Uma Fresta no Céu

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  Como uma anjo da noite, a vela chorava paixão pelo candeeiro, que friamente queimava ilusão.
  Mal dormiam as árvores e as açucena, coitadas, por tamanho desespero silencioso. E por seu tempo ocioso, o sol já nascia para apagar o brilho de seu coração.
  Por tamanho despautério, ela lentamente caminhava para sua morte. Agora sim! A natureza sorria, enquanto eu morria.

-Quem será "eu"? Perguntava o vento.
-O movimento? Um medo? Uma prece? Ou apenas a poeira do homem-de-areia?
"Eu" respondi:
-Sou o tempo. As vezes amado, as vezes temido, mas sempre esperado.

  O vento rogou que o tempo não se espalhe descontroladamente. Então as lágrimas petrificaram-se, e a sensação de capacidade surgiu.

Açucena do Brejo, 2019

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Açucena do Brejo, 2019

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