia.

Depois de um longo banho desci encontrando Ludmilla brincando e fazendo Ramon rir, Ludmilla poderia estar com ciúmes pra ser mais durona. Porém não era questão, ela e Marcos ficaram sérios quando me notaram na sala e Ramon continuava rindo mais foi parando quando viu que eu não estava pra brincadeiras.

—Marcos, você pode me dar licença? — Eu disse ainda encarando Ramon e vi a sombra dele passar rápido ao meu lado.

—Bru! — Ludmilla foi falar e eu a olhei e a mesma voltou a ficar em silêncio.

—O que aconteceu Ramon? —Perguntei séria e ele respirou fundo

—Ele ia bater no Yuri. — Eu continuei o olhando.

—Olha pra sua roupa! — ele abaixou a cabeça olhando — Não me parece que o homem seja uma ameaça a nada agora. Você não está em uma guerra, nem em algum morro. Está de castigo.

—Mas mamãe eu estava defendendo o Yuri!

—Que bom, mas você faz ideia de como você deixou o rapaz?? —fui até o controle e liguei a tv. A manchete ja mostrava uma imagem de Ramon e do rapaz
"Filho de Ludmilla  desconfigura rosto de homem"  Eu passei a mão pelos cabelos nervosa — Isso não é por questão de fama, mais se ele tivesse um arma Ramon? e se fosse uma faca ou uma garrafa? Você podia ter posto a sua vida em risco e de todos que estavam naquele lugar. A ideia de não levar desaforo pra casa não é a melhor solução.

—E você queria que eu deixasse ele apanhar? — ele me perguntou agora com lágrimas nos olhos

—Que separasse que fosse inteligente, não um agressor. Está de castigo.

—De que?

—Tudo que você quiser muito está proibido, sem ver yohana, sem sair pra sociais mesmo que esteja em casa. Dormir as nove sempre e não vai a nenhum show nem a ensaios do ballet e principalmente sem luta.

Ludmilla me olhava séria e assustada eu diria, Ramon tinha lágrimas nos olhos e a olhou como se suplicasse. Passou por mim como um foguete indo para seu quarto e escutei a porta bater com força e ficamos somente eu e Ludmilla na sala.

—Exagerou! — Ela disse e eu levantei a sobrancelha

—Você o deixou uma semana sem nada por um ciúme idiota, mais ele chega em casa após ter espancado um cara e você acha que eu "exagerei"?

—Ele só estava defendendo o Yuri!

—E se ele tivesse levado um tiro Ludmilla? — ela engoliu seco. — Me diz qual seria sua reação se o Marcos ligasse dizendo que o nosso filho se meteu em uma confusão e levou um tiro ou uma facada?

—Bru.

—Eu sei que sua mãe te ensinou a não levar desaforo pra casa. Mas a minha me ensinou que antes um desaforo que a minha vida, não vou arriscar perder meu filho por ele ser um mongoloide brigão.

—Eu não concordo!

—Paciência ele também é meu filho! — eu disse calma

—Mas meu do que seu! — Ela disse sem pensar e eu vi arrependimento no seu olhar — Bru eu não quis

—Ele e mais seu filho do que meu? Oi? Então e isso que você acha?

—Eu não.

Eu passei por ela indo em direção ao quarto de hóspedes ao lado da academia.

—Aonde você vai!

Eu estava magoada, tinha uma vontade imensa de chorar e espernear mais apenas me virei.

—Dormir!

Ela veio me acompanhando e eu a olhei novamente fazendo ela parar no lugar.

—Sozinha!

Sai de la e senti uma lágrima solitária correr pelo meu rosto. Acho que eu nunca pensei ouvir que sou menos mãe do Ramon, dou atenção igual amor igual, incondicional.

Me deitei olhando o teto e pouco tempo depois vi a porta ser aberta e ela colocar a cabeça para dentro. Ela entrou em silêncio sem dizer uma única palavra e deitou ao meu lado virou pro lado e eu também e dormimos em silêncio.

[...]

Ludmilla

Eu aprendi desde pequena que não se leva desaforo pra casa  que se defende os mais fracos e saber que meu filho estava defendendo o Yuri e que n deixou barato um soco, me encheu de orgulho. Até a Bru, ela tinha razão o rapaz podia ter uma arma ou faca, podia ter matado nosso filho ou até mesmo tê-lo deixado ferido, mas eu não queria ceder e fui horrível em dizer que ela era menos mãe do Ramon que eu, ela cuidava dele e ele também carregava o nome dela. Eu só não quis ser contrariada.

Fui até o quarto que ela estava e entrei me deitando ao seu lado, acho que qualquer conversa geraria uma discussão então me virei indo dormir e ela fez a mesma coisa.

[...]

Acordamos no outro dia, ela ainda estava me evitando sei disso porque ela passou indo até o quarto sem me dizer uma única palavra, bufei e fui atras dela.

—Bom dia! — Ela disse pra todos que estavam na sala e responderam com um mal humor considerável.

Ela entrou no quarto e se trancou no banheiro, saiu pouco tempo depois e desceu encontrando Yohana no sofá com Isa, Yuri e Ramon.

—Ramon pro seu quarto! — Ela disse e todos olharam pra ela assustados a Brunna sempre e mais maleável mais ela parecia ter realmente ficado irritada com a atitude dele.

—Bru ele estava me defendendo!- Yuri disse e ela assentiu

—Sim, fico feliz que ele tenha te defendido Yuri, mas ele está de castigo por tempo indeterminado. Ja pro quarto! — Ele olhou a todos e principalmente eu dei de ombros e ele saiu subindo ao quarto, sem dizer qualquer palavra.

A campainha tocou e betty foi abrir. Houve um silêncio gigantesco então ela voltou pálida pra sala e eu encarei a porta de boca aberta. Eu não podia acreditar no que e quem estava em pé na minha sala.

—PAI! — eu disse surpresa
—Jorge? — minha mãe disse desmaiando, Renato a pegou e ficou olhando tão confuso quanto a gente.
Yuri e Luane tinham um ponto de interrogação na cabeça e eu estava pálida.

—Porque meu neto se envolveu em briga!? — ele perguntou direto e Brunna me olhou com um pinto de interrogação na cara de "como ele dabe do Ramon"

—Jorge o que você está fazendo aqui? — Era a única coisa que eu conseguia perguntar, eu estava em choque
—Você não me atendeu ontem, e quando liguei a tv Ramon tinha espancado alguém.
—Ele te liga? — Brunna perguntou atônita, ela achava assim como minha mãe que ele havia morrido. Droga
—Você deve ser a Bru, a Ludmilla gosta muito de você norinha! — Brunna estava confusa e ele riu
—Você não contou a ninguém mesmo filha? — ele me perguntou e eu concordei com a cabeça, olhei ora Brunna que tinha a mandíbula travada.

TRUE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora