02. sinto que falhei com eles.

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Passavam das 16h quando Sabina tocou a campainha da casa do melhor amigo. A governanta atendeu prontamente, a mexicana reconheceu aquele rosto familiar e sorriu brevemente.

— Uh, senhorita Hidalgo! Que surpresa! — Exclamou a mulher com algumas mechas grisalhas.

— Carmen, quanto tempo. Você está ótima.

— Impressão sua, minha querida. — Ela abanou o ar em modéstia. — Eu vou chamar o menino May.

— Não precisa Carmita, já tô aqui! — Gritou Bailey descendo as escadas correndo, quando chegou na sala ele depositou um beijo na bochecha da governanta, ela sorriu e saiu deixando os dois sozinhos.

O filipino se virou para amiga.

— Ei, onde você estava? Te procurei na hora do almoço e não te achei, e você nem respondeu minhas mensagens. — Questionou ele.

Sabina que estava com os braços cruzados deu de ombros, olhando para o outro lado e piscando várias vezes. Bailey estranhou e se aproximou.

— Sabi, o que aconteceu? — Perguntou ao ver o rosto vermelho dela, que tentava a todo custo segurar o choro.

Ela balançou a cabeça e mordeu o lábio pra não chorar.

— O Noah... — O nome saiu como um soluço, isso bastou para fazê-la desmoronar. Seu corpo balançou enquanto o choro vinha, ela escondeu o rosto com as duas mãos.

— Ei, Ei? Não chora... — Bailey a puxou para seus braços, a abraçando acolhedoramente de forma que criava um escudo entre Sabina e o mundo real. Ela finalmente se sentiu segura e protegida como a muito tempo não se sentia. Ela fungou e repousou a cabeça no ombro dele. — Vai ficar tudo bem.

Eles ficaram assim até Sabina se acalmar, depois um tempo ela se afastou me limpou o rosto com a mão.

— Você quer eu quebre cara do babaca do Noah por ter te feito chorar? — Ele falou sério. — Caso não percebeu, eu andei malhando, olha só!

Bailey mostrou os bíceps dos braços para a garota, mexeu os músculos do seu peito como um fisiculturista faz, e fez algumas caretas engraçadas de forma patética.

Sabina riu e deu um soco de leve no ombro dele.

— Idiota. — Disse ela ainda rindo.

— Pelo menos você riu. E o prêmio de melhor amigo do ano vai para ... mim! — Disse imitando a voz de um locutor. — Eu sou incrível!

Sabina revirou os olhos. O celular de Bailey apitou, ele conferiu sorrindo feito um bobo para a tela.

— Quem é? — A morena quis saber.

— Shiv... Ela tá perguntando se eu tô afim de sair. — Respondeu enquanto digitava.

— Ah... — Sabina murmurou cabisbaixa. — então vai lá com sua namorada, eu vou pra casa pensar em mil formas de suicídio — Disse ela dramaticamente.

Bailey tirou os olhos do celular e ergueu uma sobrancelha.

— Uau! As novelas mexicanas estão te perdendo.

— Estou falando sério, Bae. Vai ficar com a Shivani, não quero ser estorvo pra você. — Ela ajeitou a alça da bolsa no ombro e se virou. — hoje eu não sou boa companhia pra niguém.

— Para de ser dramática, Sabina! Eu já desmarquei com a Shiv, hoje você precisa mais de mim do que ela. — Ele foi até a amiga e passou o braço pelo ombro dela e a guiou escadas acima. — Além do mais, você era minha melhor amiga antes mesmo dela ser minha namorada.

tell me why • urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora