A Árvore Sagrada

Capítulo X: Alícia

Viro e reviro pela cama, inquieto, acordo em meia madrugada. Me sento na beirada da cama. Qual foi a última vez em que eu dormir bem? Pois é, faz um bom tempo, tomo coragem e me levanto. Olho para o despertador, para ver a hora, 3:15 da manhã, eu pedir o sono justo agora. Saio do quarto, e, vou até o quarto da Sarah para ver se está tudo bem. Abro a porta de seu quarto devagar para não fazer barulho, a mesma estava em um sono profundo, parecia não acordar por nada. Saio do quarto, fechando a porta devagar,vou até o sofá, me jogo sobre as almofadas. Me sinto relaxado, mas, isso dura pouco. Alguns minutos depois, começo a ouvir sussurros, não podendo identificar de onde estava vindo. O susurro ecoava por toda sala.

- tem alguém aí? - me sento e olho para todos os lados tentando encontrar a origem do susurro.

- hahaha... Não vai acha-la... - repetidamente ecoava pelo local, está voz fantasmagórica e familiar.

Não pode ser a Sarah, ela está dormindo, e não tem mas ninguém aqui, será que é um ladrão? Alguém invadiu minha casa?

- Quem está aí? Eu não estou de brincadeira. - falo um pouco assustado já me levantando do sofá,olhando para todos os lugares possíveis.

- não vai acha-la... - novamente ecoa pela sala.

Começo a sentir frio e uma corrente de ar passar pelo meu corpo. Me viro olhando o grande corredor, que no final daria em meu quarto. A parecer que há uma sombra alí. Uma forma um tanto inexplicável, parecia ser de um homem, com um capuz, se era possível ver apenas os brilhos dos olhos vermelhos. Imediatamente arrega-lo os olhos e começo a tremer.

- olha só... Eu nem comecei a falar e já está tremendo.

- V-Você... Oque quer aqui? - minha respiração fica totalmente gelada e tensa.

- olhe só pra você... Um pobre garoto, que tenta ser forte, mas está se embolando em uma bola de dor... Você não pode me vencer, sempre foi um inútil. E agora, tenta proteger outra pessoa... Não foi capaz de proteger nem sua própria mãe... - em seguida da uma risada Junto a um sussurro que ecoava pelo corredor chegando a meus ouvidos.

- Me leve no lugar dela! Se ela ainda estiver viva, me leve no lugar dela!

- Não... Sua mãe irá pagar pelo que fez, e brevemente eu irei levar todos que ela ama, e pegarei oque ela me negou por direito. - Olha pra mim apertando os olhos e dando uma última risada antes de sumir em chamas azuis.

Fecho o punho direito e sinto as lágrimas descerem pelo meu rosto, me sinto inconformado por não ter feito nada, de novo, não consigo reagir quando essa coisa aparece. Fico alguns minutos ali, em prantos até que escuto a maçaneta do quarto da minha irmã girar, assim saindo a mesma de lá. Rapidamente enxugo as lágrimas com as mãos para a mesma não perceber.

- Irmão? Oque está fazendo acordado? - ainda sonolenta.

- Ah, nada Sarah, eu apenas levantei para beber um pouco de água.

- Eu pensei que estivesse falando com alguém. - olha aí redor.

- Você deve estar sonhando, e, afinal oque você está fazendo acordada mocinha?

- Eu perdi o sono, eu vim ver se tinha alguém aqui, eu ouvir algumas vozes.

- Não é nada, volte a dormir irmãzinha. - não consigo segurar e mais lágrimas escorrem pelo meu rosto e volto a chorar.

- Danniel... Oque houve? - abraça o mesmo.

- Eu não vou deixar nada machucar você, ninguém nunca vai fazer nada de ruim a você, está bem? - retribuo com um abraço apertado.