Capítulo IV

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Sábado – 12 horas


Acordo com o toque de meu celular e levo um susto com o horário, nunca durmo até meio dia. Essa semana foi muito cansativa e ontem lembro vagamente de ter buscado uma garrafa de uísque antes de subir para meu quarto depois que cheguei da companhia e de ter chamado DeLucca.

Pego o celular para ler a mensagem e penso em como um homem pode ser insistente.


"Srta. Morris, como não confirmou sua presença presumo que sua assistente não tenha passado o endereço e meu contato. Espero vê-la às 20h.

-5th Avenue, Chrysler Building."


É muito presunção para uma pessoa só, se eu não confirmei é porque não vou. E ele acha que com uma mensagem dessa vai me fazer mudar de ideia? Ahh, Patrick, eu teria que te ensinar muito coisa sobre mim!

Tomo um banho, faço minha rotina de exercícios e como o almoço que Jo deixou preparado. Enquanto isso o atrevimento dele não me sai da cabeça, ele merecia sentir meu gato de 9 caudas naquelas costas largas que ele disfarça muito bem embaixo do elegante terno.

Depois do almoço me sento para conferir alguns e-mails e de novo meu pensamento para nele, já está ficando chato. Fecho o computador e decido ir essa tal festa hoje à noite e terminar com essa história logo de uma vez, vou ser obrigada a dizer com todas as letras que jamais acontecerá algo entre nós dois e com ele parando as investidas, quem sabe minha mente me deixa em paz.

"Esteja pronto na porta de seu condomínio às 20h, com roupas um tanto formais e use sua coleira no pulso direito." Escrevo para DeLucca, não irei sozinha a essa festa.

Separo um vestido vermelho justo ao corpo e um par de salto preto de solado vermelho. Deixo junto uma lingerie também vermelha e uma bolsa de mão na cor preta. Com a parte da roupa organizada, vou até a piscina dar um mergulho antes de começar a me arrumar.

"Amiga, vou ir na casa do meu problema hoje à noite." Escrevo no aplicativo de mensagens instantâneas e Brenda responde dentro de poucos minutos.

"Ele resolveu assinar seu contrato?"

"Claro que não, Brenda! Ele nem sabe de nada, muito menos contrato. Vou até lá só dizer que quero que pare com as investidas, não posso deixar isso sair do meu controle"

"Sei, vai lá somente para dizer isso? Isso você pode dizer por telefone!"

"Deu? Já disse que só vou por isso! Vou me arrumar, beijo!"

"Leve um brinquedinho, vai que ele entre na sua..."

Reviro os olhos lendo a última mensagem e saio da piscina para começar a me arrumar.


Algumas horas depois


Termino a maquiagem, passo um perfume e saio. No caminho até o apartamento de DeLucca confiro no retrovisor se o batom vermelho não está borrado e estaciono na portaria. Lá está meu submisso, vestido com uma calça social preta, camisa branca e um blazer preto. Ao me ver se aproxima do carro para entrar. Fico o observando, tive sorte de achá-lo, é um italiano de cabelos pretos, barba cerrada, braços fortes e postura ereta.

-Boa noite, DeLucca! Boa escolha de roupa!

-Obrigado, senhora. Me permite um elogio? Fala olhando para o chão do carro enquanto eu dou partida no motor.

Submisso Proibido (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora