Meu nome é Ingridy, tenho 15 anos e infelizmente tenho pais separados. Por mais que seja algo simples para muitas pessoas, para mim nunca foi fácil lidar com toda essa situação. Piorou quando meu pai mudou de estado para não ter muito contato com a minha mãe. O tempo foi passando e fui sentindo cada vez mais falta do meu pai, nós sempre fomos muito próximos, fazíamos tudo juntos. Então, quando completei 12 anos, decidi ir morar com o meu pai, pois sentia muita falta dele e não gostei nada do meu novo padrasto. Fiquei por volta de dois anos indo e vindo da casa do meu pai, mas a minha vontade era de ficar definitivamente sem precisar ficar mudando de escola mais de três vezes ao ano só pra minha mãe ficar feliz.
Essa história de mudar de escola muitas vezes começou a me afetar demais. Decidi ter uma conversa definitiva com a minha mãe quando eu fiz 14 anos. Ela me disse que não me obrigaria a ficar onde eu não me sentia feliz e que concordava com a minha escolha de morar com o meu pai.
Hoje finalmente moro no lugar que eu sempre quis, eu ainda visito a minha mãe, porém essas visitas não passam de 15 dias por conta da escola. Tenho muitos amigos aqui e estou completamente realizada. Amo muito a minha mãe, mas ainda prefiro aqui. Esse texto serviu para mostrar como não só eu, mas muitas pessoas se sentem ao se verem na obrigação de ter que escolher entre pai ou mãe, sendo que isso não pode ser escolhido. Ainda mais quando essa pessoa é apenas uma criança, pequena demais para entender o porquê de tudo isso.
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Aos OIhos Da Nova Geração
RandomAos Olhos da Nova Geração vem de um encontro do jovem consigo mesmo a partir de reflexões iniciadas em um curso de Empreendedorismo. O grupo foi estimulado a identificar uma situação- problema buscando a solução em alguma prática.....e veio o olhar...