Capítulo I

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Patrick me chama para o segundo andar de sua casa, subimos sem sermos notados, todos estão bêbados e entretidos demais com a festa.

-Patrick, já disse que não podemos nos envolver, não podemos ter nada.

Digo enquanto ele me puxa pela mão e entra em um dos cômodos que percebo ser seu quarto.

-Mas eu sei que você quer tanto quanto eu, seus olhos, sua respiração... seu corpo me diz.

Fala me prensando contra a porta logo após fechá-la, e só de estar perto de seu corpo todos os pelos dos meus braços se arrepiam e minha respiração acelera ao imaginar tudo o que eu poderia fazer com ele.

-Pare! Eu já disse que não podemos!

Digo o empurrando com força. Ele acaba caindo e me olha apoiado nos cotovelos, sem entender o porquê de tanta resistência, pois ele tem razão, eu quero. Mas não como ele pensa.

-Por quê? Por que não podemos? Ele pergunta ainda no chão.

-Quer mesmo saber?

Digo me aproximando e circundando seu corpo em passos lentos. Ele consente com a cabeça e me olha ainda parado, com os lábios entreabertos.

-É por isso!

Falo num tom firme ao colocar o pé direito em seu peito, fazendo pressão e apertando o salto agulha contra sua pele coberta pelo fino tecido de sua camisa preta.
Giro o salto devagar para um lado e outro, fazendo um pouco mais de pressão. É para doer. Mas, só um pouco. Ele me olha com a testa um pouco franzida e coloca a mão em meu salto, tentando tirá-lo de seu peito.

-Eu mandei tocar no meu pé?

Falo tirando o pé e posicionando cada perna rente às laterais de seu corpo, na altura do quadril. Por um momento ele para o olhar entre minhas pernas, mas logo volta a atenção para meus olhos quando ouve minha voz novamente.

-Não ouvi resposta! Eu mandei?

Repito incisiva curvando meu corpo para frente, sem flexionar os joelhos, e puxo sua gravata.

-Não...

Ele responde meio desconfiado.

-Pois então eu deveria castigar você!

Puxo um pouco mais a gravata fazendo sua cabeça se mover em minha direção, e ele não tira os olhos dos meus. Por um momento quase esqueço que ele não é meu submisso, mas logo a razão volta ao meu corpo, lembro quem está entre minhas pernas, o largo e dou as costas, saindo e o deixando lá.

Submisso Proibido (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora