Meu nome é Frank Iero

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Uma vez uma garota baixinha e estranha que dizia ser minha melhor amiga durante o fundamental comentou sobre escrever um diário e colocar nele os momentos mais fodidos da sua vida pra descarregar o peso da alma ou uma coisa maluca desse tipo e eu nunca imaginei que fosse seguir um conselho dela mas aqui estou, então lá vamos nós né.

Meu nome é Frank Iero e foi assim que eu me fodi.

Ser um adolescente não é um mar de rosas como eu pensava que seria quando criança. Não tem festas regadas a álcool e drogas todo final de semana e eu nem sei direito o que é fazer sexo, mas gosto de pensar nisso como um 'ainda'. Na verdade, estar no ensino médio é uma grande merda e eu ainda sou zoado pelo meu tamanho... maldita genética dos Iero.

O meu pai também se chama Frank Iero, mas pra gêmeos de nome nós somos totalmente diferentes (e como diria ele, amém). Ele é super rígido e religioso, do tipo bem fanático mesmo e diz ele que eu deveria ser assim também mas nheee. Mal sabe o pobre coitado que eu só vou pra igreja com ele ainda pra olhar a bunda do garoto bonito da minha turma de crisma durante as missas de quarta-feira e nos domingo.

Eu não costumo reclamar da adoração (lê-se loucura) religiosa do papai mas é bem tedioso quando o nerd gostoso não ta lá e eu tenho que prestar total atenção no que o padre ta falando. No fundo, eu sei que o único motivo pra ele se agarrar a toda essa coisa de igreja é porque ele se sente perdido desde que a mamãe morreu e eu to okay com isso desde que tenha alguém legal pra conversar ou se agarrar no confessionário antes da missa começar.

Alguns dos meus amigos me perguntam o que caralhos eu ainda vou fazer na igreja se eu poderia simplesmente pegar o número do garoto e nunca mais voltar ali mas adolescente é um bicho burro demais pra entender até as coisas mais simples então eu tenho que estar sempre lembrando eles que eu só tenho 16 anos, não faço minhas próprias escolhas e nem tenho uma mãe legal que fique do meu lado que nem eles, já que a minha morreu no meu parto e me deixou com o doido paranóico do meu pai. E é lógico que eu já tenho o número dele.

É quase um ritual que eu e meu pai fazemos todas as semanas. Todos os domingos nós vamos a igreja, assistimos a tal missa dominical e nos confessamos antes de voltar pra casa para o que ele chama de 'churrasco semanal dos Iero', o que não passa de uma boa desculpa pra ele poder interagir com o pessoal da igreja e, pra mim, uma ótima desculpas para passar um tempinho a mais com Gerard.

Continuando a nossa linda programação católica, todas as quartas-feiras papai tira folga do trabalho e assistimos a missa depois da minha aula de crisma ou sei lá como se fala, e é até bem legal poder flertar com Gerard escondido do padre das 13h30min às 14h30min, ainda mais sabendo o que tem por trás daquela imagem dele de santo que ele faz questão de exibir o tempo todo.

Nós não temos um relacionamento e nós dois estamos satisfeitos com isso, afinal eu não quero problemas com meu pai e ele diz ser muito novo pra ser expulso de casa então a nossa tradição ta mais pra:

1- Dar um perdido nos nossos pais pouco antes da missa dominical enquanto eles estão conversando pra se pegar no banheiro.

2- Conversar no jardim durante o churrasco de domingo para passar uma imagem de bom moço para os Way e talvez dar uma sumida pra se pegar no meu quarto.

3- Fazer uma visita ao confessionário para uns amassos na quarta-feira enquanto o padre vai colocar seu longo vestido branco depois da aulinha chata da crisma.

Ontem foi quarta-feira e quando finalmente entramos no confessionário Gerard decidiu que queria fazer algo diferente dessa vez, o que pra mim só podia significar uma coisa: ele vai me chupar, ou talvez fosse contrário (o que também seria incrivelmente maravilhoso) mas a única real novidade acabou sendo o padre e uma velhinha, que aparentemente precisava se confessar com urgência, entrarem ali de surpresa e acabarem dando de cara com Gerard segurando a minha grande urgência a mostra.

E foi assim que eu me fodi, e dessa vez levei Gerard pro mau caminho. No final, não tivemos nenhum problema com nossos pais e nem fomos expulsos das nossas casas, até porque o padre prometeu não dizer nada caso a gente confessasse com todos os detalhes o que estava acontecendo ali quando ele chegou e a gente ficasse depois das missas para ajudar a arrumar a igreja pelas próximas semanas.

E para que Deus nos perdoasse por aquele monstruoso e gigantesco pecado dentro da sua casa, rezamos a Ave Maria umas duas vezes para nossa salvação e a Oração a Jesus umas cinco vezes para que pudéssemos ver a direção que tínhamos que seguir, além de um Credo e um Pai Nosso que deveria ser de praxe mesmo.

E claro, Gerard fez exatamente o que o padre disse como o belo devoto que ele é (ou pelo menos ele é quando não está comigo) enquanto eu apenas observava seus lábios avermelhados se moverem e imaginava como seria se o padre não tivesse atrapalhado nosso momento.

Combinamos então de usar apenas o banheiro para nossos 'encontros secretos' e isso indiretamente queria dizer que para acontecer alguma coisa entre nós teria de depender da sorte e caso acontecesse algo não passariam mais de simples beijos.

E eu definitivamente ia sentir falta daquelas mãos grande no meu pau e a marcar aquela pele tão branca e macia onde ninguém podia ver, mas por enquanto não tenho mais nada além da minha pequena mãozinha, mensagens sujas do nerd gostoso e meu super másculo dildo rosa bebê com glitter.
A verdade é que eu to com saudades dos meus encontros com Gerard e meu consolo cor de rosa nunca foi tão necessário antes. Não que eu usasse ele como um brinquedo sexual ou algo do tipo mas... era quase isso, mas de alguma forma eu também sinto falta do seu sorriso e risada, até das nossas conversas no jardim.

Não que eu estivesse me apaixonando pelo nerd gostoso da igreja, ele ainda era só o cara com uma bunda bonita e gemidos deliciosos de se ouvir, com uma mão grande e firme e uma língua quente e macia mas fora isso... ele era quase que simplesmente perfeito. E eu sentia uma falta do caralho de gozar na sua mão.

...e foi assim que eu me fodiOnde histórias criam vida. Descubra agora