Vermelha

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P.O.V S/N

Todos os dias, partir da visita de Tae, os meninos começaram a me visitar todos os dias. Um de cada vez. Ficavam comigo durante o dia todo, me animando e as vezes dormiam comigo.

Ah-ri também vinha, trazendo desenhos e também alguns sermões. Sempre ficava na janela, olhando a paisagem.

Um dos saldados do meu batalhão disseram que estão tentando encontrar uma cura para esse inferno. O que eu acho que não será muito provável, pois é impossível encontrar algo para ajudar o restinho da humanidade que ainda está viva.

Aquele era o vigésimo e terceiro dia que fui resgatada.  Mas ao mesmo tempo estou presa num gaiola, aonde nem andar eu posso.

Por que? Ah, é mesmo. Arrancaram uma perna de mim.

O corte doía demais, e sentia a minha perna ali. Mas não havia nada. Eu estava com uma infecção no sangue, que foi contaminado pela garrafa de vidro quebrada que havia entrado em minha perna.

Mas era calmo.

Silencioso.

E precisamente, e maravilhosamente, bonito.

Durante o dia inteiro, os meninos me levavam a janela e ficam comigo, contando sobre algo engraçado que aconteceu entre eles ou com alguém da tropa.

Mas nunca comigo.

Sinto falta de sair. Mas com a minha condição não tem como me defender. Estou indefesa. Mesmo que eu tenha matado um Runner no outro dia, não terei a mesma sorte.

Havia lido metade dos livros que Sunmi havia trago para mim, e então estava meio que entediada. Odiava ficar presa.

- S/n. - Sunmi me chama pela quinta vez. A olho de canto. - Vamos, não me olhe assim.

Ignoro ela.

- Venha, tem que tomar seu remédio.

- Tá certo. - Levei-me até ela, onde ela tinha frascos com os remédios, onde ela levou uma seringa cheia até minha veia. Onde inseriu. Em nenhum momento reclamei. - Prontinho. E precisamos treinar o seu equilíbrio com a perna falsa.

- Não vou entrar nessa coisa. - Falo me referindo a perna robótica que trouxeram para mim. - Nem a pau.

- Anda, S/n! - Ela diz. - Você vai entrar agora nessa perna, ou você nunca mais vai sair desse quarto.

A olhei de canto, tentando passar medo, como sempre fazia. Mas dessa vez, nada. Eu estou fraca.

Suspiro fortemente, eu estava apenas fazendo acordos e mais acordos com ela, sobre essa maldita perna.

- Okay. Você venceu.

A mulher anjo se aproxima de mim, com um sorriso vitorioso. Reviro os olhos ao ver a perna se aproximar de mim, e ela a colocar em minha coxa, e prendendo. Na hora, um incômodo veio.

Não era nada igual a minha antiga.

Ao terminar de arrumar a perna, ela se levanta. E eu a encaro, aqui não daria certo.

- Se levante. - Respiro fundo, tentando mostrar que isso daria uma merda desgraçada. E começo a levantar. - Força nessa perna.

A encaro com mais e mais ódio. O motivo de estar sem essa porra, era culpa da CL. Mas eu tava afim de acabar com a raça de alguém.

Ao ficar em pé, sinto me meia zonza e sem equilíbrio. Me seguro em Sunmi ao ver que iria cair para frente.

Eu tentava ficar em pé, mas não conseguia. O meu peso é maior do que a perna pelo que parece!

Our Guardian - IMAGINE BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora