TRAIDOR DE SANGUE

Daphne

Daphne Greengrass nunca havia exemplificado um sonserino típico. Ela tentara agradar seus pais, mas nunca pareceu certo.

O Chapéu Seletor sabia; assim que foi colocado sobre a cabeça, riu conscientemente.
"

Outra lufa-lufa desesperada por ser miserável para agradar os pais de sangue puro", pensou: "Sabe, eu me pergunto por que me preocupo metade do tempo; não é difícil classificar se eu não o coloco na casa mais adequada".
"Por favor, me coloque na Sonserina", implorou Daphne, "mamãe vai me matar se eu for colocada em outro lugar. Eu serei evitado por todos os retratos de família."
"Eu conheci a maioria desses retratos quando eles ainda estavam vivos", zombou o chapéu, "acredite, eles não valem a pena ouvir".
"Meu pai ficaria tão decepcionado."
O Chapéu Seletor fez um barulho estranho: "Tudo bem, mas lembre-se de minhas palavras; você tem o coração de uma Lufa-Lufa e merece mais do que a indiferença de um casamento arranjado sem amor".
Quando o chapéu anunciou: "Sonserina!" com uma voz confiante, Daphne ficou aliviada. A ruiva bonitinha que ela viu no trem franziu a testa para ela antes que o próximo nome fosse chamado.
Ela logo descobriu que o garoto era um Weasley. Mais de um membro de sua nova casa expressou suas opiniões sobre traidores de sangue e suas vidas patéticas, enquanto Daphne permaneceu calada.
Como sangue puro, esperava-se que Daphne passasse o tempo com os mestiços o mínimo possível. Pansy Parkinson era conhecida há anos, então Daphne sabia que seus pais aprovariam a amizade. Ao longo dos anos, ela desenvolveu um entendimento das diferentes máscaras que um sangue puro deveria vestir.
Pansy estava se afogando nas expectativas de sangue puro desde o dia em que nasceu. A linha de Parkinson pode ser rastreada seiscentos anos; que empalideceu em comparação com muitos outros membros dos Sagrados Vinte e Oito. Daphne foi forçada a memorizar a linhagem Greengrass desde a queda do Império Romano antes de passar para outras linhagens "aceitáveis".
Pansy estava sendo condicionada a se casar por status, enquanto Daphne sabia que tinha que se casar por riqueza. O nome Greengrass tinha idade suficiente para ser valorizado, mesmo quando seus cofres diminuíam em volume.
Astoria era dois anos mais nova que Daphne e estava de olho em Draco Malfoy desde o dia em que Daphne partira para Hogwarts. Seus pais estavam planejando desde então.
Daphne aceitou uma amizade com o garoto loiro, mas seu coração lufa-lufa se afastou dele. Qualquer mulher capaz de romper as barreiras ao redor do herdeiro Malfoy tinha que ser tão determinada quanto louca.
Enquanto Pansy se tornou sua melhor amiga, Theo Nott entrou em sua vida como irmão. Daphne soube imediatamente que o garoto esbelto, com olhos sempre atentos, sentia-se tão à vontade na Sonserina quanto ela. Seu único amigo era Draco e até esse relacionamento parecia tênue.
Quando o álcool entrou nos dormitórios no terceiro ano, Theo confessou que passava a maior parte de suas férias de verão na casa de Draco apenas para evitar seu próprio pai. Se Lucius Malfoy era a opção mais gentil, Daphne nunca queria encontrar Thadius Nott.
Daphne viu Theo amadurecer rapidamente naquele ano. Ele sempre esteve quieto e propenso a manter sua própria companhia, então, quando começava a corar toda vez que Tracy Davis olhava na sua direção, Daphne estava preocupada. Tracy era adorável, mas era meio-sangue. Como o único herdeiro da linhagem de Nott, Theo nunca poderia estar com Tracy.
Era uma realidade terrível, mas que ela havia aceitado há muito tempo. Assim que ela se aproximou de Theo sobre sua aparente paixão, o jovem assentiu educadamente e agradeceu por sua preocupação. Ele estudara claramente as maneiras esnobes de sangue puro.
Quando ela ofereceu o cabelo para entrar em uma poção polissuco, a fachada escorregou por um segundo. Ele parecia tão perdido que alguém estava se oferecendo para ajudá-lo sem ser coagido ou tirar algo disso por si mesmos.
Daphne confessou o que o Chapéu Seletor havia dito a ela. Theo levou meses para confiar nela, mas acabou admitindo que, se não exigisse ser colocado na Sonserina, ele seria um corvinal. Conhecer Theo foi um desafio em si; o jovem era tão reservado e afastado de seus colegas que ela duvidava que ele se conhecesse.
Daphne não se importava que as pessoas pensassem que ela e Theo eram um casal; ela ficou fora de vista quando Tracy estava usando sua aparência e revirou os olhos para as corujas de seus pais, encorajando-a a se tornar Lady Nott.
Theo e Tracy haviam terminado amigável depois de alguns meses. Daphne sabia que tinha um amigo vitalício no meio-sangue, mesmo que eles nunca pudessem reconhecê-lo publicamente enquanto Voldemort estava por perto.
Theo foi o primeiro a perceber que Daphne tinha uma queda por alguém fora de sua casa. Ele se ofereceu para fingir estar cortejando-a para que ninguém suspeitasse. Ela nunca precisou usar a poção polissuco que ele se ofereceu para preparar, pois ela era tímida demais para se aproximar da ruiva que queria.
A aventura com Draco foi mais do que qualquer outra coisa para aliviar o estresse. Ele estava desesperado por qualquer tipo de calor e ela ficou aterrorizada pela maneira como os Comensais da Morte começaram a visitar seus pais. A intimidade que eles compartilhavam nunca passou do que ela considerava ser a terceira base; a necessidade de preservar sua virgindade para cumprir um contrato de noivado Pureblood havia sido claramente entendida.
Quando ela descobriu que Draco estava com a família Weasley, ficou incrivelmente curiosa. Ela sabia que teria que seguir com cuidado para descobrir o que Ron sabia sobre sua ligação com a Sonserina para evitar provocar hostilidades.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Draco esperou na sala nervosamente. Daphne e seu pai deveriam chegar a qualquer momento. Como ele deveria cumprimentar um amigo que havia sido mordido por um lobisomem? Ele deveria fingir que tudo estava normal ou oferecer condolências?
Quando ele perguntou a Hermione, ela revirou os olhos e ordenou que ele a tratasse como se a mordida nunca tivesse acontecido. Ela ficou um pouco irritada por ele ter perguntado.
Draco estava se lembrando do jeito que ela o xingou quando a comoção na lareira começou. Ele se encolheu de surpresa antes de recuperar a compostura.
Anthony Greengrass tirou um pouco de fuligem das vestes e olhou ao redor da sala com desdém.
"Que residência interessante", disse ele, indiferente, quando Daphne apareceu na lareira.
"Draco!" Daphne se lançou ao herdeiro Malfoy, "Senti sua falta!"
Ela era mais forte do que ele havia previsto; ele teria sorte de evitar contusões.
"Eu também senti sua falta, Daph."
"É sempre agradável vê-lo, Sr. Malfoy", lorde Greengrass disse formalmente.
Draco assentiu, "Apenas 'Draco' está bem. O nome Malfoy não é popular no momento."
Daphne congelou e uma pitada de ouro apareceu em seus olhos. "Que cheiro é esse? É você?"
Draco deu um passo para trás com cuidado. "Eu preferiria não divulgar isso no momento", ele respondeu sem jeito: "Não há ameaça."
Suas narinas dilataram, o que foi quase divertido, "Você cheira a perigo".
Anthony Greengrass estava observando a troca com interesse. Antes de sua esposa falecer, eles discutiram a possibilidade de um contrato de casamento entre Astoria e o herdeiro Malfoy. Com Daphne afligida pela licantropia, era crucial que a filha mais nova de Greengrass se casasse respeitosamente. Se houvesse algo errado com Draco, esses planos teriam que ser abandonados.
"A família Weasley foi educada o suficiente para nos dar um pouco de privacidade, mas tenho certeza que eles querem conhecer vocês dois", disse Draco, em um esforço para distrair os dois. "Devo avisar que seu filho mais velho, Bill, foi mordido por Greyback. Há pouco mais de um ano. Como você, ele não muda. Ele queria conhecê-lo para responder a quaisquer perguntas que você possa ter. "
Anthony Greengrass tentou esconder sua surpresa. Uma partida entre Daphne e Weasley não era exatamente desejável, mas um marido que compartilhasse sua condição a ajudaria. Ele era um lorde ardiloso quando tinha que ser, mas como pai, queria que ela fosse feliz.
"Bill está solteiro?" ele perguntou educadamente.
Daphne rosnou para ele em um tom nitidamente desumano. Draco sorriu para os dois.
"Bill é casado e está planejando uma família com a esposa", Draco os informou, "posso garantir que você não encontrará ninguém mais aceitando que Ronald. Ele é irritante na melhor das hipóteses, mas acredito que Daphne poderia tê-lo na mão rapidamente."
"Vejo?" Daphne disse ao pai: "Faço boas escolhas".
Draco bufou, "Ele ainda é tão irritante como sempre. Admito que respeito a reação dele ao descobrir a mordida, mas pouco mais mudou."
"Como ele reagiu?" Anthony perguntou seriamente. Qualquer repulsa inicial poderia ser entendida, mas ele não permitiria que Daphne fosse cortejada por um homem que mantivesse sua condição contra ela.
"Ele deu de ombros e perguntou quando ela queria visitar", respondeu Draco, "eu poderia ter dito a ele que ela tinha um final dividido por tudo que ele se importava."
Daphne sorriu presunçosamente.
"Ele entende as implicações da licantropia?" Anthony se perguntou: "O impacto na fertilidade e -"
"Chega pai", Daphne suspirou, "Estamos aqui para dizer Olá, não arranjar um casamento Seu irmão foi mordido;. É claro que ele entende que ele é. Aceitar e um cara genuinamente decente."
"Draco, se você tivesse uma irmã, aprovaria que ela namorasse o Sr. Weasley mais jovem?" Anthony perguntou categoricamente.
Draco escondeu um calafrio e se refugiou honestamente, "Francamente, considero Daphne uma irmã. Não tenho nenhum problema com o interesse dela em Ronald."
Daphne sorriu para ele. Ele não conseguiu deixar de acrescentar: "Embora considerando a rapidez com a raça Weasley, eu garantiria um noivado mais cedo ou mais tarde".
"Draco encantador", Daphne suspirou, "Se você aguçar mais essa sagacidade, talvez eu tenha que esfaqueá-la com ela."
"Vou buscar o Sr. e a Sra. Weasley", Draco ofereceu com um sorriso convencido, "Eles queriam cumprimentá-lo adequadamente."
Anthony Greengrass observou sua filha estudar a sala enquanto eles esperavam. A casa dos Weasley claramente não era uma fonte de riqueza, mas também não havia sinais de extrema pobreza. Se ele não estivesse familiarizado com a linhagem deles, ele assumiria que eles eram meio-sangue comuns.
Draco liderou o casal em questão. Ele os conhecera anos antes, em uma função do Ministério.
"Lorde Greengrass", o Sr. Weasley cumprimentou com confiança, "Arthur Weasley ao seu serviço. Bem-vindo à nossa casa. Esta é minha esposa Molly."
Anthony apertou a mão de Arthur e beijou as juntas de Molly.
"Obrigado por sua hospitalidade", ele respondeu honestamente: "Esta é minha filha mais velha, Daphne."
Arthur pegou a mão dela e a beijou com os dedos, conforme o protocolo exigia. Molly sorriu para a loira magra e a envolveu em um abraço.
Daphne piscou para conter as lágrimas; desde que sua mãe morrera alguns meses antes, sentia muita falta do abraço de uma matriarca confiante.
"Obrigado por nos permitir visitar", Daphne falou, "Agora que a guerra estúpida acabou, não precisamos nos esconder. Quando eu descobri que Draco estava aqui -"
"Ela queria desesperadamente aparecer para flertar com Ronald", brincou Draco.
"Eu acho que os elfos precisam de ajuda na cozinha Draco", Molly disse diretamente para a loira.
Daphne esperou uma reação irada da amiga. Em vez disso, inclinou a cabeça na direção da sra. Weasley, piscou para Daphne e saiu da sala.
"Você o treinou rapidamente", Daphne refletiu quando Draco saiu da sala, "passamos anos tentando convencê-lo de algumas maneiras."
Molly riu: "Depois de seis filhos, um Malfoy não era um desafio."
Anthony Greengrass sentiu sua admiração pela matriarca Weasley disparar para cima. Nenhum sangue puro nos últimos mil anos conseguiu criar tantos filhos. Sinceramente, convencer um Malfoy a ver além do fim do nariz foi uma vitória impressionante por si só.
"Gostaria de um chá, lorde Greengrass?" Molly convidou.
"Por favor, me chame de Anthony."