04. você viverá um romance épico.

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Sabina desceu alguns degraus da arquibancada e semicerrou os olhos na direção do campo de lacrosse tentando encontrar Bailey, esse que estava deitado no meio do campo totalmente esgotado depois do treinador o obrigar ficar depois do treino para fazer setenta arremessos, como castigo por ter errado todos os lances no treino.

O dia estava nublado e ameaçava chover a qualquer momento, então Sabina pegou uma garrafa de água e uma toalha no banco próximo ao gramado e foi até o amigo para tentar convencer em ir embora antes da chuva.

— Bailey! Bailezinho! Baebae! — Sabina correu até onde ele estava, com um sorriso divertido nos lábios. — Você viu as minhas mensagens?

— Ah, claro! Eu li seus gritos, achei que tinha quebrado. — Disse ele colocando a mão na frente dos olhos por causa da claridade. — Você nunca ficou tão feliz assim em me ajudar com cálculos.

Ela despejou um pouco da água no rosto de Bailey, o fazendo tossir como se estivesse se afogando, a fazendo gargalhar da situação.

— Porra, Hidalgo!

Ele se sentou, a mexicana jogou a toalha já aberta na cabeça dele e se sentou no chão a sua frente.

— É que você é só você e o Noah é o Noah. — Disse a morena sorrindo com ar sonhador.

— Me lembre disso quando você vier me procurar chorando por causa dele. — Disse o filipino, ofendido.

— Será que você não pode ficar nem um pouco feliz por mim? — Sabina o empurrou levemente ainda sorrindo.

— Até ontem Noah me ignorava, sabe o quanto isso dói? Daí hoje ele aceita minha ajuda pra estudar, isso é um grande avanço.

—  Você está se iludindo. — Disse Bailey revirando os olhos. — Noah não é mesmo cara de antes Sabi, sabe quantas garotas ele levou para cama sem saber a menos o nome delas?

— Esse é você, May.

Bailey riu nasalado e se levantou, Sabina fez o mesmo e o seguiu pelo gramado rumo ao vestiário masculino. 

— O que te faz pensar que ele esqueceu o que você fez e que, mesmo sem segundas intenções, vai querer voltar a ser seu amigo? — Disse ele tirando regata suada e jogando na direção da amiga, que fez uma careta e desviou da mesma.

— Não custa tentar.

— Acho que se você quisesse reconquistar o Noah deveria parar mentir e contar toda a verdade sobre o motivo de sua ida para Suíça, mas enquanto você fizer as vontades de sua mãe, nunca o terá de volta. — Disse mal humorado, terminando de tirar a roupa e entrando no chuveiro.

— Não sei por que eu te conto as coisas. — Bufou Sabina, cruzando os braços. — Qual o seu problema? Você está mais insuportável que o normal hoje.

O filipino não respondeu, a morena ouviu apenas o barulho do chuveiro.

— Tá tudo bem aí?

— Eu vou conhecer os pais da Shivani hoje a noite. — Disparou ele.

Sabina riu alto, Bailey colocou a cabeça ensaboada de shampoo pra fora e encarou a amiga.

— Isso não tem graça, Maria Sabina.

— Relaxa, Baebae, você só vai conhecer os seus sogros, não é o fim do mundo. Só haja com naturalidade e seja você mesmo.

— Eu definitivamente não posso ser eu mesmo. — Choramingou ele. — Os pais da Shiv são muito conservadores.

— Já posso imaginar você usando kurta hoje a noite. — Sabina riu. —Tira uma foto pra eu te zoar depois?

— Eu não vou vestir aquilo! Meu Deus! Não! — Exclamou quase entrando em pânico de tanto nervosismo. — Eu vou mandar mensagem pra Shivani, vou cancelar.

tell me why • urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora