TRAIDOR DE SANGUE

Charlie e Percy

Quando Percy saiu da lareira, Ginny sorriu para ele. Sua posição na família ainda estava tensa após os eventos da guerra, mas todos ficaram aliviados por ele estar de volta ao rebanho.

"Olá irmãzinha", Percy cumprimentou calorosamente. Ele a puxou para um abraço firme.
"

Oi Perc", ela respondeu nervosamente, "Antes de você ir almoçar, você precisa saber que temos um hóspede conosco. Não puxe sua varinha, ok?"
Percy ficou intrigado: "Quem é o convidado misterioso?"
"Entre e descubra," Ginny encorajou. Ela sabia que Charlie poderia chegar a qualquer momento.
Percy seguiu o cheiro de comida deliciosa. Ginny não ouviu nenhum grito ou feitiço sendo lançado, então ela assumiu que estava tudo bem.
Charlie chegou em um minuto e sorriu para sua festa de boas-vindas, "Eu senti sua falta, Gin!" ele cresceu. Ele era facilmente o mais forte de seus irmãos fisicamente; treinar dragões o mantinha em boa forma.
"Também senti sua falta!" Ginny respondeu alegremente: "Temos algumas novidades e um hóspede fica conosco. Venha dizer olá."
Ela pegou a mão dele e o levou para a sala de jantar. Percy sentou-se ao lado de George, aparentemente não incomodado pela presença do herdeiro Malfoy.
Charlie congelou na porta, "Malfoy?"
Draco se levantou, "Olá Charles".
"Sente-se, Draco," Ginny riu, "Não precisa ser tão formal."
O loiro sentou-se lentamente, mantendo os olhos no mais formidável irmão Weasley que ele já havia encontrado.
Ginny entreteve Percy e Charlie exibindo seu anel de noivado. Parabéns foram oferecidos e ela estava sorrindo para sua noiva.
"Você gastou muito tempo planejando propor?" Percy perguntou a Potter.
Draco riu em seu prato de comida. Hermione cutucou-o bruscamente.
"Eu gostaria de saber o grande segredo entre vocês dois", Charlie anunciou sem nenhum tato. "Da última vez que chequei que você se odiava."
"História longa", Ginny forneceu, "Quer a versão curta?"
"Certo."
Ginny olhou para Draco e Hermione para ver se eles queriam contar a história.
"Vá em frente", Hermione disse com um aceno de mão, "eu estou gostando muito desta galinha para interromper."
Draco deu de ombros, não se importando de qualquer maneira.
Ginny entrou na narrativa com entusiasmo, apenas interrompida por Fleur, oferecendo informações adicionais sobre os instintos de Veela. Ela enfatizou o quão incrivelmente raro Veela era e encorajou Draco e Hermione a manter um diário dos eventos.
Hermione torceu o nariz com a ideia, "Eu realmente não estou confortável em escrever coisas assim para serem lidas por outros."
"Nem eu", Draco acrescentou.
Fleur insistiu: "Você pode encantar livros para que eles só possam ser abertos depois que você morrer e por certas pessoas. Imagine como seria útil ter um livro como esse agora para saber o que esperar".
"Talvez um livro como esse já exista", Weasley ofereceu, "ele poderia estar sentado na biblioteca de Hogwarts, olhando em branco até que um de vocês o pegue"
"Então você vai pedir a Hermione em breve?" Percy perguntou.
Hermione quase engasgou com a comida. Ela procurou sua classe de suco enquanto Draco lhe entregou um guardanapo.
"Isso seria bastante presunçoso", Draco respondeu calmamente, "Pedindo que ela fosse minha namorada deveria vir antes de falar em casamento."
"Eles já fizeram arranjos para o bebê se Draco engravidar", George ofereceu com um sorriso.
"Potter, Weasley é sempre tão curioso?" Draco perguntou.
Potter piscou como um cervo preso em um flash de luz de varinha, "Sem comentários".
Ginny deu um tapinha em seu braço, "Boa resposta."
"É uma forma de cuidar", Molly ofereceu.
Arthur tentou esconder o sorriso, "Como fofocar". Ele ganhou um olhar da esposa por esse comentário.
"Estamos nos acostumando a ser amigos", disse Hermione, "prometo não manter ninguém informado quando isso mudar."
"Estarei em Hogwarts para testemunhar." Ginny anunciou com um sorriso. "Quem quer receber corujas com atualizações regulares? Basta fazer uma lista."
"Harry, você pode querer começar bem", Hermione disse docemente, "Ginny, por que você não explica por que Harry foi encontrado seminu na sua cama na sexta-feira de manhã?"
Potter tinha aberto a porta quando ela disse as palavras 'seminuas'. Ginny tentou atacar a amiga e colocou a mão na boca, apenas para ser contida por Draco.
"Você é seriamente violenta, Weaslette," Draco observou enquanto a afastava calmamente de seu companheiro, "Potter subiu na sua cama ou você o arrastou inconsciente?"
Percy estava engasgando e segurando um guardanapo como se pudesse explicar o que estava acontecendo. Charlie estava do lado de fora gritando com Potter para descer do céu e se explicar.
Molly tomou um gole de chá antes de declarar calmamente "Hermione, Draco; espero que você tenha filhos como você".
Draco franziu o cenho para ela, "Você acabou de nos amaldiçoar?"
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Harry assistiu Charlie Weasley pisar no galpão que Draco havia se transformado em um quarto. Em questão de minutos ele emergiu com uma vassoura na mão.
"Merda", Harry murmurou.
Charlie não correu em direção ao bruxo de cabelos negros; ele não era arrogante o suficiente para pensar que um aviador mais jovem e mais rápido poderia ser pego sem truques. Em vez disso, ele se levantou até estar nivelado com o teto da Toca e esperou que sua presa viesse até ele.
Ele assistiu o jovem bruxo se aproximar e ficou aliviado ao ver curiosidade em sua expressão, em vez de medo.
"Eu tenho uma pergunta para você, Sr. Potter", Charlie anunciou.
Harry esperou pacientemente.
"Você ama ela?"
Harry estava a poucos metros de distância quando respondeu: "Claro que sim. Eu morreria por ela."
Charlie assentiu: "Acho que você já fez isso. A verdadeira questão é: você pode viver por ela? Ela pode ser teimosa, temperamental e absolutamente assustadora quando está com raiva".
"Eu já vi tudo isso", respondeu Harry, "e ainda acho que ela é incrível".
"Eu quero acreditar em você", Charlie admitiu, "eu me preocupo que você queira uma família desesperadamente e ela seja a chave para adotar a nossa. Ela merece um homem que ficaria feliz com ela sozinha."
Harry ficou insultado e ainda aliviado por Charlie gostar tanto de Ginny.
"Eu amo toda a família", Harry disse seriamente, "mas se Gina estivesse sozinha, eu ainda estaria implorando para que ela se casasse comigo. Ela me faz querer melhorar."
"Eu sempre fui protetor de Gin", Charlie continuou. "E a partir do momento em que ela te viu, ela ficou fascinada. Ela ficou impressionada com a sua fama, mas estou feliz que ela tenha contornado isso."
"Você é o irmão favorito dela", Harry disse preocupado. "Eu não a quero preocupada por não nos darmos bem".
Charlie esperou até que ele estivesse ao alcance do braço antes de se lançar. Harry gritou quando foi retirado da vassoura e preso em uma chave de fenda.
"O noivado foi um bom começo", Charlie sussurrou para Harry, "pretendo te amar como um irmão, mas se você engravidá-la antes que ela se forme em Hogwarts, vou amarrá-lo e entregá-lo a um dragão como lanche. você se lembra daquele Horntail húngaro? Tenho certeza que ela se lembra de você. "
"Eu já tive essa palestra!" Harry gritou: "Me solte, seu idiota!"
Charlie guiou a vassoura em direção ao chão, onde a vassoura de Harry caíra descuidadamente.
"Espero atualizações semanais suas sobre a vida em geral", Charlie ordenou, "Espere visitas regulares também. Há uma última coisa que precisamos discutir."
Harry foi finalmente libertado das garras contundentes do treinador de dragões. Charlie estava sorrindo maliciosamente.
"Como garantir que Malfoy trabalhe muito, muito duro para conquistar o coração da jovem Hermione?"
Harry sorriu de volta, feliz por ter um aliado que não cederia a explosões de temperamento como Ron.
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"Você tem mais parentes que gostariam de defender sua honra?" Draco perguntou a Ginny, "Eu amo ver Potter sendo aterrorizado assim."
Do lado de fora, Charlie e Potter estavam devolvendo vassouras para o galpão. Ele esperava que pelo menos um deles pudesse cair da vassoura e ter que usar magia para salvar o pescoço.
"Apenas espere até que eles se voltem contra você", Ginny respondeu com um sorriso doce.
Arthur observou as interações deles com um sorriso nostálgico. Estava claro para ele que Draco ansiava por irmãos e Ginny era sua primeira escolha de irmã adotiva. Ele esperava ouvir as opiniões de Molly sobre o assunto mais tarde; ela sempre conseguia captar sinais sutis a que ele estava alheio.
George estava assistindo Draco e Hermione com desinteresse praticado. Ele sempre admirara a morena e, desde a guerra, se perguntava se ela poderia vê-lo sob uma luz romântica. Seu relacionamento com Ron havia interrompido a linha de pensamento na estação, e justamente quando isso fracassou, a loira entrou.
De certa forma, George ficou aliviado por ter sido negada a chance de cortejar Hermione; ele estava muito danificado para oferecer a ela o conforto que ela precisava. A proteção de um irmão mais velho, por outro lado, estava dentro de suas habilidades.
"Então é hora de ligar Malfoy?" George perguntou com um sorriso. Charlie e Harry estavam reivindicando seus assentos à mesa.
"Parece um ótimo plano", Harry concordou.
Draco revirou os olhos para Potter, "Eu prefiro aquele em que você corre pela vida, enquanto os ruivos te perseguem."
Potter fez uma careta para ele, "Eu só quero ser perseguido por uma ruiva; e ela é definitivamente a mais bonita do grupo".
"Eu posso imaginá-la arrastando você de volta para sua caverna e mantendo você como animal de estimação", Draco concordou.
"Por falar em manter um animal de estimação", George interrompeu, "tenho certeza de que todos queremos saber como podemos ajudar Hermione a se adaptar ao seu novo furão".
"Negativos vinte pontos por falta de originalidade", declarou Charlie, "quero saber se alguém já ameaçou Malfoy?"
Draco sorriu, "Desculpe Charles, eu tive Voldemort me ameaçando no passado, então eu duvido que alguém aqui possa realmente me assustar."
"E Hermione?" Ginny sugeriu com um sorriso maligno.
"Ela é a exceção que prova a regra", Draco alterou regiamente.
"Boa salva", Arthur ofereceu.
Charlie ainda estava franzindo a testa, "Cuidado com o passo, Malfoy."
"Seria tolice fazer o contrário", respondeu Draco.
"É bastante estranho", comentou Percy, "embora eu possa entender por que os Veela escolheriam Hermione."
"Como é isso?" Ron perguntou com a boca cheia de comida. Até Potter parecia revoltado com a falta de boas maneiras.
"Como sangue puro produzido por séculos de consanguinidade, os benefícios de trazer um nascido trouxa são óbvios", apontou Percy, "Hermione é inteligente, atraente e determinada. Isso não parece muito com um Veela?"
Hermione estava corando com os elogios, mas conseguiu agradecer a Percy de qualquer maneira.
"Então, o que você tem para oferecer a ela?" George brincou: "Além das óbvias qualidades de furão?"
"Minha personalidade vencedora", Draco respondeu sarcasticamente.
Weasley e Potter caíram na gargalhada, seguidos rapidamente pela maior parte da mesa. Draco nunca havia percebido que tinha um talento tão inexplorado para a comédia.
Hermione abafou a risadinha que explodiu em sua boca quando Draco se virou para encará-la com uma sobrancelha levantada.
"Você me achou divertido?" ele perguntou.
"Não", ela ofegou. Depois de pigarrear, ela repetiu: "Não. Eu não tenho idéia do por que eles estão rindo".
"Claro", Draco respondeu, claramente não enganado, "estou completamente convencido."
"Então, o que você tem a oferecer?" Hermione brincou.
"O que você quer?"
"Essa é a verdadeira questão", ela pensou.
Potter falou: "Durante anos, ela queria um idiota ruivo que não tinha senso suficiente para convidá-la para sair. Eu não confiaria no julgamento dela."
Weasley e Hermione protestaram contra esse comentário. George ofereceu a Potter mais cinco.
"Corujas que chegam", disse Arthur, seus olhos em um pequeno grupo de pássaros rapidamente se tornando maiores.
Ginny abriu a porta para que as quatro corujas pudessem entrar no quarto. Em segundos, dois estavam sentados no poleiro perto da janela, um agarrado às costas da cadeira de Potter e outro pousado no meio da mesa.
"Estou feliz por termos terminado de comer", Molly decidiu enquanto observava uma pena pousar no frango.