TRAIDOR DE SANGUE

Normal

Depois que o jogo informal de quadribol terminou em gritos e acusações de trapaça Potter, Weaslette, Weasley e Hermione decidiram voltar ao Beco Diagonal com George. Draco havia sido convidado, mas recusou; ele ficou feliz em evitar as pessoas até ter que voltar para Hogwarts.

Hermione apertou sua mão tranquilizadoramente e perguntou se havia algo que ela pudesse pegar para ele. Ele admitiu seu gosto por doces e sugeriu que algo contendo chocolate seria bem-vindo.
"

Ginny e Harry vão se esgueirar para Grimmauld Place," Hermione confidenciou.
Draco fez uma careta: "Então mudei de idéia; vou precisar de algo para evitar náuseas iminentes".
"Você não tem senso de romance," Hermione reclamou, "se você acha que vai me seduzir, é melhor desenvolver um pouco."
Draco não conseguiu parar de sorrir, "eu sou romântico", ele insistiu, pegando a mão dela e beijando os nós dos dedos, "mas a imagem de Potter tentando seduzir Weaslette realmente me dá um estômago".
Hermione revirou os olhos para ele, "Então não imagine."
"Aposto que ela vai usar couro, carregar um chicote e amarrá-lo", Draco sussurrou.
Hermione pressionou a mão sobre a boca dele, "Apenas pare de falar. Agora."
Ginny entrou na sala com um sorriso. "Não é assim que você o estrangula", disse ela à amiga.
"Pronto para ir?" Hermione perguntou, retirando a mão do rosto dele.
"Sim, os meninos estão guardando vassouras. Tem certeza de que não quer ir junto com Draco?" Ginny perguntou educadamente.
"Não, obrigado", Draco conseguiu, ainda saboreando a sensação da mão de seu companheiro em seu rosto, "Seria apenas uma pessoa me vendo e gritando que eu sou um Comensal da Morte horrível que deveria ser trancado para arruinar meu bom humor. "
Ginny franziu o cenho para a idéia, "Isso acontece com frequência?"
Ele deu de ombros: "Toda vez que vou ao Beco Diagonal".
Harry, Ron e George ainda estavam discutindo sobre o resultado do jogo de quadribol enquanto se dirigiam para a lareira. Quando estavam saindo, Malfoy disse algo para Ginny que claramente a confundiu. Ela foi a última a aparecer no Beco Diagonal, onde os outros esperavam.
Hermione estreitou os olhos para a amiga, "O quê?"
Ginny cantarolou pensativa, "Por que Draco iria querer saber se eu era alérgico ao couro?"
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Charlie, Percy, Bill e Fleur estavam sentados ao redor da mesa da sala de jantar com Molly e Arthur quando a última das chamas verdes foi extinta.
Draco estava honestamente perdido sem Hermione para centralizá-lo. Ele podia ouvir as conversas abafadas da sala de jantar, mas não se preocupou em se concentrar nas palavras individuais.
Weasley aceitou as notícias sobre a mordida de lobisomem com tanta calma que Draco ainda estava confuso. Embora o ruivo pudesse ser um pouco tolo às vezes, ele não era um idiota. Se ele era capaz de aceitar a condição tão facilmente, então talvez não houvesse realmente nada a temer?
Draco se aproximou da sala de jantar e planejou esperar uma pausa natural na conversa. Ele não ficou surpreso quando sua presença fez o barulho parar.
"Desculpe interromper", Draco ofereceu, fingindo que não estavam esperando a instável Veela fazer algo dramático. "Eu esperava poder falar com você, Bill?"
"Certo."
Bill seguiu a loira de volta para a sala de estar. Ele ouvira histórias sobre Draco ser um valentão na escola, mas como ele observava apenas um comportamento educado e cortês, ele não iria agir de boatos.
"Eu preciso da sua opinião," Draco confessou quando Bill se sentou perto dele, "Há uma garota que eu conheço desde que éramos crianças e ela foi mordida por um lobisomem logo antes da Batalha de Hogwarts."
As sobrancelhas de Bill desapareceram em seus cabelos, "Greyback?"
Draco assentiu, "Foi entre luas cheias para que ela não se mexesse."
Bill assentiu: "Então ela é como eu. O que você quer saber?"
Draco estava com vergonha de encontrar seus olhos, "Primeiro de tudo, me desculpe por ter deixado Comensais da Morte entrar em Hogwarts. É minha culpa você ter sido mordida."
"Eu não culpo você", respondeu Bill, "eu faria qualquer coisa para salvar minha família também."
Draco não parava de se sentir culpado, mesmo que todos no mundo decidissem que ele não era o culpado.
"Minha amiga será a mesma agora? Como a mordida afeta sua personalidade?"
"Isso me deixou mais confiante", lembrou Bill, "mais impaciente e ocasionalmente agressivo. Não tenho certeza do quanto isso se traduz em uma mulher. Quem é ela?"
"Bem, eu ainda não posso te contar", Draco respondeu: "Ela tem uma queda por Ron há alguns anos e quer que eu a apresente. Ela insistiu que eu lhe falasse sobre a mordida antes de revelar qualquer coisa."
"Como Ron reagiu?"
Bill viu a confusão no rosto do jovem bruxo: "Ele não se importou. Eu poderia ter dito a ele que ela tinha uma unha quebrada".
Bill riu: "Às vezes ele é um narcótico, mas, neste caso, estou muito orgulhoso dele. A lua cheia é na quarta-feira, então estou assumindo que ela não a visitará até depois disso?"
Draco assentiu, "Eu estava pensando na hora do almoço de sexta-feira. Vou ter que perguntar a Molly se isso é adequado."
Bill sorriu: "Vamos perguntar agora; talvez eu também consiga um convite".
Mais uma vez Draco lamentou por sua própria infância. Por que ele foi criado em uma mansão fria e estéril quando famílias que ofereciam calor e amor existiam em outro lugar?
Molly sorriu com a idéia de uma garota querendo conhecer seu filho mais novo. Draco entendeu; até que Weasley encontrasse uma garota, ele andaria como um cheiro ruim.
"Então ela é um segredo por enquanto?" Arthur perguntou com um sorriso: "Que misterioso. Tenho certeza que Ron já está se afogando em curiosidade."
Draco deu de ombros, "Quando ele me incomoda, acabo de mencionar algo sobre quadribol. Ele é facilmente distraído."
Charlie o observava com curiosidade: "Como você conseguiu o emprego de casamenteiro?"
"Bem, Hermione estava chateada com o quão imaturo Weasley estava agindo; isso era tudo que eu conseguia pensar para tirá-lo de suas costas."
"Como ela é?" Molly perguntou.
"Linda, espirituosa e ela passa em todas as suas aulas. Ela gosta de assistir quadribol, mas não se joga", revelou Draco. Ele tinha que ter cuidado para que ninguém pudesse adivinhar a identidade dela.
"Quando ela desenvolveu uma queda por Ron?" Perguntou Fleur.
"Quinto ano", lembrou Draco, "Quando ele se juntou à equipe de quadribol da Grifinória. Ele finalmente ganhou alguma confiança e ela ficou viciada".
"Ela ajudou a escrever essa música que Ron odeia tanto?" Bill perguntou.
Draco baixou os olhos para a mesa, "Não. Ela ficou muito irritada com isso, na verdade. Eu não ouvi o fim disso por cerca de um ano." Ele tentou esquecer as letras atrevidas que ela havia inventado para se adequar à batida.
Bill decidiu sentir pena dele: "Mãe, aparentemente ela foi mordida por Greyback antes do fim da guerra. Eu esperava poder estar aqui para encontrá-la, caso ela tenha alguma dúvida?"
"É uma boa ideia. Quando ela gostaria de visitar?"
"Eu estava pensando na sexta-feira na hora do almoço?" Draco sugeriu: "A lua cheia é na quarta-feira".
"Isso deve ser tempo suficiente para se recuperar", Bill concordou.
"Wixon e Moxie", Molly chamou.
Os dois elfos domésticos apareceram e a encararam calmamente. Molly sorriu para eles.
"Teremos três convidados na sexta-feira para o almoço; você precisa de alguma coisa para ajudar nos preparativos?"
Wixon a observou pensativamente: "Estamos expandindo a horta e cuidando das galinhas. Podemos acompanhá-lo à loja para comprar alguns suprimentos?"
"Isso seria maravilhoso", Molly concordou, "Podemos ir na quarta-feira quando os outros estarão no Ministério".
"Excelente", Moxie concordou.
Eles desapareceram juntos e Molly suspirou no local que havia habitado: "Eu amo ter elfos domésticos. Eles são muito úteis!"
"Deveríamos ter trocado Ron por um ano atrás", Charlie concordou com um sorriso.
"Você provoca demais o seu irmão", Molly repreendeu. "Certamente você tem algo melhor para fazer. Você já encontrou uma namorada?"
Charlie franziu a testa em sua xícara de chá, "Não".
"Ou um namorado?" Bill solicitou.
"Eu não estou interessado em homens", Charlie lembrou ao irmão.
"Bem, qual é o problema então?" Bill perguntou com um sorriso atrevido: "Mamãe e papai querem ver netos em breve".
"Você pode fornecê-los então", respondeu Charlie.
"Planejamos", respondeu Fleur, "e queremos que eles cresçam com muitos primos para brincar, então encontre uma garota".
Draco estava gostando de ouvir o escárnio deles e esperava que eles esquecessem que ele estava presente.
"E você, Perc?" Charlie perguntou ao terceiro irmão: "Penny deixou alguma dica sobre querer se casar?"
Percy revirou os olhos, "Penny e eu estamos muito felizes em permanecer como estamos por um tempo. Entre o meu trabalho no Ministério e os deveres dela no St. Mungo, mal temos tempo um para o outro, quanto mais para as crianças."
"Aposto que ela ficará ocupada por um longo tempo", comentou Fleur.
Arthur se dirigiu a Draco, que estava claramente fora do circuito: "Penelope trabalha como curadora de mentes. Ela recebeu muitos pacientes que enfrentam dificuldades após a guerra".
"Você já viu alguém, mãe?" Percy perguntou gentilmente.
Molly assentiu, "Sim, na semana passada. Tem sido realmente útil. Eu gostaria que Ron e Ginny parassem de ser teimosos e aceitassem alguma ajuda."
"Harry e Hermione podem estar convencidos", acrescentou Arthur, "Se Hogwarts tem algum na escola, tenho certeza de que eles se matricularão."
"E você Draco?" Molly perguntou de maneira maternal: "Tenho certeza de que ter alguém com quem conversar seria útil."
Draco nunca pensou em procurar ajuda para os pesadelos ou ataques de pânico ocasionais; ele assumiu que merecia sofrer.
"Eu não tinha considerado", ele admitiu.
"Depois de morar com Voldemort, tenho certeza de que há muito o que lidar", ponderou Arthur, "nem quero imaginar os horrores que ocorreram na mansão Malfoy".
Fleur estava olhando a loira com os olhos arregalados, "Ele estava na sua casa?"
Draco assentiu com relutância, "Ele se mudou depois que meu pai foi enviado para Azkaban."
"Não sei como você dorme à noite", admitiu Fleur, "só o vi à distância e ainda estava aterrorizado."
Draco se viu encarando os restos desbotados e desbotados da Marca Negra.
"Como devo intimidá-lo como um irmão mais velho faria se você sobrevivesse a viver com o bastardo de nariz chato?" Charlie perguntou, claramente irritado.
"Eu não acho que você precisa", Bill riu, "Hermione é perfeitamente capaz de dar um chute no traseiro seis maneiras desde domingo."
"Eu sei disso", Charlie bufou, "mas temos poucas oportunidades de intimidar os meninos que farejam nossas irmãs. Gina está oficialmente fora do mercado, então estamos dispostos a isso."
Bill assentiu, pensativo: "E não podemos deixar passar essa oportunidade".
Fleur balançou a cabeça para o marido: "Que tal termos algumas filhas para que você possa bancar o pai raivoso quando ela levar um menino para casa?"
Bill sorriu para ela, "Bem, isso é prática para isso. Eu tenho que aprimorar minhas habilidades em Malfoy."
"Estou bem aqui", Draco apontou, "Vocês dois não deveriam estar fazendo planos em algum lugar longe daqui?"
"Apenas os ignore", Arthur disse com um sorriso, "Eles provocam Harry o tempo todo. Eu acho que é algum tipo de ritual de iniciação."
"Como você está lidando com a separação?" Fleur perguntou a Draco gentilmente.
Ele deu de ombros, "Tudo bem, eu acho. Doeu quando ela foi com tia Andrômeda, mas eu pude sentir o quanto ela estava se divertindo e isso ajudou".
"Você pode senti- la?" Charlie percebeu.
Draco assentiu, "Eu sempre posso dizer em que direção eu preciso viajar para encontrá-la. Ela me puxa para ela."
"Que romântico", Molly suspirou.
"Parece irritante se você me perguntar", Charlie decidiu: "Ela pode fazer a mesma coisa? Se você sair para um pub crawl, ela poderá encontrá-lo?"
"Eu acho que não", Draco respondeu, imaginando quantas vezes Charlie passava as noites em bares, "Ela pode sentir minhas emoções às vezes."
"O Companheiro sente um eco dos instintos do Veela", disse Fleur diretamente a Charlie, "Se o Companheiro aceita o processo, tudo está bem. Se rejeitado, o Veela morrerá, mas o Companheiro poderá viver uma vida relativamente normal".
"Normal", Charlie zombou. "Desde quando Hermione já teve uma vida 'normal'?"